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Alemanha e França elevam pressão sobre o Chipre

Alexandre Schossler25 de fevereiro de 2013

Parceiros europeus cobram de presidente eleito agilidade nas reformas para tirar o país da crise. Berlim e Paris querem que cipriotas cheguem a acordo sobre pacote de ajuda até o fim de março.

Zyprische Eineuromünze
Zyprische EineuromünzeFoto: picture-alliance/Stephan Persch

Alemanha e França aumentaram a pressão sobre o Chipre nesta segunda-feira (25/02) para que agilize as reformas necessárias para alcançar a estabilidade econômica. No domingo, a terceira menor economia da zona do euro, que desde junho passado pede ajuda financeira aos parceiros de moeda única, elegeu o conservador Nicos Anastasiades como novo presidente.

Em comunicado, os ministros das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e da França, Pierre Moscovici, aplaudiram os resultados das eleições, mas, ao mesmo tempo, exigiram um maior esforço dos cipriotas. "Estamos confiantes de que o novo governo acelere de maneira significativa a velocidade das reformas para conseguir um crescimento sustentável e uma estabilidade tanto fiscal como financeira em prol do interesse do Chipre e de toda a zona do euro", diz o texto.

"Ajustes significativos"

Schäuble e Moscovici sublinharam a importância da obtenção de um acordo antes do fim de março entre o Chipre e a troica – formada por União Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE). Eles ressaltaram que um programa de ajuda para o Chipre deve incluir " ajustes financeiros, fiscais e estruturais significativos".

Presidente eleito de Chipre, Nicos AnastasiadesFoto: Patrick Baz/AFP/Getty Images

Bruxelas se mostra disposta a ajudar o Chipre em seu tortuoso caminho pela recuperação econômica. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse ter assegurado ao vencedor da eleição que a Europa vai ajudá-lo a resolver seus problemas.

Já o chefe do Eurogrupo, o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que espera uma rápida conclusão das negociações sobre possíveis ajudas financeiras. O Eurogrupo, assinalou, está disposto a "ajudar o Chipre em todas as reformas que colocarem a economia de volta ao caminho do crescimento sustentável".

O Chipre pediu em junho do ano passado ajuda ao fundo de resgate europeu. O país diz que precisa de cerca de 17 bilhões de euros para sanear, sobretudo, o seu sistema bancário. Caso o Estado não consiga ajuda, há perigo de falência. Os ministros das Finanças da zona do euro decidiram se pronunciar sobre o pedido só depois da eleição de um novo chefe de Estado.

Prioridade é restaurar credibilidade

Anastasiades afirmou que a prioridade é "restaurar a credibilidade" do país, que negocia atualmente um plano de ajuda financeira com os parceiros europeus. Ele prometeu, ainda, trabalhar para chegar rapidamente a um acordo com a União Europeia.

"Vamos discutir e cooperar com os nossos parceiros europeus para chegar o mais rapidamente possível a um acordo (sobre o plano de resgate) que proteja os nossos grupos vulneráveis, a coesão social e as relações pacíficas no mundo do trabalho", declarou.

Anastasiades, que obteve 57,48% dos votos no segundo turno das eleições presidenciais cipriotas, acrescentou que o seu governo vai levar a cabo um "ambicioso programa de reformas estruturais tanto no Estado como na economia".

A economia de Chipre encolheu 2,3% em 2012. Para este ano, é esperada uma retração de 3,5%. Uma recuperação é prevista somente a partir de 2016.

MD/lusa/afp/dpa
Revisão: Rafael Plaisant Roldão

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