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Alemanha convoca diplomata iraniano após ataque a sinagoga

20 de dezembro de 2023

Governo alemão chamou funcionário da embaixada do Irã para esclarecimentos após tribunal concluir que atentado que alvejaria sinagoga em Bochum teve envolvimento de Teerã.

Homem de camisa social branca cobre o rosto com uma pasta fichário preto
Teuto-iraniano de 39 anos confessou ataque a escola mas negou que alvo fosse sinagogaFoto: Federico Gambarini/dpa/picture-alliance

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha convocou o encarregado de negócios da embaixada do Irã em Berlim nesta terça-feira (19/12), depois que um tribunal concluiu que agências estatais iranianas estiveram envolvidas no planejamento de um atentado contra uma sinagoga no ano passado.

"Não toleraremos qualquer violência controlada por estrangeiros na Alemanha”, escreveu a pasta no X, antigo Twitter.

O Tribunal Regional Superior de Düsseldorf condenou um cidadão teuto-iraniano de 39 anos a dois anos e nove meses de prisão pela tentativa de ataque a uma sinagoga em Bochum, no oeste do país.

O réu foi identificado como Babak J.. Ele jogou um coquetel molotov contra uma escola, mas o tribunal afirmou que o ataque visava originalmente uma sinagoga vizinha. O prédio da instituição de ensino sofreu pequenos danos e ninguém ficou ferido.

O tribunal disse que o acusado optou por atacar a escola porque achou a sinagoga bem protegida demais.

O homem teria sido contratado para executar o ataque contra a sinagoga por um membro do grupo Hells Angels procurado por homicídio e que está foragido no Irã.

O réu confessou ter executado o ataque contra a escola, mas negou que a sinagoga fosse o alvo primordial do atentado.

"Consequências a nível da UE"

O Ministério das Relações Exteriores disse que estudaria cuidadosamente a sentença para determinar as "consequências e os próximos passos, inclusive a nível da UE".

Ao proferir o veredito do caso, o tribunal afirmou que o ataque tinha sido planejado com a ajuda de "agências estatais iranianas".

O tribunal também suspeita, além disso, que o crime em Bochum esteja relacionado com o caso de um incêndio criminoso e de tiros disparados contra a casa de um rabino em Essen no ano passado e que tudo se trataria de uma ação coordenada para gerar clima de insegurança na Alemanha.

Nos últimos anos, a Alemanha registrou um aumento de incidentes antissemitas. A situação tornou-se mais alarmante com o início do conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas, considerado um grupo terrorista pela UE e pelos EUA.

md (DPA, AFP)