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Alemanha apóia resolução da ONU sobre o Iraque

(am)8 de novembro de 2002

Em nome do governo alemão, o ministro das Relações Exteriores Joschka Fischer saudou a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o Iraque, aprovada por unanimidade nesta sexta-feira (08/11).

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução sobre o IraqueFoto: AP

A Alemanha avaliou a resolução unânime da ONU como um claro sinal ao Iraque, para que cumpra as exigências feitas pelas Nações Unidas. Segundo o ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, o documento é uma clara advertência a Bagdá: "Saddam Hussein tem de reconhecer as graves conseqüências que serão geradas por uma não-observância desta resolução." Através de uma cooperação ampla e incondicional com os inspetores de armamentos da ONU, o Iraque terá a chance de garantir a paz e a estabilidade na região, afirmou ainda o ministro alemão.

Temendo uma desestabilização do Oriente Médio, com conseqüências imprevisíveis para a paz mundial, o chanceler Gerhard Schröder e o ministro Joschka Fischer rechaçaram categoricamente uma intervenção militar internacional no Iraque, durante a campanha eleitoral alemã, em meados do ano. A posição alemã conduziu a uma grave crise nas relações bilaterais teuto-americanas.

Segundo Fischer, o governo alemão apóia inteiramente a resolução da ONU: "Com base na Carta das Nações Unidas e no direito internacional, a comunidade dos povos impõe assim ao Iraque o cumprimento das suas responsabilidades." Agora, é preciso que os inspetores da ONU retornem o mais rápido possível ao Iraque, concluiu o ministro.

Fim da ameaça de guerra

Em Bruxelas, o Encarregado de Política Exterior da União Européia, Javier Solana, também saudou a resolução do Conselho de Segurança. Segundo Cristina Gallach, porta-voz de Solana, "o texto do documento é condizente com a posição da UE".

A União Européia é favorável a que o problema de desarmamento do Iraque seja tratado com grande seriedade: "Bagdá tem de compreender a mensagem. A comunidade internacional está coesa e disposta a assumir a sua responsabilidade."

Segundo uma fonte diplomática da UE, o objetivo conjunto dos europeus – possibilitar a retomada dos controles de armamentos no Iraque – foi agora logrado com a resolução. Desde que ela seja acatada por Bagdá, isto significaria também o fim da ameaça de uma nova guerra no golfo Pérsico.

Última chance

Depois da aprovada a resolução do Conselho de Segurança, o presidente americano George W. Bush ameaçou Saddam Hussein com "as mais graves conseqüências", caso Bagdá não atenda as exigências das Nações Unidas. "O Iraque tem agora de eliminar inteiramente seu arsenal, sem demora e sem negociações", afirmou Bush à imprensa. Caso contrário, "os Estados Unidos e outros países tomarão a iniciativa de desarmar Saddam Hussein". Na opinião do presidente americano, a resolução leva em conta as objeções feitas pelos países aliados dos EUA, "sem cercear a nossa liberdade de ação".

A ONU dá assim ao Iraque uma última chance de cooperar com os seus inspetores, abrindo todos os arsenais e permitindo a destruição de todo tipo de armamento de extermínio em massa. O texto do documento, que abrange cinco páginas, foi preparado pela Grã-Bretanha e pelos Estados Unidos.

A fim de garantir que a proposta de resolução fosse aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, George Bush manteve contatos telefônicos com Jacques Chirac e Vladimir Putin. Entre os membros permanentes do órgão, com direito a veto, eram principalmente a França e a Rússia os que ofereciam maior resistência contra uma "carta branca" para eventual ação militar contra o Iraque.

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