Atentados foram realizados por um grupo de homens que se conheceram em Hamburgo. Mounir El Motassadeq, o único condenado pelos ataques, é agora deportado para o Marrocos. Ele sempre alegou inocência.
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Foi em Hamburgo que um grupo de homens em torno do terrorista egípcio Mohammed Atta colocou em prática o plano terrorista da Al Qaeda que resultou nos atentados de 11 de setembro de 2001.
Um desses homens era Mounir El Motassadeq. Ele foi preso dois meses depois que os aviões atingiram as torres gêmeas do World Trade Center, sendo o primeiro a ser indiciado em conexão com os ataques. Nesta segunda-feira (15/10), Motassadeq foi retirado da cela onde estava preso para ser deportado para o Marrocos, a partir do aeroporto de Hamburgo.
Foram necessários mais de cinco anos de julgamentos e apelos para a Alemanha condená-lo a 15 anos por cumplicidade no assassinato de 246 pessoas a bordo dos aviões do 11 de Setembro.
Ele fez transferências bancárias para membros da célula terrorista de Hamburgo e ajudou a encobrir o paradeiro deles. E também assinou o testamento de Atta.
Motassadeq nunca negou ter sido amigo dos sequestradores. Mas ele diz que nunca soube dos planos do 11 de Setembro – e que nunca esteve envolvido neles. Ele afirma que seu apoio a Atta e à célula terrorista não passou de favores que fazia a amigos.
Um de seus ex-advogados disse à DW que o caso continua a perturbá-lo, não só pelo fato de mais de três mil pessoas terem morrido, mas também porque ele continua convencido de que Motassadeq é inocente.
Vida universitária
Era o início dos anos 90 quando Motassadeq, nascido em 1974, se mudou do Marrocos para a Alemanha e acabou estudando engenharia elétrica na Universidade de Hamburgo. Lá, ele fez amizade com um grupo de estudantes muçulmanos que se uniram em torno de Atta.
Pessoas que conheciam Motassadeq disseram à DW que ele era "um bom rapaz", "simpático", "educado" e "reservado". Ainda cumprindo sua sentença na prisão de alta segurança de Fuhlsbüttel, em Hamburgo, ele não respondeu aos pedidos de DW para uma entrevista.
O autor irlandês Anthony Summers entrevistou Motassadeq para o livro que escreveu juntamente com Robbyn Swan The Eleventh Day. The Full Story of 9/11 and Osama Bin Laden (O Décimo Primeiro Dia. A História Completa do 11 de Setembro e Osama Bin Laden, em tradução livre) que foi finalista do Prêmio Pulitzer de 2012.
Summers deu à DW acesso a uma entrevista inédita concedida por Motassadeq na prisão em 2009. Na transcrição, Motassadeq brinca com Summers e seu tradutor, dizendo que foi o "destino" que fez com que ele tivesse vindo à Alemanha para estudar, rindo de sua primeira impressão de que o país fosse fria – já que ele havia chegado no inverno.
Várias fontes sugerem que Motassadeq era "devoto" e até "profundamente religioso" quando se mudou para a Alemanha. Mas ele disse a Summers que não se considera "particularmente rígido". No entanto, sem a sua fé, ele diz, "alguém como eu teria se matado".
Ele não nega que tenha passado algum tempo em um campo de treinamento militar no Afeganistão em maio de 2000. "Eu sou muçulmano e também acredito que um homem tem que prestar serviço militar. Como o serviço militar que todo mundo tem que cumprir aqui", disse ele, se referindo ao serviço militar alemão, que ainda era obrigatório na época.
Motassadeq explicou que pessoas irem para um campo de treinamento jihadista não é contra a lei e que ele não é o único que foi.
"Choque"
Mas ele se diz convencido de que não teve nada a ver com o 11 de Setembro. "Eu nem sabia que eles tinham ido para os EUA", disse, referindo-se a Atta e aos outros sequestradores de Hamburgo. "Primeiro eu não pude acreditar. Foi um choque, como isso pôde acontecer? Simplesmente não era possível", afirmou sobre o que sentiu no momento em que soube dos ataques.
