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Alemães confiam mais em fardas

lk15 de novembro de 2002

Forças Armadas e polícia são as entidades em que os alemães mais depositam confiança. Estudo internacional revela grandes diferenças nacionais.

Prestígio das Forças Armadas cresceu no mundo após os atentados de 11 de setembroFoto: AP

Na Alemanha, depois das duas instituições que representam a ordem pública, vêm as Nações Unidas e as organizações não-governamentais. Quem está mal junto aos alemães, em questão de confiança, são as igrejas, as grandes empresas e o Parlamento.

Em enquete internacional realizada pela Gallup por encomenda do Fórum Econômico Mundial, 86% dos alemães declararam sua confiança na polícia; 70%, nas Forças Armadas (sendo que 27% confiam "muito" nelas); 70% nas Nações Unidas e 68% nas ONGs. As igrejas só gozam da confiança de 39% dos 500 entrevistados, colocando-se na última posição entre os 17 quesitos analisados. Em penúltimo e antepenúltimo lugar, respectivamente, encontram-se as grandes empresas nacionais (45%) e o Parlamento (48%). O Executivo alemão saiu-se um pouco melhor, com a confiança da metade dos entrevistados.

O estudo, que considerou as respostas de 36 mil pessoas em 47 países, foi realizado em preparativo para o próximo encontro do Fórum Econômico Mundial, que se realiza tradicionalmente em Davos no mês de janeiro e que terá como tema central a confiança.

Diferenças nacionais

– Os resultados da Alemanha diferem em pontos importantes da média internacional. O que coincide é a confiança nas fardas: as Forças Armadas estão em primeiro lugar no ranking internacional, merecendo a confiança de 69% dos entrevistados. Seguem o sistema de ensino e as ONGs. As igrejas e o sistema público de saúde ficam em quarto lugar. Quem menos goza de confiança no mundo são o Parlamento (38%), o FMI (39%) e as multinacionais (39%).

Em comparação com os resultados do Brasil, as diferenças são maiores ainda. Os valores chegam a ser inversos, em alguns casos. A religião parece desempenhar um papel importante para os brasileiros: 65% confiam nas igrejas e outras entidades religiosas. Seguem as ONGs, com 61%, e as Forças Armadas (59%). No caso do governo, que na média mundial merece a confiança de metade dos entrevistados, a porcentagem é de apenas 38%. Só gozam de menos confiança do que ele as multinacionais (37%), o Congresso (33%) e, em último lugar, o FMI (30%).

Busca de reorientação

– Para os iniciadores do estudo, os resultados revelam uma insegurança geral da sociedade perante suas instituições. A grande confiança depositada nas Forças Armadas e na polícia seriam um reflexo dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Quanto às igrejas – o Brasil é exceção –, elas não seriam vistas como capazes de resolver os problemas existenciais das pessoas. As grandes empresas, por sua vez, seriam responsabilizadas pela crise econômica generalizada.

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