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Reunificação

3 de outubro de 2010

Em discurso, presidente Christian Wulff homenageia aqueles que lutaram pela liberdade, defende a diversidade e a unidade da sociedade alemã e aborda o debate sobre a integração de estrangeiros.

Wulff: "Dignifico os que lutaram pela liberdade"Foto: dapd

Uma cerimônia com a participação de mais de mil convidados marcou neste domingo (03/10), na cidade de Bremen, os 20 anos da reunificação da Alemanha.

Em discurso, o presidente da Alemanha, Christian Wulff, elogiou a coragem dos cidadãos do Leste alemão que, em 1989, desafiaram o Estado e foram às ruas pedir liberdade. "Eu me inclino perante todos aqueles que lutaram por esta liberdade", afirmou Wulff.

O empenho dos alemães orientais por mudanças ainda não foi plenamente reconhecido e celebrado pelo país, destacou Wulff em seu primeiro grande discurso desde que assumiu a presidência da Alemanha, há pouco mais de três meses.

Cerimônia em celebração à reunificação em Bremen, no norte da AlemanhaFoto: picture-alliance/dpa

Diante da chanceler federal Angela Merkel e de diversos políticos das esferas federal e estaduais, bem como de convidados do exterior, Wulff fez defendeu em seu discurso "a diversidade e a unidade" da sociedade alemã.

O presidente alertou para um processo de disparidades e distanciamento na sociedade alemã, com um afastamento dos jovens de idosos, das pessoas com altos rendimentos daquelas que vivem com poucos recursos, do povo de seus representantes e, de um modo geral, entre as pessoas de diversas culturas e confissões.

Ele considerou importante o debate sobre a integração de estrangeiros na sociedade do país, ressaltando, contudo, que este não deve ser ofensivo às pessoas que possuem raízes no exterior. O slogan da reunificação ("Nós somos um povo!") deve ser, segundo o presidente, "um convite a todas as pessoas" que vivem na Alemanha.

Ao mesmo tempo, Wulff acentuou a necessidade, por parte de todos os que vivem no país, de "respeito aos valores" da sociedade alemã. "Quem nao faz isso, quem despreza nosso país e nossos valores, deve contar com nossa oposicao. Isso vale tanto para fundamentalistas quanto para extremistas de direita ou de esquerda", afirmou o presidente, lembrando também que quem vive no país deve aprender o idoma alemão. "É consenso que, na Alemanha, vigoram o Direito e as lei alemãs", concluiu o presidente.

As festividades em Bremen começaram na manhã deste domingo (03/10), com um culto ecumênico na Catedral Sankt Petri. Além de Wulff e Merkel, compareceram diversos ministros e governadores. À noite, as festividades continuam em frente ao Reichstag (prédio que abriga o Parlamento alemão), em Berlim.

Em Washington, o presidente do EUA, Barack Obama, parabenizou a Alemanha pelos 20 anos de reunificação. "Prezamos o valor e a convicção dos alemães que levaram à queda do Muro de Berlim e puseram fim a décadas de dolorosa e artificial separação", disse Obama, segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca.

AS/dpa/dapd

Revisão: Soraia Vilela

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