Ele disse que foi um choque ainda maior ver seus amigos na televisão. Embora tenha enfatizado que não pode haver justificativa para matar pessoas inocentes, ele afirmou não ter certeza se seus amigos eram realmente responsáveis pelo que fizeram.
"Eu não consigo entender isso. Não sei se eles realmente, conscientemente, fizeram isso por convicção, ou se alguém estava por trás deles. Esta é uma pergunta que precisa ser respondida."
Ele disse que sua experiência o fez duvidar de tudo, mesmo se Atta e os outros o fizeram. "Porque eu sei o que aconteceu comigo. Os juízes e promotores mudaram tudo, eu sei, eu vi, eu experimentei, eu ainda estou experimentando isso. Eu sei como eles podem transformar a verdade em inverdade e usar truques para trazer um homem inocente à prisão."
Quase dez anos depois daquela entrevista na prisão, parece que ele não se arrepende. Um pedido de liberdade antecipada, apresentado por seus advogados em 2014, foi negado. O tribunal justificou dizendo que ele ainda é "perigoso demais" e que ele não se distanciou publicamente dos ataques.
"Ele não mudou, ainda é o mesmo", disse à DW o criminalista Daniel Zerbin. Ele tem contatos com agências de segurança locais e realizou um dos mais detalhados estudos acadêmicos sobre a célula terrorista de Hamburgo.
Mas agora, com a sentença quase concluída, as autoridades alemãs decidiram libertar Motassadeq – algumas semanas antes – e deportá-lo para o Marrocos. Eles proibiram-no de retornar à Alemanha até abril de 2064, quando ele terá 90 anos de idade.
"Esta medida nos permitirá prendê-lo imediatamente, caso ele pise novamente em solo alemão", afirmou Frauke Köhler, porta-voz do Ministério Público Federal alemão, em entrevista à DW.
Meio de propaganda para a Al Qaeda?
Ninguém espera que o Motassadeq tente voltar à Alemanha. Acredita-se que sua esposa e seus três filhos estejam no Marrocos com o restante da família dele.
Especialistas estão divididos quanto ao perigo que ele pode representar quando for libertado. Alguns sustentam que a geração atual de jihadistas irá receber a libertação com um pouco mais que um encolher de ombros, já que ele era uma figura menor na célula de Hamburgo.
Mas alguns temem que Motassadeq possa se mostrar uma ferramenta de propaganda útil para a Al Qaeda e outros grupos radicais.
Phil Gurski, ex-analista estratégico da comunidade de inteligência canadense, afirma que Motassadeq poderia servir como "uma figura de propaganda de alto nível".
"A Al Qaeda pode apontar para ele como alguém que lutou a boa luta e, no final, por causa de sua boa fé e sua forte crença no que a Al Qaeda estava tentando realizar, ele não se curvou, ele não se rendeu às autoridades, ele não traiu as outras pessoas em seu grupo", observa o especialista.
Gurski está convencido de que as autoridades marroquinas seguirão Motassadeq de perto e provavelmente repassarão informações sobre ele aos americanos. "Eu ficaria muito surpreso se os EUA não tivessem interesse nele", afirma.
O criminalista Daniel Zerbin não descarta que o governo Trump até mesmo tente sequestrá-lo para os EUA. "Tudo é possível". No Marrocos, um dos irmãos de Motassadeq é mais otimista sobre o destino dele. "Deus o protegeu por 15 anos na prisão e continuará a protegê-lo, porque ele é inocente."
