Alemanha é país europeu mais procurado por refugiados
18 de julho de 2021
Nos primeiros seis meses de 2021, mais de 25% dos novos pedidos de refúgio ou asilo se dirigiram a Berlim. Maioria dos solicitantes é da Sìria. Total dos requerimentos do último ano caiu, devido à pandemia de covid-19.
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Com 47.231 novos requerimentos de refúgio ou asilo, a Alemanha foi o Estado-membro da União Europeia mais procurado por refugiados, nos primeiros seis meses de 2021, segundo o semanário alemão Welt am Sonntag deste domingo (18/07), com base em documento confidencial da Comissão Europeia. A cifra equivale a mais de um quarto de todos os pedidos apresentados a 29 nações europeias no período em questão.
O atual relatório da Comissão sobre a situação de migrantes de refugiados na Europa se baseia em cifras até então não divulgadas do Gabinete Europeu de Apoio em Matéria de Asilo (Easo, na sigla em inglês). Segundo estas, a França viria em segundo lugar, com 32.212 solicitações, seguida pela Espanha (25.823) e a Itália (20.620).
Dos solicitantes à Alemanha, os sírios são o grupo mais importante, com 36%, seguidos por 18% de afegãos e 6,6% de iraquianos. Ao todo, a UE, Suíça e Noruega receberam 194.808 requerimentos, aproximadamente o mesmo que no semestre anterior. Devido à pandemia de covid-19, ambos os valores semestrais foram mais baixos do que nos anos anteriores.
Em sexto lugar entre as destinações europeias de asilo esteve a Áustria, com 9.651 solicitações entre janeiro e junho de 2021. No país fronteiriço com a Alemanha, 31% dos candidatos vieram da Síria, 24% do Afeganistão e 7,7% do Marrocos.
av (Reuters,KNA)
Mundo em fuga
Cerca de 68 milhões de pessoas se encontram atualmente em fuga: pelo mar, pelas montanhas, pelas estradas. A migração afeta todos os continentes. As rotas de fuga são as mais diversas. E todas são desoladoras.
Foto: Imago/ZUMA Press/G. So
Fuga por caminhão
O mais recente movimento migratório tem origem na América Central. Violência e fome levam milhares de pessoas a fugir de Honduras, Nicarágua, El Salvador e Guatemala. O destino: os Estados Unidos da América. Mas lá, o presidente Trump se mobiliza contra os imigrantes indesejados. A maioria dos refugiados permanece na fronteira mexicano-americana.
Foto: Reuters/C. Garcia Rawlins
Refugiados terceirizados
O governo conservador em Camberra não quer ter refugiados no país. Aqueles que conseguem chegar ao quinto continente são rigorosamente deportados. A Austrália assinou acordos com vários países do Pacífico, incluindo Papua Nova Guiné e Nauru, para alocar ali os refugiados em campos, cujas condições são descritas por observadores como catastróficas.
Foto: picture alliance/AP Photo/Hass Hassaballa
Os refugiados esquecidos
Hussein Abo Shanan tem 80 anos. Ele vive há décadas como refugiado palestino na Jordânia. O reino tem apenas dez milhões de habitantes. Entre eles, estão 2,3 milhões de refugiados palestinos registrados. Eles vivem, em parte, desde 1948 no país – após o fim da guerra árabe-israelense. Além disso, existem atualmente cerca de 500 mil imigrantes sírios.
Foto: Getty Images/AFP/A. Abdo
Tolerado pelo vizinho
A Colômbia é a última chance para muitos venezuelanos. Ali, eles vivem em acampamentos como El Camino, nos arredores da capital, Bogotá. As políticas do presidente Nicolás Maduro levaram a Venezuela a não conseguir mais suprir seus cidadãos, por exemplo, com alimentos e medicamentos. As perspectivas de volta a seu país de origem são ruins.
Foto: DW/F. Abondano
Fuga no frio
Pessoas em fuga, como estes homens na foto, tentam repetidamente atravessar a fronteira da Bósnia-Herzegovina para a Croácia. Como membro da União Europeia, a Croácia é o destino dos migrantes. Especialmente no inverno, essa rota nos Bálcãs é perigosa. Neve, gelo e tempestades dificultam a caminhada.
Foto: picture-alliance/A. Emric
Última parada Bangladesh?
Tempo de chuva no campo de refugiados de Kutupalong em Bangladesh. Mulheres da etnia rohingya, que fugiram de Myanmar, protegem-se com seus guarda-chuvas. Mais de um milhão de muçulmanos rohingya fugiram da violência das tropas de Myanmar para o vizinho Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo e que está sobrecarregado com a situação. Este é atualmente o maior campo de refugiados do planeta.
Foto: Jibon Ahmed
Vida sem perspectiva
Muitos recursos minerais, solos férteis: a República Centro-Africana tem tudo para estabelecer uma sociedade estável. Mas a guerra no próprio país, os conflitos nos países vizinhos e governos corruptos alimentam a violência na região. Isso faz com que muitas pessoas, como aqui na capital, Bangui, tenham que viver em abrigos.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Blackwell
Chegada à Espanha
Refugiados envoltos em cobertores vermelhos são atendidos pela Cruz Vermelha após sua chegada ao porto de Málaga. 246 imigrantes foram retirados do mar pelo navio de resgate Guadamar Polimnia. Cada vez mais africanos evitam agora a Líbia. Em vez disso, eles tomam a rota do Mediterrâneo Ocidental, a partir da Argélia ou Marrocos.
Foto: picture-alliance/ZUMA Wire/J. Merida
Refugiados sudaneses no Uganda
Por muito tempo, Uganda foi um país dilacerado pela guerra civil. Atualmente, a situação se estabilizou em comparação com outros países africanos. Para esses refugiados do Sudão do Sul, a chegada a Kuluba significa, sobretudo, segurança. Centenas de milhares de sul-sudaneses encontraram refúgio no Uganda.