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Alemanha estenderá funcionamento de duas usinas nucleares

28 de setembro de 2022

Previstas para encerrar atividades no fim do ano, duas das três usinas atômicas remanescentes no país ficarão em operação até, pelo menos, abril de 2023. Motivo é a crise energética desencadeada pela guerra na Ucrânia.

Vista aérea da usina Isar 2, na Baviera
Usina de Isar 2, na Baviera, não será mais desativada no fim do anoFoto: Jan Woitas/dpa/picture alliance

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, informou nesta terça-feira (27/09) que o país manterá duas de suas três usinas nucleares restantes em funcionamento até, pelo menos, abril de 2023.

Habeck disse que as usinas nucleares localizados no sul do país, a Isar 2, na Baviera, e a Neckarwestheim, em Baden-Württemberg, continuarão em atividade no primeiro trimestre do próximo ano. O argumento é que o funcionamento de pelo menos duas das três usinas nucleares é necessário devido à demanda por energia no inverno europeu.

O motivo para isso é a guerra na Ucrânia, que gerou uma redução do abastecimento de gás por parte da Rússia para a Alemanha.

"As operadoras agora farão todos os preparativos necessários para que as usinas nucleares do sul da Alemanha produzam eletricidade no inverno, naturalmente em conformidade com os regulamentos de segurança", disse Habeck.

A terceira usina nuclear ainda ativa, em Emsland, na Baixa Saxônia, não deve fazer parte dessa reserva de emergência e deve ser desativada até o final do ano. No primeiro trimestre do ano, juntas, as três usinas responderam por 6% da geração de eletricidade do país, enquanto o gás foi responsável por 13%.

No início do mês, autoridades na Alemanha haviam dito que manteriam seus planos de desligar as três usinas nucleares restantes até o final de dezembro, mas poderiam reativá-las em caso de uma grave crise de energia.

Fim das usinas nucleares

A Alemanha desativou três usinas nucleares no final de 2021. Em 2011, o governo alemão anunciou a eliminação progressiva da energia nuclear no país, após o devastador acidente com o reator em Fukushima, no Japão. 

Berlim, que dependia fortemente do gás natural russo até a guerra na Ucrânia, tem procurado fontes alternativas de energia.

Os problemas energéticos da Alemanha e da União Europeia ganharam atenção internacional porque a Rússia fornecia até 40% de gás para a UE antes da invasão da Ucrânia, combustível essencial para o aquecimento no inverno.

Os preços do gás na Europa mais que dobraram desde o início do ano, devido à queda da oferta russa em retaliação a sanções impostas pelo Ocidente a Moscou. No entanto, Habeck expressou confiança há alguns dias de que a Alemanha passaria o inverno "confortavelmente" se tudo funcionasse conforme o planejado.

le (Reuters, AP) 

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