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Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
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Juiz e procurador denunciados por crimes na ditadura
O Ministério Público Federal denunciou um juiz e um procurador militares, ambos aposentados, e um ex-delegado por envolvimento ou acobertamento do assassinato do militante político Olavo Hanssen em maio de 1970, durante a ditadura militar. Esta é a primeira denúncia do MPF contra membros do Ministério Público e do Judiciário por suspeita de legitimar crimes durante o regime autoritário. (31/10)
Foto: Comissao Nacional da Verdade
Enfermeiro admite ter matado 100 pacientes
O enfermeiro alemão Niels H., acusado de ter matado 100 pacientes, confessou as mortes durante o primeiro dia do julgamento do caso. O réu já cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de seis pessoas. Niels teria injetado nas vítimas uma medicação que desencadeou complicações que levaram às mortes, a fim de impressionar colegas de trabalho ao tentar reanimar os pacientes. (30/10)
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Merkel vai deixar política após atual legislatura
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, anunciou que vai deixar a política ao término da atual legislatura, previsto para 2021. Aos 64 anos, ela afirmou que não vai mais se candidatar a presidente da CDU, partido que comanda há 18 anos. A eleição está marcada para dezembro. Merkel pretende, porém, continuar no cargo de chanceler federal, que ocupa há 13 anos, até o fim do mandato. (29/10)
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Bolsonaro é eleito presidente
O capitão reformado de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente no segundo turno das eleições, com pouco mais de 55% dos votos válidos. O ex-deputado foi considerado um pária no mundo político brasileiro por mais de duas décadas, mas soube aproveitar o sentimento antissistema e antipetista de parte do eleitorado. Seu adversário, Fernando Haddad (PT), teve quase 45%. (28/10)
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Detido suspeito nos EUA
As autoridades dos EUA prenderam em Plantation, na Flórida, um suspeito de estar envolvido no envio de 13 pacotes-bomba a políticos democratas, como o ex-presidente Barack Obama e Hillary Clinton, e críticos do atual presidente americano Donald Trump. Apoiador fervoroso de Trump, suspeito tem 56 anos e passagens pela polícia, inclusive por ameaça de ataque a bomba. (26/10)
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Pacote suspeito é enviado a Robert De Niro
Um pacote suspeito de conter um artefato explosivo semelhante a outros enviados a personalidades ligadas ao Partido Democrata, incluindo Hillary Clinton e Barack Obama, foi enviado ao ator Robert De Niro. O FBI investiga uma agência postal no estado de Delaware, onde outro pacote teria sido interceptado antes de ser enviado ao ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden. (25/10)
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Protesto em defesa da indústria do carvão
Cerca de 20 mil trabalhadores da indústria do carvão protestaram na cidade alemã de Bergheim, exigindo a proteção aos seus empregos, enquanto uma comissão do governo federal prepara um plano para extinção escalonada da utilização dessa fonte de energia. Na manifestação, os mineiros marcharam sob o slogan "sem bom trabalho não há bom meio ambiente, levantamos a voz por nossos empregos". (24/10)
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China inaugura maior ponte do mundo
A China inaugurou maior ponte marítima do mundo, que liga as cidades de Hong Kong e Macau a Zhuhai, na China continental. A megaobra de 55 quilômetros de extensão, que compreende trechos de estrada, três pontes, ilhas artificiais e um túnel subaquático, faz parte de um ambicioso projeto para integrar economicamente 11 cidades no delta do Rio das Pérolas. (23/10)
Foto: picture-alliance/dpa/MAXPPP
Austrália pede perdão a vítimas de abuso sexual
O premiê australiano, Scott Morrison, fez um pedido formal de desculpas em nome do país às vítimas de abuso sexual infantil. Em discurso emocionado no Parlamento, em Camberra, Morrison disse que a Austrália deve reconhecer o sofrimento vivido por essas pessoas durante décadas, assim como o fracasso do Estado em protegê-las desses "crimes sombrios e maléficos". (22/10)
