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Expectativas econômicas

14 de setembro de 2010

Economia da zona do euro deverá crescer este ano quase o dobro do que se previu em maio, apontam prognósticos da Comissão Europeia. Crescimento médio nos 16 países do euro deverá ser de 1,7% e, em toda a UE, de 1,8%.

Economia europeia recupera-se lentamente da criseFoto: DW/DPA

Em seus prognósticos de crescimento econômico divulgados nesta segunda-feira (13/09) em Bruxelas, a Comissão Europeia praticamente triplicou suas estimativas em relação à Alemanha.

O crescimento da maior economia do bloco de 27 países deverá ser de 3,4% em 2010, em vez dos 1,2% previstos em maio último. Os peritos de Bruxelas são mais otimistas do que o próprio governo alemão, que prevê 3% de crescimento para o país este ano.

O órgão executivo da União Europeia (UE) emite duas vezes ao ano seus prognósticos para o crescimento das 27 nações da UE e para os 16 países da zona do euro. Para 2010, é esperado um crescimento de 1,7% na zona do euro, mais do que o 0,9% projetado na última estimativa, divulgada em maio. Em 2009, a economia da área havia sofrido uma contração de 4,1%.

A estimativa da União Europeia se assemelha à do Banco Central Europeu, que em 2 de setembro último anunciou que a zona do euro deverá ter um crescimento econômico entre 1,4% e 1,7% em 2010.

Espanha não sai da recessão

Para todos os membros da UE, a Comissão prevê um crescimento médio de 1,8%, corrigindo assim os 1,7% estimados inicialmente.

Da mesma forma como na Alemanha, também na Polônia o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 3,4% este ano, enquanto o desempenho de outros grandes países da União Europeia (UE) deverá ser claramente menor. A Espanha, com um uma retração de 0,3%, não deverá sair da recessão em 2010 devido à crise de seu mercado imobiliário, prevê a Comissão Europeia.

O prognóstico se baseia nos dados das economias dos sete maiores países da União Europeia, responsáveis por 80% do desempenho econômico do bloco de 27 nações.

PIB crescerá menos no segundo semestre

Comissário Olli RehnFoto: AP

"Para a Europa como um todo, é muito bom que a recuperação da Alemanha seja tão forte", salientou o comissário de Assuntos Monetários, Olli Rehn. A economia alemã é um dos principais motores da economia europeia, acrescentou.

Embora a conjuntura seja ampla, tendo se expandido dos setores dependentes da exportação para outros, a recuperação ainda é lenta, destacou Rehn.

Segundo ele, o crescimento do PIB será mais fraco no segundo semestre de 2010, pois a economia global vai desaquecer e os pacotes conjunturais deixarão de surtir efeito. "Entretanto, não é preciso temer o retorno da recessão", tranquilizou.

Em suas estimativas, a UE salienta que o desenvolvimento econômico dos países é diferenciado devido às diferentes estruturas de produção de cada um. Por isso, na França, Itália, Holanda e Reino Unido a economia não vai se recuperar de forma tão dinâmica como na Alemanha e na Polônia, aponta a projeção.

Grécia e Irlanda ainda preocupam

Medidas de consolidação orçamentária e reformas estruturais seriam o segredo do crescimento, acrescenta a Comissão. A Grécia e a Irlanda, que segundo a Comissão Europeia deveria sanear o quanto antes seu setor bancário, continuam sendo fatores de preocupação na UE.

A Comissão Europeia calcula em 1,4% a inflação anual na zona do euro. Se, por um lado, os preços estão subindo devido ao euro fraco e à alta dos preços dos cereais, por outro, a inflação pode ser mantida sob controle em decorrência da desaceleração da conjuntura, do lento aumento dos salários e das baixas expectativas de inflação, avaliam os peritos da UE.

Rehn citou como desafios a tensa situação nos mercados financeiros e a necessidade de saneamento das instituições bancárias. A concessão de créditos está se dando de forma mais lenta que o esperado, disse o comissário.

Por isso, após um crescimento de 1% do PIB dos países da zona do euro no segundo trimestre de 2010, a Comissão Europeia espera apenas um crescimento de 0,5% no terceiro trimestre e de 0,3% no quarto, em relação aos trimestres anteriores.

RW/dpa/rtd
Revisão: Simone Lopes

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