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Alemanha deporta 125 afegãos

24 de fevereiro de 2016

Avião fretado chega a Cabul, em primeiro transporte de deportados organizado pelo governo alemão. Ministro do Interior visitará países do norte da África para fechar acordos semelhantes.

Foto: picture-alliance/dpa/D. Maurer

O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, confirmou nesta quarta-feira (24/02) que o país enviou um avião repleto de refugiados afegãos de volta ao Afeganistão. Os 125 refugiados que pousaram em Cabul receberão, inicialmente, apoio financeiro de Berlim.

O ministro enfatizou que eles "não tinham perspectivas de poder ficar na Alemanha", já que seus pedidos de asilo haviam sido negados. Este foi o primeiro voo organizado pelo governo alemão – e que foi executado pela Organização Internacional para as Migrações – exclusivo para transportar migrantes de volta a seus países.

"O retorno voluntário - e, em caso de necessidade, o apoio financeiro - é de grande importância", disse De Maizière. "Ele contribui para a importante tarefa de reconstrução do Afeganistão."

Repetidamente o ministro afirmou que, apesar dos ataques dos radicais islâmicos do Talibã, há diversas regiões seguras no Afeganistão para as quais os refugiados podem retornar.

A Alemanha tem pedido que cidadãos do Afeganistão fiquem no país, num esforço para conter o fluxo de migrantes. De Maizière disse que é importante que a Alemanha "ajude as pessoas a ajudarem a si mesmas" em países devastados economica, politica e socialmente. Ele acrescentou que tal trabalho pode ser a chave para resolver a crise de refugiados.

De Maizière tem programado uma visita a países do norte da África na próxima semana, onde negociará o retorno de requerentes de asilo que tiverem seus pedidos negados. Os governos de Argélia, Marrocos e Tunísia prometeram apoiar a iniciativa, embora ainda existam obstáculos burocráticos que precisam ser esclarecidos.

Berlim também tem pressionado outros países africanos, incluindo Benin, Senegal, Guiné-Bissau, Níger, Nigéria e Sudão, a aceitarem de volta aqueles que tiverem seus pedidos de asilo negados na Alemanha. Enquanto isso, organização defensoras dos refugiados condenam a medida, alegando condições muitas vezes frágeis de segurança nos países de origem.

PV/kna/epd/afp/dpa/rtr

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