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Copa 2011

12 de junho de 2011

Seleção alemã está entre as favoritas ao título da Copa do Mundo feminina de 2011, que será disputada no país. Técnica Silvia Neid aposta numa equipe que alia a experiência de Prinz e Grings ao talento da nova geração.

Birgit Prinz (e), três vezes melhor do mundo e estrela da equipeFoto: picture alliance / dpa

We are the champions. Foi com esse hino que as jogadoras da seleção alemã festejaram a vitória na Copa do Mundo em 1° de outubro de 2007, da sacada do Römer, sede da prefeitura de Frankfurt, diante de milhares de fãs. O clássico do Queen poderá soar novamente neste Mundial disputado em casa, caso a esperança de disputar a final em Frankfurt, no dia 17 de julho, se confirme. "Eu espero que tenhamos sucesso e alegremos as pessoas, que seja divertido e tomara que sejamos campeãs", declarou a melhor goleira de 2007, Nadine Angerer.

A equipe alemã está entre as favoritas para conquistar o título, ao lado do Brasil e dos Estados Unidos. Para Angerer, isso não é problema: "Depois de ser campeã do mundo duas vezes, é natural estar entre os favoritos. E nós também trabalhamos para isso." A jogadora de 32 anos do 1° FFC Frankfurt faz parte do grupo fixo de convocadas da treinadora Silvia Neid.

"Temos uma boa mistura de jogadoras bem experientes e jovens, que também já têm bastante experiência", ressaltou Neid. A equipe tem uma média de idade de 26 anos, o que a treinadora considera bom. Com 47 anos, Neid participou de todos os sete títulos europeus e dos dois triunfos mundiais da Alemanha, seja como jogadora, seja como auxiliar técnica ou treinadora.

Se o time de Neid vencer a Copa do Mundo pela terceira vez consecutiva, a seleção da Alemanha ocupará sozinha o posto de recordista em número de títulos. Até o momento, as alemãs dividem essa honra com os Estados Unidos.

Nunca sem maquiagem

Também a jogadora Ariane Hingst tem grande experiência com a seleção. A meio-campista do 1° FFC Frankfurt participou da conquista dos dois títulos mundiais da Alemanha. A jogadora de 31 anos destaca a presença das mais jovens. "É sempre bom ver a chegada de novas gerações com diferentes personalidades. Aí reside a beleza do esporte coletivo", diz Hingst, que encerrará sua carreira com a camisa alemã após o Mundial.

Aos 23, Bajramaj é estrela do futebol e da publicidadeFoto: AP

Fatmire Bajramaj, do campeão alemão Turbine Potsdam, faz parte da nova geração. A garota de 23 anos é um dos rostos mais conhecidos do futebol alemão e já é uma estrela da publicidade. A atacante, que se mudará para Frankfurt na nova temporada, foi candidata à melhor jogadora do mundo em 2010.

Assim como a atacante de 21 anos Alexandra Popp, do FCR Duisburg, "Lira" Bajramaj não vê problemas numa preparação especial antes de cada partida. "Muitas jogadoras jovens maquiam-se antes de cada jogo, nunca entram em campo de cara lavada, o que geralmente não acontece entre as jogadoras mais velhas", diz Popp. "Eu me sinto bem assim."

Mas é claro que a aparência não contou para a definição do grupo. Segundo a gerente da equipe, Doris Fitschen, foram cruciais a habilidade na disputa corpo a corpo, a capacidade de fazer gols e também a flexibilidade, "que é extremamente importante numa Copa do Mundo”. Também importantes são um bom condicionamento físico e velocidade, como no caso de Simone Laudehr, do FCR Duisburg.

Os furacões Prinz e Grings

O destaque do grupo alemão é a atacante Birgit Prinz, recordista de jogos pela seleção. Aos 33 anos, ela é a mais velha da equipe. Eleita três vezes melhor jogadora do mundo pela Fifa, Prinz quer coroar e encerrar sua carreira internacional com a conquista do título mundial na final disputada em sua cidade natal, Frankfurt.

Para chegar lá serão necessárias também as habilidades da sua colega de ataque, Inka Grings. A jogadora de 32 anos do FCR Duisburg é a mais bem-sucedida artilheira da Alemanha. "Eu pareço ter herdado o talento de estar sempre na hora certa no lugar certo e tenho esse conhecido faro para gols", diz Grings, que já marcou mais de 400 gols na Bundesliga e com a camisa da seleção.

A treinadora Silvia Neid e a experiente Birgit PrinzFoto: DPA

Por estar em casa e pela grande expectativa, a seleção alemã está sob enorme pressão. Mesmo assim, a jogadora de 21 anos Kim Kulig, do Hamburgo, demonstra confiança. "Somos o time nacional da Alemanha. Estamos sempre sob pressão. Todos esperam que ganhemos. Mas sabemos lidar com isso."

Para o ex-jogador e ex-comentarista esportivo Günter Netzer, as alemãs têm boas chances. "Elas entrarão no Mundial com a seriedade necessária e espírito de combate", comenta. "Jogar futebol elas sabem." Em todo caso, a sacada do Römer, em Frankfurt, já está reservada para a comemoração ao som de We are the champions.

A seleção alemã:

Gol: Nadine Angerer (1° FFC Frankfurt), Ursula Holl (FCR Duisburg), Almuth Schult (Magdeburger FFC)

Defesa: Saskia Bartusiak (1° FFC Frankfurt), Babett Peter (Turbine Potsdam), Annike Krahn (FCR Duisburg), Linda Bresonik (FCR Duisburg), Bianca Schmidt (Turbine Potsdam), Lena Goeßling (SC Bad Neuenahr), Verena Faißt (VfL Wolfsburg)

Meio-campo: Simone Laudehr (FCR Duisburg), Melanie Behringer (1° FFC Frankfurt), Celia Okoyino da Mbabi (SC Bad Neuenahr), Kim Kulig (Hamburger SV), Ariane Hingst (1° FFC Frankfurt), Kerstin Garefrekes (1° FFC Frankfurt), Fatmire Bajramaj (Turbine Potsdam)

Ataque: Inka Grings (FCR Duisburg), Birgit Prinz (1° FFC Frankfurt), Martina Müller (VfL Wolfsburg), Alexandra Popp (FCR Duisburg)

Autor: Arnulf Boettcher (lf)
Revisão: Alexandre Schossler

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