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Reunificação

22 de setembro de 2010

Relatório anual do governo alemão sobre reunificação comemora os resultados de uma "história de sucesso". Em duas décadas, o Leste alemão conseguiu se recuperar economicamente em relação ao Oeste, diz governo em Berlim.

Ministro do Interior Thomas de MaizièreFoto: picture alliance/dpa

O governo em Berlim publica, a cada ano, um relatório que analisa o desenvolvimento da história recente da Alemanha. Este ano, o relatório sobre a reunificação faz um balanço de 20 anos da Unidade Alemã.

Durante a apresentação da edição 2010, nesta quarta-feira (22/09) em Berlim, o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, foi categórico: “A reunificação foi um grande trabalho. Desde 1990, muitas coisas inacreditáveis foram alcançadas, em nível ideológico e material.”

Apesar de o país não se distinguir mais entre ocidental e oriental, o antigo parâmetro é usado como referência para comemorar os avanços obtidos. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita nos assim chamados novos estados subiu mais de 25 pontos percentuais entre 1991 e 1996. Segundo o relatório, os números foram obtidos principalmente por meio da privatização de empresas.

Desde então, a mudança estrutural continuou e o PIB per capita do Leste subiu quase cinco pontos percentuais. A equiparação da perfomance econômica do Leste Alemão a 73% do PIB (Oeste) é chamado por Thomas de Maizière de “um pequeno milagre econômico”.

O ministro alemão pontua, no entanto, que esse desenvolvimento foi obtido também por meio do esforço de todos os alemães.

História de sucesso

O estudo divulgado em Berlim faz um balanço sobre os avanços sociais e econômicos obtidos na Alemanha reunificada. E o governo alemão avalia que, em duas décadas, os pontos positivos se sobressaíram.

O rendimento dos cidadãos do Leste Alemão destinado ao consumo, por exemplo, dobrou desde então, de 8 mil euros para 16 euros. E a taxa de desemprego diminuiu, de quase 33% no começo dos anos 1990 para 11% neste ano. Ainda assim, o número de pessoas sem trabalho no Leste é significativamente maior do que no Oeste da Alemanha – na média do país, o índice de desemprego é de 8%.

“Em termos econômicos, o Leste – apesar da crise – recuperou terreno em relação ao Oeste e fortaleceu sua competitividade global”, salientou Thomas de Maizière. Segundo o ministro, as principais realizações estão na área da infraestrutura – expansão do transporte rodoviário e ferroviário, redes de comunicação, habitações e também na equiparação do nível de vida entre as duas regiões.

Os desafios

O governo em Berlim considera o desenvolvimento demográfico do Leste Alemão como um dos grandes problemas a ser solucionado. Segundo estimativas oficiais, a população terá encolhido em 15% até 2030.

Embora a taxa de natalidade daquela região seja ligeiramente maior do que a do Oeste (1,4 filho por mulher, segundo dados de 2008), a migração interna provocou um grande impacto: desde 1991, mais de 1,1 milhão de pessoas se mudaram do Leste para o Oeste alemão, principalmente homens e mulheres jovens.

Solidariedade financeira

Muitos do progressos da reunificação se deveram à transferência de dinheiro do Oeste para o Leste, através do chamado Pacto de Solidariedade. Segundo o Pacto, todos os trabalhadores da Alemanha contribuem diretamente de sua folha de pagamento.

O Pacto de Solidariedade 1 vigorou entre 1995 e 2004 e possibilitou que os novos estados do Leste Alemão recebessem uma injeção de 105 bilhões de euros. A segunda versão do Pacto deve levantar, até 2019, outros 105 bilhões. Além disso, o governo alemão se comprometeu a investir outros 51 bilhões no estados do Leste Alemão.

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Carlos Albuquerque

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