Alemanha: navio com petróleo russo à deriva no Mar Báltico
11 de janeiro de 2025
Navio-tanque carregado com quase 100 mil toneladas de petróleo não representa risco ambiental. País vê vínculo da embarcação com "frota fantasma" russa.
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Equipes de resgate da Alemanha fixaram cabos de reboque em um navio-tanque carregado de petróleo encontrado à deriva no Mar Báltico nesta sexta-feira (10/01) após sofrer uma falha no motor, próximo à ilha alemã de Rügen.
A Alemanha afirma que o navio compõe a chamada "frota fantasma" da Rússia, usada para exportar petróleo apesar das pesadas sanções contra o país. Embarcações vinculadas a este grupo são normalmente antigas e operam sob condições precárias.
O petroleiro Eventin foi construído em 2006 e navega sob bandeira panamenha. Ele estava a caminho do porto russo de Ust-Luga para o Porto Said, no Egito, de acordo com a plataforma de rastreamento de navios Vesselfinder.
O navio, carregado com 99.000 toneladas de petróleo, não será movido por enquanto, informou um porta-voz do Comando Central de Emergências Marítimas da Alemanha (CCME) à agência de notícias alemã dpa.
Um navio da Administração Federal de Vias Navegáveis e Hidrovias da Alemanha, o Arkona, e um rebocador de emergência, Bremen Fighter, foram enviados para o local. Uma equipe de resposta marítima especialmente treinada também foi despachada para embarcar via helicóptero no petroleiro e assegurar a conexão do reboque.
"Os especialistas em reboque de emergência devem garantir que a carga do navio-tanque de 274 metros de comprimento seja distribuída de forma segura e uniforme entre os rebocadores", disse o porta-voz.
Anteriormente, o CCME havia dito que o navio seria rebocado para um porto. O barco permanece selado e não representa risco ambiental imediato nem perigo para a tripulação a bordo.
Alemanha acusa Rússia de usar "frota de petroleiros enferrujados"
Após o incidente, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, acusou a Rússia de causar deliberadamente danos ambientais "com o uso imprudente de uma frota de petroleiros enferrujados" e chamou o incidente de uma "ameaça para a segurança europeia".
"Ao implantar impiedosamente uma frota de petroleiros enferrujados, [o presidente russo Vladimir] Putin não está apenas contornando as sanções, mas também está aceitando de bom grado que o turismo no Mar Báltico seja paralisado" no caso de um acidente, disse.
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Sanções contra navios
Além das sanções ocidentais contra o setor petrolífero russo, os EUA e os países europeus também estão impondo sanções a navios que se acredita fazerem parte da "frota fantasma".
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Foto: MATTHEW HINTON/AFP
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