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Alemanha homenageia vítimas do voo da Germanwings

26 de março de 2015

Minuto de silêncio é respeitado em várias escolas, empresas e locais públicos da região de Düsseldorf e também pelo Bundestag. Merkel afirma que tragédia é de "uma dimensão inconcebível".

Foto: picture-alliance/dpa/Maja Hitij

Milhares de pessoas no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália homenagearam nesta quinta-feira (26/03) as 150 vítimas da queda do avião da empresa aérea Germanwings. Elas fizeram um minuto de silêncio às 10h53, mesmo horário que, na terça-feira, o contato com o voo 4U-9525 foi perdido.

Diversas escolas, instituições públicas e empresas participaram da iniciativa, que havia sido convocada pelo governo do estado. Entre elas estão a Bayer, de Leverkusen, e a Henkel, de Düsseldorf. Funcionários delas estão entre os mortos. Também no aeroporto da cidade, destino do voo 4U-9525, foi respeitado um minuto de silêncio.

Na Ópera de Düsseldorf, artistas e funcionários se reuniram em frente ao prédio para homenagear os cantores Oleg Bryjak e Maria Radner, que morreram na queda do aeronave. Em muitas igrejas do estado, incluindo as catedrais de Aachen e de Colônia, os sinos repicaram no minuto 10h53.

Segundo a governadora Hannelore Kraft, 64 das 75 vítimas alemãs eram naturais do estado. Entre elas estão os 16 estudantes e duas professoras de uma escola em Haltern am See. O prefeito da cidade, Bodo Klimpel, reagiu com indignação à notícia de que o copiloto teria agido com a intenção de derrubar o avião, divulgada pela promotoria da cidade francesa de Marselha. "Eu me pergunto quando esse pesadelo vai acabar."

Pessoas respeitam minuto de silêncio em frente à Catedral de Colônia, às 10h53Foto: picture-alliance/dpa/Oliver Berg

"Dimensão inconcebível"

O Bundestag (câmara baixa do Parlamento) também prestou uma homenagem às vítimas, com os deputados e autoridades do governo igualmente respeitando um minuto de silêncio. "Estamos de luto, ao lado dos familiares e amigos das vítimas", afirmou o presidente da Casa, Norbert Lammert. Segundo ele, a Alemanha, a Espanha e a França estão em estado de choque. "Hoje somos todos alemães e espanhóis, me disse a presidente do Parlamento português."

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou que as novas informações deram à tragédia "uma dimensão inconcebível". Segundo ela, que o copiloto tenha tido a intenção de derrubar o avião vai além "de qualquer imaginação". Merkel ressaltou ainda a importância de que todos os aspectos do desastre com o 4U-9525 sejam rigorosamente investigados.

"Essa notícia me afetou assim como afetou a maioria das pessoas", afirmou a chanceler, ressaltando que a informação obtida a partir da gravação no cockpit do voo 4U-9525 é mais um "terrível peso" para os familiares das vítimas. O governo alemão descarta a hipótese de ato terrorista.

Bundestag também se uniu às homenagensFoto: picture-alliance/dpa/L. Schulze

Parentes das vítimas

Também nesta quinta-feira, parentes das vítimas chegaram à região do acidente. Eles viajaram a partir de Barcelona e de Düsseldorf em voos especiais da Lufthansa com destino ao aeroporto de Marignane, nas proximidades de Marselha. Eles terão acompanhamento psicológico e espiritual no local.

Parentes do piloto e do copiloto também viajaram para a região, mas, segundo a Lufthansa, eles não se encontraram com os parentes das vítimas.

As localidades de Seyne-les-Alpes e Le Vernet, que ficam nas proximidades, estão preparadas para receber os parentes das vítimas. Há diversos psicólogos no local, e as capelas e igrejas permanecem abertas.

Na quarta-feira, Merkel esteve na região do acidente, no sul da França, juntamente com o presidente francês, François Hollande, e o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy. Os líderes conversaram com integrantes das equipes de buscas e com parentes de vítimas.

Parentes das vítimas chegam à região do acidenteFoto: picture-alliance/dpa/P. Kneffel

Ação intencional

Nesta quinta-feira, o promotor da cidade de Marselha, Brice Robin, afirmou que gravações de áudio na cabine do avião revelam que o copiloto, identificado como o alemão Andreas Lubitz, de 28 anos, teria voluntariamente apertado o botão para descer do avião, numa aparente intenção de destruir a aeronave.

Lubitz teria ainda o piloto de voltar à cabine de comando ao não abrir a porta do cockpit, apesar dos insistentes pedidos. O copiloto também não respondeu aos chamados das torres de controle de tráfego aéreo de Marselha.

Autoridades francesas e alemãs, além da companhia aérea Luthansa não acreditam que a tragédia tenha qualquer relação com terrorismo.

MS/AS/rtr/afp/dpa

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