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Alívio com decisão de Bush sobre o aço

lk5 de dezembro de 2003

Indústria alemã saúda revogação das barreiras à importação do aço nos EUA. Comissário da UE, Pascal Lamy, ressalta importância de uma Europa unida.

Um alto-forno da ThyssenKrupp em DuisburgFoto: AP

A indústria alemã recebeu com alívio a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, revogou as barreiras à importação do aço. "Estamos felizes que se tenha, assim, evitado uma guerra comercial com a União Européia", declarou Dieter Ameling, presidente da União da Indústria do Aço.

À espera da normalização

O presidente da associação européia do setor, a Eurofer, Christian Mari, manifestou esperança de que o acesso ao mercado norte-americano se normalize agora. Neste ponto Ameling se mostra um tanto cético, dizendo que é preciso aguardar ainda até que ponto "empecilhos burocráticos", como o sistema de licença e monitoramento das importações que Bush pretende manter, vão continuar impedindo as exportações alemãs.

No corrente ano, as vendas do setor alemão para os Estados Unidos caíram 40% para um milhão de toneladas, em conseqüência das taxas de até 30% sobre o aço importado impostas naquele país em março de 2002. Em 2003, a produção de aço na Alemanha deve alcançar 45 milhões de toneladas, das quais nove milhões são destinadas à exportação.

O presidente da ThyssenKrupp Steel, Ulrich Middelmann, saudou igualmente a decisão do presidente norte-americano. Maior produtora de aço da Alemanha, a empresa sediada em Duisburg foi afetada em cerca de 200 milhões de euros pelas medidas protecionistas norte-americanas. Essa soma corresponde a 1,7% do faturamento total da empresa no exercício de 2002/2003, que foi de 12 bilhões de euros.

Europa solidária impôs-se

O comissário do Comércio da União Européia, Pascal Lamy, que falou de "boas noticias para a Europa", anunciou a suspensão das medidas de retaliação que havia anunciado e que previam a imposição de taxas num valor total de 2,2 bilhões de dólares sobre produtos norte-americanos. Segundo seus cálculos, as perdas para a indústria do aço na comunidade dos 15, desde a introdução das barreiras nos Estados Unidos, perfizeram dois bilhões de euros.

Que o presidente Bush tenha cedido, deve-se, na opinião de Lamy, à solidariedade dos europeus nesta questão. "Quando a Europa se une — como faz na política comercial —, ela é capaz de desempenhar um papel de importância em questões mundiais, um papel que corresponde ao seu peso."

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