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Terrorismo

Alemanha eleva presença policial em mesquitas e aeroportos

21 de fevereiro de 2020

Governo avalia que extrema direita é principal ameaça à democracia no país e anuncia reforço na segurança em "locais sensíveis", depois de extremista matar nove pessoas de origem estrangeira em Hanau.

policiais em aeroporto na Alemanha
Além de aeroportos, estações de trem e mesquitas, áreas de fronteira também foram classificadas como "locais sensíveis"Foto: picture-alliance/dpa/F. Gentsch

O governo da Alemanha anunciou nesta sexta-feira (21/02) que vai elevar a vigilância em "locais sensíveis", o que inclui sobretudo mesquitas, mas também aeroportos, estações de trem e áreas de fronteira.

"A ameaça à segurança relacionada à extrema direita, ao antissemitismo e ao racismo é muito alta na Alemanha", afirmou o ministro do Interior do país, Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU). Ele não precisou por quanto tempo a medida vai vigorar.

A decisão foi anunciada depois do atentado cometido por um extremista de direita em Hanau. Ele matou nove pessoas de origem estrangeira em dois bares de narguilé. Seehofer disse que o ataque em Hanau é claramente um atentado terrorista com motivações racistas.

Merkel lamenta ataques em Hanau

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A ministra da Justiça, Christine Lambrecht, do Partido Social-Democrata (SPD), afirmou que a violência de extrema direita é o principal perigo para a democracia alemã.

Tanto Seehofer como Lambrecht descartaram novas mudanças na lei e argumentaram que o endurecimento do controle de armas foi recentemente aprovado, bem como um pacote de medidas contra a disseminação de ódio nas redes sociais.

Seehofer pretende se reunir nesta sexta-feira com representantes da comunidade muçulmana na Alemanha para debater eventuais medidas adicionais de segurança.

Um alemão de 43 anos abriu fogo num bar de narguilé no centro de Hanau por volta das 22h (horário local) desta quarta-feira. Depois atirou contra um outro bar e um quiosque. Ele matou nove pessoas, todas com origem estrangeira e com idades entre 21 e 44 anos.

Cinco dos mortos eram turcos, um era búlgaro e um outro era da Bósnia e Herzegovina. Também há cidadãos alemães entre os mortos. Mais seis pessoas foram feridas.

Depois do massacre, o terrorista voltou para casa, onde matou a mãe, de 72 anos, e depois cometeu suicídio, segundo as informações dos investigadores, que acrescentaram que o criminoso defendia posições claramente racistas na internet.

AS/ard/dpa/afp

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