População de rinocerontes-brancos no continente, que estavam à beira da extinção, subiu pela primeira vez em uma década. Mas caça ilegal continua sendo uma ameaça.
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O número de rinocerontes na África aumentou no último ano, segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A população de rinocerontes que vivia na África no final de 2022 foi estimada em mais de 23 mil indivíduos, 5% a mais do que no ano anterior, de acordo com a IUCN.
O grupo disse que a alta no número mostra que as medidas para proteger os rinocerontes estavam tendo um impacto, mas alertou para a ameaça contínua da caça ilegal.
A importância da população de rinocerontes
Manter as populações de rinocerontes saudáveis é crucial para garantir a biodiversidade, afirmam os conservacionistas. "Eles criam habitats para outras espécies, oferecendo oportunidades para futuras opções de restauração e renaturalização", explicou a IUCN em um comunicado.
Os rinocerontes também impulsionam o turismo e, portanto, são um fator econômico importante para a população local, de acordo com os especialistas.
Os números recentes mostram que a população de rinocerontes-brancos da África cresceu pela primeira vez em uma década. A espécie foi "retomada da beira da extinção", disseram os ambientalistas do World Wide Fund For Nature (WWF).
"Com essas boas notícias, podemos dar um suspiro de alívio pela primeira vez em uma década. No entanto, é imperativo consolidar e aproveitar ainda mais essa evolução positiva e não baixar a guarda", disse Michael Knight, da IUCN.
Rinocerontes asiáticos em risco de extinção
A recuperação dos rinocerontes da África eleva as estimativas da população global do animal para cerca de 27 mil, ainda muito distante dos mais de 1 milhão que viviam somente na África há apenas 150 anos, de acordo com os números da WWF.
As populações de rinocerontes em todo o mundo foram fortemente dizimadas por décadas de caça ilegal. Mais de 500 rinocerontes foram mortos ilegalmente na África em 2022, pois seu chifre ainda é muito procurado como medicamento em países asiáticos.
A Ásia também é o lar das duas espécies mais ameaçadas de extinção, o rinoceronte de Javan e o rinoceronte de Sumatra. Restam menos de 80 indivíduos de cada espécie.
Oito espécies vitais que a Terra não pode perder
Todas as espécies – animais, vegetais e mais além – desempenham um papel relevante no planeta, mas algumas são especialmente importantes para o equilíbrio terrestre.
Foto: Alex Wild/University of Texas at Austin
1. Abelhas
Não é segredo que as abelhas são vitais para o planeta, e foram, inclusive, declaradas a espécie mais importante na Terra pela Royal Geographic Society, um instituto de geografia do Reino Unido. Como os principais polinizadores do mundo, elas são fundamentais no ciclo de vida de muitas espécies de plantas. Também dependemos delas para cerca de 70% dos grãos que ingerimos.
Foto: Alex Wild/University of Texas at Austin
2. Formigas
Embora comuns, as formigas são outro inseto que não se deve negligenciar. Encontradas em todos os continentes exceto na Antártida, elas cumprem uma variedade de papéis, desde a circulação de nutrientes no solo até a dispersão de sementes e o controle da população de outros insetos. Atualmente os cientistas estudam os possíveis impactos das mudanças climáticas nas colônias de formigas.
Foto: CC BY-SA 2.0/Geoff Gallice
3. Fungos
Eles não são plantas, animais, micróbios ou protozoários, e às vezes são descritos como o "quinto reino da vida na Terra". Os fungos podem ser encontrados na água, no solo e no ar, e atuam essencialmente como recicladores de nutrientes naturais do planeta, sendo que algumas espécies podem até mesmo absorver metais nocivos como mercúrio e digerir polímeros (plástico).
Foto: picture-alliance/blickwinkel/McPhoto
4. Fitoplâncton
É difícil expressar quão importantes esses microrganismos são para a vida na Terra. Por um lado, produzem cerca de dois terços do oxigênio atmosférico do planeta. Sem eles a quantidade de oxigênio livre seria bem menor, criando um ambiente muito desconfortável. Além disso, o fitoplâncton é a base da cadeia alimentar nos ecossistemas marinhos.
Foto: picture-alliance/dpa/P.Degginger
5. Morcegos
O que bananas, baobás e tequila têm em comum? Todos dependem de morcegos para polinização e regulação de insetos. Em todo o mundo, diferentes espécies de morcegos preenchem um nicho ecológico vital para garantir que certas culturas continuem prosperando. Uma população saudável de morcegos pode economizar milhões de dólares em pesticidas e é um sinal importante de um ecossistema em equilíbrio.
Foto: picture-alliance/Bildagentur-online/Weber
6. Minhocas
A minhoca é tão importante para a biosfera da Terra que costuma ser chamada de "engenheira do ecossistema". Elas arejam e enriquecem o solo ao reciclar material orgânico - e, é claro, ocupam um lugar indispensável na cadeia alimentar. Apesar de fundamentais para muitos ecossistemas, diversas espécies de minhocas estão ameaçadas por processos de desmatamento.
Foto: picture alliance/blickwinkel/J. Fieber
7. Primatas
Como parentes biológicos vivos mais próximos do Homo sapiens, os primatas oferecem muitas informações sobre a biologia humana. Também são vitais para a biodiversidade e uma espécie fundamental em muitas florestas tropicais, servindo como "jardineiros", ao disseminar sementes.
Foto: DW
8. Corais
Também chamados de "florestas tropicais do mar", os corais cumprem diversos papéis na natureza, desde servir como base para intrincadas redes alimentares até proteger litorais. Pesquisadores estimam que os recifes de coral abrigam mais de um quarto de toda a vida marinha, constituindo um dos mais diversos ecossistemas da Terra. Perdê-los significaria o fim de incontáveis espécies marinhas.