Governo federal e estados realizam progressos significativos no acordo para reformas na lei de energias renováveis. Objetivo é que, até 2025, 40% da eletricidade gerada no país seja limpa.
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Governadores dos 16 estados da Alemanha e o governo federal realizaram nesta quarta-feira (01/06) progressos significativos quanto a um acordo sobre as reformas da legislação de energias renováveis do país.
As discussões, iniciadas no dia anterior, avançaram pela madrugada. Ao final do encontro, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, comemorou o resultado, afirmando que "um longo caminho" foi percorrido.
No centro das discussões estavam a escala e o ritmo em que as energias renováveis devem ser expandidas durante a próxima década. Até 2025, o governo federal almeja que entre 40% e 45% da eletricidade no país seja gerada a partir de fontes renováveis – atualmente, esse total é de 30%.
Além disso, Berlim visa promover as energias solar e eólica através de licitações, da forma exigida pela União Europeia (UE).
As reformas visam a limitar a expansão da produção da energia eólica terrestre em 2,8 gigawatts de capacidade anual, o que corresponde a cerca de mil turbinas eólicas. Para evitar uma sobrecarga na rede elétrica do país, apenas uma quantidade limitada das novas capacidades será permitida no norte do país.
Os custos e as reduções das linhas de energia também foram temas controversos durante as negociações, uma vez que cada estado prioriza seus próprios interesses. A Baviera, por exemplo, dá mais importância para a energia solar e a biomassa, enquanto no norte e em outras regiões do país, a energia eólica é prioridade.
Célula solar orgânica pode revolucionar o setor de energia
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Antes do início da reunião, Merkel defendeu a construção de novas linhas de transmissão de energia para melhorar a transição para as fontes renováveis. "Isso vai ocorrer apenas quando, finalmente, a energia puder ser enviada através dessas linhas para onde houver maior necessidade", afirmou a chanceler.
O governador da Saxônia-Anhalt, Reiner Haseloff, afirmou que grandes progressos foram atingidos nas negociações. Seu homólogo da cidade-estado de Bremen, Carsten Sieling, disse que 90% dos objetivos já foram alcançados.
Há poucas semanas do recesso parlamentar, o governo está sob forte pressão para finalizar o pacote de reformas, correndo o risco de atrasar o inicio da implementação delas, marcado para 1º de janeiro de 2017.
RC/rtr/dw
Dez fontes inusitadas de energia
As reservas de combustíveis fósseis são limitadas e milhões de toneladas de dejetos vão para o lixo a cada dia. Seja com urina, escamas de peixe e até azeitonas, confira dez formas criativas de gerar energia sustentável.
Foto: Wattway/COLAS/Joachim Bertrand
Urina e excrementos
Nossas necessidades fisiológicas podem ter utilidade, em vez de serem descartadas pela descarga. Pesquisadores investigam como usar urina e outros excrementos humanos para gerar eletricidade. Em locais inóspitos, por exemplo em campos de refugiados, isso resolveria problemas de saneamento. Apesar da associação negativa, nossos resíduos corporais algum dia talvez possam ser nossos aliados.
Foto: Imago
Cultivo de algas
A ideia ainda está engatinhando e precisa de pesquisas mais aprofundadas, mas cultivar microalgas pode ser uma solução para fabricar biocombustíveis de forma eficiente e sustentável. Elas são capazes de transformar luz solar e dióxido de carbono em etanol. Mas, mesmo sob condições ideais, a quantidade de energia gerada é ainda muito pequena.
Foto: picture-alliance/dpa/MAXPPP
Quando o vento é fraco
Uma película flexível e superleve que capta energia de ventos suaves. Sua inventora, a sul-africana Charlotte Slingsby, a batizou Moya. A cortina de plástico pode ser instalada em construções já existentes sem exigir reformas caras, nem áreas exclusivas e sem fazer mal a pássaros ou morcegos, como pode ocorrer com grandes turbinas de vento.
Foto: Charlotte Slingsby
Carvão de casca de coco
Lenha ainda é a principal fonte de energia em várias partes do mundo. Cascas de coco podem ser uma alternativa sustentável em países como o Quênia e Camboja, onde gerenciar os resíduos do fruto ainda é um grande problema. Em comparação com o carvão tradicional, ela queima por mais tempo, é mais barata e dispensa o corte de árvores.
Foto: Imago/fotoimedia
Escamas e espinhas de peixe
A indústria de transformação de peixe gera diariamente montanhas de resíduos. Embora as espinhas, escamas e as vísceras oleosas de toneladas de peixes não sejam úteis para o mercado, podem ser usadas para produzir biocombustível. Brasil, Honduras e Vietnã já fazem experiências com essa fonte de energia, mas dificuldades financeiras podem atrapalhar as pesquisas.
Foto: AP
Turbinas de vento camufladas
Imitar a natureza para gerar eletricidade foi a fórmula francesa que levou à árvore de vento. Jerome Michaud-Lariviere, responsável pelo conceito, inspirou-se nas folhas de árvores agitadas pela brisa. A estrutura criada por ele tem 72 miniturbinas no lugar das folhas e produz energia para abastecer 15 semáforos, carregar um carro elétrico ou iluminar uma residência pequena.
Foto: NewWind
Movimento do corpo
Imagine aproveitar cada passo que você dá para acender luzes ou carregar dispositivos eletrônicos. Este é o conceito por trás de superfícies inteligentes localizadas sob pistas de dança, campos de futebol e estações de metrô pelo mundo. A energia obtida pode ser usada nas proximidades. Taí uma boa desculpa para manter o corpo em ação!
Foto: Daan Roosegaarde
Azeitonas viram biocombustível
Parte fundamental da culinária mediterrânea, o azeite de oliva é feito da azeitona. A produção gera quatro vezes o peso do produto final em rejeitos. Uma vez esmagadas para que o óleo seja extraído, as sobras que iriam para o lixo ainda podem ser usadas para fazer biocombustível. O projeto Phenolive gera eletricidade e calor, aproveitando completamente o fruto.
Foto: Fotolia/hiphoto39
Resíduos da plantação de mostarda
A falta de recursos estimula as pessoas a serem criativas na busca de alternativas. Sobras de colheitas são um problema para descartar, mas podem dar origem a boas soluções. Incinerar caules e folhas de plantações de mostarda, por exemplo, rende eletricidade para milhares de casas na área rural e as cinzas ainda podem ser usadas como fertilizante.
Foto: DW
Rodovias e ciclovias solares
Nem asfalto, nem concreto. Painéis fotovoltaicos feitos de uma resina que comporta bicicletas a caminhões podem pavimentar a rua do futuro. Com lâmpadas LED para criar sinalização sem tinta e aquecimento para prevenir acúmulo de gelo, as rodovias que captam energia solar estão nos planos da França. Em cinco anos, o país pretende construir painéis solares fotovoltaicos ao longo de suas rodovias.