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Alemanha manda 250 soldados para o Kuwait

ef6 de fevereiro de 2002

Ministro da Defesa, Rudolf Scharping, diz que a missão alemã em conjunto com os EUA visa prevenir ataques terroristas com armas atômicas, biológicas e químicas. O Iraque está sob suspeita de possuir tais armas.

A soldada Annika Sommer integra a tropa que está indo para o KuwaitFoto: AP

As Forças Armadas da Alemanha despacharam 250 especialistas em defesa atômica, biológica e química para a Península Arábica, nesta quarta-feira (06). A tropa vai participar de treinamentos com unidades norte-americanas para detecção de armas atômicas, biológicas e químicas no contexto da operação Liberdade Duradoura dos Estados Unidos. Já estão navegando para a Península Arábica 70 veículos blindados, entre eles 10 dos sofisticados tanques Fuchs alemães cobiçados no mundo inteiro, como parte da contribuição alemã para o combate ao terrorismo internacional.

O Ministério da Defesa em Berlim não quis dar detalhes sobre a missão por razões de segurança e de acerto internacional. O ministro Rudulf Scharping negou que ela faça parte de um possível ataque militar dos Estados Unidos contra o Iraque. Ele esclareceu, todavia, que os exercícios são preparativos para enfrentar ameaças de uso de armas nucleares, biológicas e químicas. Tais ameaças não são previstas, segundo o ministro, mas também não podem ser excluídas. Scharping destacou que se trata de uma prevenção contra ataques terroristas e o Iraque está sob suspeita de possuir armas atômicas, químicas e biológicas. Parte dos militares que estão seguindo agora para o Kuwait já participaram de ações na Somália e nos Bálcãs.

Depois do treinamento, que deverá durar até o início de março, a maioria dos soldados alemães retornará ao seu país. Os equipamentos bélicos e 50 soldados permanecerão na Península Arábica. O tanque Fuchs é o único laboratório sobre rodas capaz de detectar em questão de segundos material atômico, químico e biológico.

Os Estados Unidos mantêm uma base no Kuwait desde a Guerra do Golfo de 1991 por causa da invasão do país pelo Iraque. A tropa alemã que está seguindo agora para a região faz parte dos 3.900 soldados que o governo propôs e o Parlamento em Berlim aprovou em novembro para participarem da luta antiterror dos Estados Unidos no Afeganistão, em represália aos atentados de 11 de setembro em Nova York e Washington.