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CulturaFrança

Alain Delon, astro do cinema francês, morre aos 88 anos

18 de agosto de 2024

Cultuado ator que estrelou várias produções de sucesso nos anos 1960 e 1970 trabalhou com diretores como Louis Malle, Michelangelo Antonioni e Jean-Luc Godard. Em toda sua carreira, ele participou de mais de 90 filmes.

Delon em sua última aparição pública no Festival de Cannes, em 2019
Última aparição pública de Delon foi em maio de 2019, ao receber a Palma de Ouro honorária no Festival de CannesFoto: Patrice Lapoirie/MAXPPP/dpa/picture alliance

Alain Delon, o cultuado ator francês que estrelou uma série de clássicos nos anos 1960 e 1970, morreu aos 88 anos. A notícia foi confirmada neste domingo (18/08) por sua família.

Delon participou de mais de 90 produções cinematográficas, com cineastas como Louis Malle, Michelangelo Antonioni, Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Melville, Luchino Visconti, René Clément e Jacques Deray.

De aprendiz de açougueiro a astro de cinema

Alain Fabien Maurice Marcel Delon nasceu em 8 de novembro de 1935, em Sceaux, Hauts-de-Seine, nos arredores de Paris.

Após ser expulso de várias escolas, ele começou a trabalhar aos 14 anos como aprendiz de açougueiro, ao lado do pai. Em 1953, ele se alistou como fuzileiro naval na Marinha francesa e chegou a participar de combates na guerra colonial no Vietnã, mas acabou sendo dispensado em 1956.

Após uma série de trabalhos temporários, Delon iniciou a carreira de ator em 1957 com uma pequena participação no filme Uma tal condessa, de Yves Allégret. 

Ele acabaria se tornando um dos maiores astros do cinema europeu entre as décadas de 1960 e 1970, estrelando clássicos como como O sol por testemunha (1959), Rocco e seus irmãos (1960), O leopardo (1963), O samurai (1967), A piscina (1969) e Cidadão Klein (1976).

Delon participou de mais de 90 produções cinematográficas ao longo de sua carreiraFoto: AP

Em 1997, Delon anunciou sua aposentadoria das telas, mas acabou retornando em 2008 para assumir o papel do imperador romano Júlio Cesar no filme Asterix nos Jogos Olímpicos.

"Um monumento francês"

Sua última aparição pública foi em maio de 2019, ao receber a Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes.

O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou a morte do ator, afirmando em postagem no X que Delon "encarnou papéis lendários e fez o mundo sonhar". "Melancólico, popular, secreto, foi mais que uma estrela: um monumento francês."

 

"Alain Fabien, Anouchka, Anthony e [seu cão] Loubo lamentam profundamente o falecimento de seu pai. Ele morreu tranquilamente em sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. A família pede que respeitem sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso”, dizia a nota enviada pelos filhos do ator à imprensa francesa.

rc (ots)

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