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Alemã vendia filho de nove anos a rede de pedófilos

11 de janeiro de 2018

Mesmo agentes experientes estão perplexos: além de, junto com o companheiro, abusar sexualmente do garoto, mãe de 47 anos a disponibilizava para ser violentado. Entre oito suspeitos presos está um militar.

Symbolbild Pädophilie gegen Jungen
Foto: picture-alliance/Godong/P. Deloche

A mãe e seu companheiro de 37 anos faziam parte de uma rede de pedófilos, divulgou nesta quinta-feira (11/01) o departamento criminal do estado de Baden-Württemberg,. Investigações iniciadas em setembro de 2017, a partir de uma denúncia anônima, levaram até o grupo, agora desmantelado. Oito suspeitos estão em prisão cautelar.

Os atos ocorreram ao longo de cerca de dois anos, de 2015 até o terceiro trimestre do último ano. Até mesmo para os agentes mais experientes da polícia estadual, o martírio da criança ultrapassa todas as dimensões conhecidas.

Um de seus algozes viera especialmente de Schleswig-Holstein, no norte do país, até Karlsruhe, para violentar a criança. Ao ser preso, o homem de 43 anos, que vinha sendo seguido por policiais disfarçados, trazia uma mochila com utensílios para imobilização. Segundo os investigadores, ele anteriormente expressara fantasias de assassinato no contexto de um abuso sexual infantil.

Um militar na rede internacional

Investigações paralelas trouxeram à tona filmes em que uma menina sofre abuso sexual, possivelmente pelo próprio pai, de 32 anos, que foi igualmente detido. Entre os suspeitos encontra-se, ainda, um soldado da Bundeswehr, de 49 anos, preso em 25 de outubro em sua caserna, da brigada franco-alemã, na Alsácia, França, e temporariamente destituído do cargo.

Os demais detidos têm entre 32 e 43 anos, são originários da região de Freiburg, Schleswig-Holstein, da Suíça e da Espanha, tendo sido presos tanto na Alemanha como na Áustria e Espanha e entregues às autoridades alemãs. Alguns, como o parceiro da mãe criminosa, já tinham registro policial por delitos relacionados.

O garoto de nove anos foi libertado e colocado sob custódia do Estado. "Assim teve fim o grave e continuado abuso sexual da criança, que durava desde 2015", confirmou o porta-voz do Ministério Público de Freiburg. Alguns dos suspeitos já prestaram depoimento.

Os agentes alemães esbarram repetidamente em casos de violência sexual sistemática como este, em geral organizados através da internet. Em 2017, a polícia do país investiu contra Elysium, a maior plataforma de pornografia infantil da Europa.

AV/afp,dpa

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