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Após atravessar fronteira mexicana, milhares de migrantes, a maioria proveniente de Honduras, prosseguem em direção aos EUA. Muitos foram obrigados a recuar por forças de segurança mexicanas e permanecem na ponte que liga Guatemala e México. (21/10)
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Pedaço da Lua é vendido por mais de US$ 600 mil
Meteorito lunar de 5,5 quilos é arrematado por valor acima do esperado em leilão nos EUA. Fragmento foi encontrado na África no ano passado e deverá ser exposto em templo no Vietnã. Apelidado de "Buagaba" ou "quebra-cabeça lunar", meteorito é composto de fragmentos que se encaixam como num quebra-cabeça. Oferta vencedora foi feita por pessoa ligada ao complexo religioso Tam Chuc Pagoda. (20/10)
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Crânio de Luzia é encontrado
Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, encontraram o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo descoberto na América e que revolucionou os estudos sobre o povoamento do continente americano. Os ossos foram localizados nos escombros do edifício atingido por um incêndio em 2 de setembro. Apesar de alguns danos ao fóssil, técnicos comemoram as boas condições das peças. (19/10)
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Salto do século completa 50 anos
Marca de 8,90 metros alcançada pelo americano Bob Beamon nos Jogos Olímpicos da Cidade do México é considerada um dos cinco maiores momentos do esporte do século 20. Salto veloz e vigoroso foi conquistado na final olímpica em 18 de outubro de 1968, na primeira tentativa, completando assim seus 50 anos. Beamon, com 22 anos na época, foi detentor do recorde mundial por mais de duas décadas. (18/10)
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Canadá legaliza maconha
O Canadá se tornou o segundo país do mundo a legalizar o uso da maconha para fins recreativos, depois do Uruguai, que adotou a medida em 2013. A partir de agora, cada consumidor poderá portar até 30 gramas da droga, além de cultivar até quatro pés de maconha em casa. O governo federal comunicou ainda que perdoará todas as pessoas com condenações por posse de até 30 gramas. (17/10)
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Temer é indiciado no inquérito dos portos
A Polícia Federal concluiu um inquérito que apurava suspeitas de fraudes na edição do Decreto dos Portos, envolvendo o presidente Michel Temer. Em seu relatório final, a corporação indiciou o chefe de Estado e sua filha Maristela, além de outras nove pessoas, e pediu o bloqueio de bens de todos eles. Também solicitou a prisão de quatro envolvidos, incluindo um coronel amigo de Temer. (16/10)
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Morre Paul Allen, cofundador da Microsoft
O empresário americano Paul Allen, que fundou a gigante Microsoft nos anos 1970 ao lado de seu amigo de infância Bill Gates, morreu aos 65 anos nos Estados Unidos. Ele vinha lutando contra um tipo de câncer conhecido como linfoma não-Hodgkin. Bilionário, ele comprou clubes esportivos e era conhecido pela filantropia. "O computador pessoal não teria existido sem ele", disse Gates em nota. (15/10)
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Papa canoniza mártir salvadorenho e Paulo 6º
O papa Francisco declarou santos o arcebispo salvadorenho Óscar Romero e o papa Paulo 6º , juntamente com cinco outras pessoas menos conhecidas. Romero, assassinado por um tiro em pleno altar enquanto realizava uma missa em 1980, e Paulo 6º, que liderou a Igreja nos momentos de encerramento do Concílio Vaticano 2º, foram figuras discutidas e contestadas tanto dentro como fora da Igreja. (14/10)
Ato contra intolerância em Berlim
Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas do centro de Berlim protestar contra a extrema direita e a favor de uma sociedade mais tolerante. Os organizadores afirmaram que cerca de 240 mil pessoas compareceram à manifestação. O Brasil também foi lembrado. Participantes levaram cartazes e faixas com dizeres de protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), além da hashtag #EleNão. (13/10)
Foto: Getty Images/AFP/J. MacDougall
Fogo em trem de alta velocidade na Alemanha
Um trem de alta velocidade que ia de Colônia para Munique, na Alemanha, pegou fogo durante o trajeto próximo a Dierdorf. Cinco pessoas se feriram levemente ao sair do veículo. As causas do incêndio estão sendo investigadas. As chamas começaram no primeiro vagão logo após a locomotiva. (12/10)
