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Alemães querem reeleição de Merkel, diz pesquisa

20 de novembro de 2016

Levantamento divulgado por jornal alemão revela que 55% apoiam um quarto mandato da líder conservadora, contra 39% contrários. Em agosto, apenas 42% eleitores defendiam a permanência dela no poder.

Deutschland Reaktion US-Wahl - Bundeskanzlerin Angela Merkel
Foto: Reuters/A. Schmidt

Uma pesquisa divulgada neste domingo (20/11) pelo jornal Bild indica que 55% dos alemães apoiam que a chanceler Angela Merkel comande o país por um quarto mandato.

Segundo a sondagem, realizada pelo Instituto Emnid, 39% dos entrevistados são contrários à reeleição de Merkel, 11 pontos percentuais a menos do que em agosto, quando apenas 42% dos alemães defendiam que a chanceler ficasse no poder.

A direção da CDU, partido presidido pela chanceler desde 2000, se reúne neste domingo em Berlim e agendou uma entrevista coletiva de Merkel. A expectativa é que ela anuncie que será candidata nas eleições marcadas para ocorrer no próximo ano.

Entre os simpatizantes da CDU, o apoio a um quarto mandato de Merkel é de 92%. A chanceler também lidera entre as mulheres alemãs, com 66%, de acordo com a pesquisa.

Merkel também vence entre os eleitores do Partido Social-Democrata (SPD), com 54% das intenções de voto. A líder da CDU chegou ao poder pela primeira vez em 2005 após superar o então chanceler e principal nome do SPD, Gerhard Schröder.

O SPD ainda não escolheu candidato, mas se concorresse com seu atual líder, o vice-chanceler Sigmar Gabriel, teria poucas chances contra Merkel, segundo a pesquisa. Em um eventual confronto direto, Gabriel recebe 21% de apoio dos entrevistados contra 51% de Merkel.

"Esperamos que Merkel diga no domingo o que todos já sabem: que liderará a CDU nas próximas eleições", afirmou ontem Gabriel.

Outro nome citado como possível candidato social-democrata a chanceler é o do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. A outra possível alternativa, o ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier, era o político com maior respaldo popular. Entretanto, ele foi eleito por consenso pelos líderes partidários do governo alemão para assumir a presidência do país em fevereiro.

Segundo a pesquisa divulgada pelo Bild, se as eleições fossem realizadas hoje, a CDU e seus aliados da CSU teriam 33% dos votos, nove pontos percentuais a mais do que o SPD.

Completariam o Parlamento o Partido Verde, com 12%, e A Esquerda, com 9%. Já os populistas de extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD) teriam 13% dos votos. Outro grupo que voltaria ao Bundestag, a câmara baixa do parlamento do país, é o Partido Liberal (FDP), com 5% das intenções de voto.

MD/efe/dpa

 

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