1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Alemanha aumenta ajuda à Ásia para 500 milhões

(rr)5 de janeiro de 2005

Com aumento do fundo de ajuda, país se torna maior doador, à frente de Estados Unidos e Japão. Ministro do Exterior, Joschka Fischer, anuncia primeira visita à região após tragédia. Europa fez três minutos de silêncio.

Três minutos de silêncio na Bolsa de FrankfurtFoto: AP

O governo alemão aumentou para 500 milhões de euros o fundo de ajuda à região atingida pelo maremoto no Oceano Índico. O montante será colocado à disposição dos países afetados nos próximos três a cinco anos, dependendo de sua própria capacidade de converter a verba em projetos de ajuda, anunciou o chanceler federal Gerhard Schröder em Berlim.

Anúncio foi feito por Schröder (d) e Fischer em entrevista coletivaFoto: AP

Até então, a ajuda imediata oferecida pela Alemanha era de 20 milhões de euros. Com a nova soma, que corresponde a cerca de dois milésimos do orçamento federal anual alemão, a Alemanha assume a liderança entre os doadores públicos, à frente do Japão (367 milhões de euros) e dos Estados Unidos (257 milhões de euros).

Sem detalhes

Maiores detalhes sobre o emprego da verba ainda não foram divulgados. Segundo o governo, será necessário aguardar a divulgação dos planos de ajuda da União Européia, do Clube de Paris ou do G7. Schröder antecipou, no entanto, que o grosso dos investimentos provavelmente será feito no setor de saúde, em sistemas que assegurem o fornecimento de água potável e na reconstrução de escolas.

Paralelamente à reconstrução dos países, o montante prometido pelo governo deverá ser investido na instalação de um sistema de alerta, conforme informou o embaixador alemão nas Nações Unidas, Gunter Pleuger. A tecnologia e a experiência dos Estados Unidos e do Japão são financiáveis e transferíveis ao Oceano Índico, explicou. "Especialistas da ONU calculam que um sistema como esses não custaria mais de cinco a dez milhões de dólares", disse.

Visita oficial

O ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, prestará sua primeira visita oficial à região afetada pela catástrofe natural. O itinerário ainda é incerto, mas Fischer espera poder partir na noite sexta-feira (07/01), e visitar a Tailândia, Indonésia e Sri Lanka.

O objetivo da viagem será garantir que o auxílio à população seja prestado com "a maior eficiência possível". Ele considera "adequado" que um representante do governo alemão viaje à região devido ao grande número de vítimas alemãs, especialmente na Tailândia. Fischer espera estar de volta à Berlim na quarta-feira (12/01).

O presidente Horst KöhlerFoto: dpa

Além disso, o presidente alemão, Horst Köhler, anunciou uma cerimônia oficial no próximo 20 de janeiro em memória às vítimas, reunindo, em frente ao Bundestag, o Parlamento Federal em Berlim, funcionários do Executivo, das duas câmaras legislativas e do Tribunal Constitucional Federal. No domingo (09/01), será realizado um culto ecumênico na Catedral de Berlim.

Solidariedade continua

Schröder aproveitou para agradecer a solidariedade do povo alemão. Segundo ele, o total arrecadado pelos cidadãos alemães é "único no mundo". Passados dez dias, a tragédia continua sensibilizando o país. A ação "A Alemanha ajuda" angariou até agora 36,5 milhões de euros. A Cruz Vermelha falou em "doações milionárias de um volume nunca visto até hoje".

Michael Schumacher doou 7,5 milhões de eurosFoto: AP

Um show beneficente promovido pela emissora de televisão ZDF, em conjunto com o jornal Bild, angariou outros 40 milhões de euros, tanto de pessoas privadas quanto de empresas. A maior doação privada foi a do piloto Michael Schumacher no valor de 7,5 milhões de euros. O Deutsche Bank doou 10 milhões de euros. Grandes empresas como a Deutsche Post e a DaimlerChrysler doaram um milhão de euros cada.

Um programa semelhante da emissora Sat.1 arrecadou outros 10,25 milhões de euros. No total, a quantia proveniente de doações privadas na Alemanha já ultrapassa a marca dos 150 milhões de euros. O governo alemão pediu aos bancos do país que apóiem a solidariedade dos alemães desistindo das taxas cobradas por transferências bancárias para doações.

Silêncio

Hoje (05/01), milhões de europeus interromperam suas atividades, durante os três minutos de silêncio em memória das vítimas da catástrofe. Na Alemanha, meios de transporte público pararam de funcionar e muitos carros encostaram.

Bandeiras européias hasteadas a meio-mastro em EstrasburgoFoto: dpa

A bolsa de valores de Frankfurt também suspendeu o funcionamento e diversos canais de televisão interromperam a programação ou a substituíram por imagens da tragédia – entre eles, a Deutsche Welle. Na sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo, as bandeiras dos 25 países-membros da UE continuam hasteadas a meio-mastro.

Pular a seção Mais sobre este assunto