Foto: Reuters/W. Rattay
Falha e pouso de emergência
Dois astronautas tiveram que fazer um pouso de emergência após uma falha logo após o lançamento da aeronave russa Soyuz MS-10 que os levaria até a Estação Espacial Internacional (ISS). Os dois voltaram à Terra numa cápsula que aterrissou perto da cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão, após o lançamento mal-sucedido. (11/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Keiko Fujimori é detida no Peru
A líder da oposição no Peru Keiko Fujimori foi detida por suspeita de lavagem de dinheiro, após ser interrogada num tribunal. A filha do ex-presidente Alberto Fujimori é acusada de receber doações ilegais da Odebrecht para campanhas presidenciais. Ela nega as acusações. (10/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/E. Arias
Embaixadora dos EUA na ONU renuncia
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, vai deixar o cargo no fim deste ano, anunciou o presidente Donald Trump, após a mídia americana noticiar a mais recente de uma série de baixas para o governo do republicano. A embaixadora não divulgou o motivo de sua renúncia, afirmando apenas ser "importante reconhecer quando é tempo de se afastar". (09/10)
Foto: Reuters/J.Ernst
ONU alerta sobre aquecimento global
Para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C e, assim, evitar drásticas alterações no clima serão necessárias "mudanças rápidas, vastas e sem precedentes" em nível global, alertou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Além de fenômenos climáticos extremos, um aumento maior que esse afetaria a saúde, o fornecimento de água e o crescimento econômico. (08/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Bustamante
Bolsonaro e Haddad no segundo turno
Em uma das eleições mais polarizadas da história, milhões de eleitores brasileiros foram às urnas e decidiram enviar ao segundo turno os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Favorito no Sul e Sudeste, o ex-militar teve 46% dos votos válidos contra 29% do petista, que foi o mais votado em oito estados do Nordeste e no Pará. Em terceiro, Ciro Gomes (PDT) teve 12%. (07/10)
Nobel da Paz premia luta contra violência sexual
O médico congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad foram os vencedores do Nobel da Paz de 2018, por seus esforços para "acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra". Mukwege, de 63 anos, passou grande parte de sua vida atendendo vítimas de violência sexual no Congo. Murad, de 25, sobreviveu à escravidão sexual perpetrada pelo "Estado Islâmico" no Iraque. (05/10)
A Holanda informou que seus serviços de inteligência frustraram um ataque cibernético contra a Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq), com sede no país, em abril. O país expulsou quatro supostos espiões russos envolvidos no caso. Os agentes teriam estacionado um veículo num hotel próximo à sede da Opaq com o objetivo de hackear o sistema de wi-fi e computadores da organização. (04/10)
O Prêmio Nobel de Química de 2018 foi atribuído a três cientistas bioquímicos pela utilização dos princípios da evolução para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade. Metade do prêmio foi à evolucionista americana Frances H. Arnold (à dir.), e a outra metade será dividida entre o americano George P. Smith (centro) e o britânico Gregory P. Winter (à esq.). (03/10)
Nobel de Física premia 1ª mulher em 55 anos
O americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland (foto) foram agraciados com o Nobel de Física de 2018 por suas pesquisas e invenções no campo da física do laser. Ashkin, de 96 anos, é a pessoa mais velha a ganhar um Nobel. Já Strickland é a terceira mulher da história a levar o prêmio de Física, concedido desde 1901, e a primeira a ser premiada em 55 anos. (02/10)
Foto: picture-alliance/AP Images/N. Denette
Nobel de Medicina para avanços contra o câncer
O americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo foram os vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2018. Eles foram premiados por seus estudos que permitiram avanços no tratamento contra o câncer, anunciou o Instituto Karolinska de Estocolmo. As descobertas feitas pelos dois cientistas permitem novos métodos para a inibição da regulação negativa do sistema imunológico. (01/10)