Após contração de 0,2% no trimestre anterior, PIB alemão surpreende e avança ligeiramente entre julho e setembro. Governo pondera que indicadores continuam fracos e que ainda não há indícios de recuperação.
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O Produto Interno Bruto (PIB) alemão cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, evitando uma recessão técnica após uma contração de 0,2% no trimestre anterior, informou nesta quinta-feira (14/11) o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).
Os economistas falam de uma "recessão técnica" quando o PIB se contrai por dois trimestres consecutivos. A última recessão técnica na Alemanha ocorreu no final de 2012.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB alemão cresceu 0,5%. No segundo trimestre, inicialmente havia sido divulgada uma contração da economia de 0,1%, que o Destatis agora corrigiu para 0,2%.
O crescimento econômico surpreendeu especialistas, que esperavam uma segunda retração em série.
O Ministério da Economia alemão ponderou nesta quinta-feira que os números da economia permaneceram fracos no terceiro trimestre e ressaltou que não há sinais de recuperação, acrescentando que as empresas alemãs não esperam um aumento nas exportações nos próximos meses.
"Os indicadores ainda não apontam uma recuperação conjuntural, mas os indicadores climáticos de negócios enviam um primeiro raio de esperança", frisou o ministério em seu relatório mensal.
"Não temos uma recessão técnica, mas os números de crescimento ainda são muito fracos", disse o ministro da Economia alemão, Peter Altmaier.
A maioria dos analistas não espera uma recessão no futuro próximo, apesar da desaceleração do crescimento. O que se espera é que neste ano o crescimento fique claramente abaixo do de 2018, quando o PIB teve um aumento de 1,5%. O prognóstico é que o crescimento neste ano seja de 0,5%.
A desaceleração é atribuída sobretudo ao conflito comercial entre China e Estados Unidos e à incerteza gerada pelo Brexit, que prejudicam cadeias de abastecimento e a confiança de investidores, respingando nas exportações de setores-chave da economia alemã.
A indústria automotiva, pilar econômico alemão, atravessa um período de demanda decrescente, enquanto tenta acelerar a cara transição para abandonar os motores a diesel.
Apesar da conjuntura, em setembro o país registrou um aumento nas exportações de 4,6%. Ao longo do ano, o crescimento acumulado das exportações é de 1%.
Atualmente, o consumo privado é considerado o principal fator de crescimento na Alemanha, devido em grande parte à baixa taxa de desemprego. No entanto, a desaceleração econômica pode afetar negativamente o ânimo dos consumidores.
De acordo com a sociedade alemã de pesquisa de mercado GfK, o ânimo de consumo em novembro é o menor registrado desde o terceiro trimestre de 2016.
Na semana passada, o painel independente de economistas que assessora o governo alemão afirmou que não há sinais de uma "recessão geral e profunda". O governo tem resistido a pedidos para utilizar seu superávit orçamentário em programas de estímulos econômicos.
Mais de 90% de todas as companhias na Alemanha são de propriedade familiar e geram mais da metade da receita da economia alemã. Algumas delas estão em atividade desde o século 16.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Reichel
Coatinc Company
Só no início de 2019 ficou-se sabendo que a Coatinc Company é a empresa familiar mais antiga da Alemanha. Historiadores da economia examinaram documentos da companhia e confirmaram 1502 como o ano de sua fundação. No princípio ela era apenas uma fundição em Siegen. O grupo se internacionalizou, mas até hoje a sede manteve-se fiel ao aprimoramento de superfícies metálicas.
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William Prym
Até então a Prym, fundada em 1530, era considerada a empresa familiar mais antiga da Alemanha – agora ela tem que se contentar com o 2° lugar. Em seus primórdios, priorizou-se a produção de laminados e arames, a partir de 1903 prevaleceu a fabricação de utensílios de costura e botões de pressão. A companhia emprega 3.300 funcionários. Em 2018, sua receita girou em torno de 382 milhões de euros.
Foto: picture-alliance/dpa/O. Berg
Wiegand Glas
A vidraçaria Wiegand foi criada em 1570 a partir de uma modesta oficina na região de Rhön. Embora a fabricação de vidro sempre tenha sido seu foco, em 1997, ela decidiu expandir a produção para embalagens PET. Hoje, a Wiegand Glas, com seus 1.800 funcionários e um faturamento anual de 486 milhões de euros em 2018, é uma das três principais fabricantes de recipientes de vidro na Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Reichel
Berenberg
Desde o século 16, empresas atuam no setor bancário na Alemanha. O Berenberg Bank, fundado em Hamburgo em 1590, é o segundo banco mais antigo do mundo, depois do italiano Monte dei Paschi di Siena. Em 2018, seus 1.640 funcionários geraram um volume de negócios de 4,7 bilhões de euros nas áreas de gestão de ativos, investimento e banco corporativo.
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Friedr. Schwarze
Já em 1664 a Schwarze era mencionada oficialmente como uma destilaria. Vendendo seus produtos sob o nome Schwarze und Schlichte, ela possui em seu sortimento uma gama diversificada de destilados, afirmando-se com sucesso no setor. A Schwarze und Schlichte emprega 100 pessoas e realizou, em 2018, cerca de 47 milhões de euros em vendas.
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Merck
Fundada em 1668 como uma farmácia em Darmstadt, a Merck é a mais antiga empresa químico-farmacêutica do mundo. Ás vezes é confundida com a americana Merck & Co., que fazia parte da empresa alemã até 1917. Embora a firma dos EUA seja maior, a companhia alemã faturou em 2018 quase 15 bilhões de euros, e mantém 51.700 funcionários em todo o mundo.
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Lukas Meindl
A empresa Meindl foi fundada em 1683, quando Peter Meindl abriu uma das primeiras fábricas de sapatos em Kirchanschöring (Alta Baviera). Desde então, as gerações seguintes continuaram com sucesso o negócio. Com 200 funcionários e uma unidade de produção na cidade natal, a empresa familiar vende botas e roupas de couro em toda a Alemanha.
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Harry Brot
Uma simples padaria perto de Hamburgo foi a origem da panificadora atacadista Harry em 1688, cuja gama de produtos pode ser encontrada no leste, oeste e norte da Alemanha. Durante anos, investiu-se diligentemente na modernização da panificadora. Hoje, ela produz em nove unidades, emprega 4.375 pessoas e, em 2018, alcançou um faturamento de cerca de 1 bilhão de euros.
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Villeroy & Boch
A fábrica de cerâmica Villeroy & Boch foi fundada em 1748 pelo fundidor François Boch, num vilarejo da Lorena. De uma empresa que inicialmente produzia apenas porcelana, ela tornou-se ao longo de 270 anos em líder nos setores de louças sanitárias e utensílios de mesa. Hoje, emprega 7.500 funcionários em todo o mundo e alcançou em 2018 um faturamento de 835 milhões de euros.
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Siedle
A empresa familiar Siedle, hoje conhecida por sua tecnologia de comunicação predial, ainda era uma fundição ao ser fundada em 1750. Em 1887, voltou-se para a telefonia, de onde partiu para especializar-se em sistemas de comunicação em edifícios, a partir do início do século 20. Com 550 funcionários, a antiga fundição gerou um volume de negócios de 88 milhões de euros em 2018.