Alemanha lembra vítimas do 11 de setembro
11 de setembro de 2002Anúncio
Um ano após os atentados terroristas contra o World Trade Center e o Pentágono, o chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, apelou por uma solução pacífica dos conflitos entre Ocidente e Oriente, censurando novamente os planos de guerra dos EUA contra o Iraque. "Temos que tentar transformar a aliança contra o terrorismo numa aliança pela segurança e pelo desenvolvimento globais, tomando como base a liberdade e a solidariedade, a justiça e o Estado de direito", declarou Schröder, em Berlim.
Segurança mundial
– Sem relativizar a solidariedade da Alemanha com os EUA, o chefe de governo alemão advertiu contra a militarização do conflito com o Iraque, sugerindo o desenvolvimento de pactos regionais de segurança na luta contra o terrorismo. Ele reiterou que a Alemanha mantém seu plano de combater o terrorismo através de esforços políticos e diplomáticos e medidas de ajuda econômica e humanitária.Paz e diálogo
– O presidente alemão, Johannes Rau, também criticou uma possível guerra contra o Iraque, lembrando que a luta contra o terrorismo não deve ser confundida com outros problemas de política externa. O presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Paul Spiegel, lembrou que o 11 de setembro alertou sobre a dimensão do perigo do fundamentalismo e apelou pelo diálogo entre as culturas.Minuto de silêncio
– A memória das vítimas do 11 de setembro foi celebrada na Alemanha com uma missa ecumênica na Catedral de Berlim, da qual participaram o chanceler federal, o presidente, quase todo o gabinete de governo, o embaixador norte-americano em Berlim, Daniel Coats, entre outros líderes políticos. Diversas empresas alemãs e a Bolsa de Valores de Frankfurt fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado. A população de Berlim prestou sua homenagem, levando coroas de flores e fazendo vigília em frente à embaixada norte-americana em Berlim.Vigilância
– A capital alemã reforçou a presença policial, sobretudo para garantir a segurança de aeroportos, instituições norte-americanas e judaicas. Em Hamburgo, uma mesquita foi alvo de uma espetacular busca policial. Alegando seguir pistas fornecidas pelas autoridades de segurança, 238 policiais revistaram o edifício e áreas adjacentes, em busca de um egípcio muçulmano, suspeito de terrorismo. Após diversas horas de investigações, a suspeita não foi confirmada.Anúncio