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Alemanha pede libertação de manifestantes de Moscou

4 de agosto de 2019

Exclusão de candidatos de pleito legislativo mobiliza ativistas russos. Em protesto não autorizado, porém pacífico, polícia moscovita deteve mais de 800. Ministério alemão adverte sobre imagem democrática da Rússia.

Policiais russos carregam jovem preso durante protesto em Moscou
Policiais moscovitas não pouparam violência na repressão de protestos pacíficosFoto: picture-alliance/Zumapress/V. Kruchinin

O Ministério alemão do Exterior urgiu neste domingo (04/08) o Kremlin a libertar imediatamente os manifestantes detidos na véspera, em Moscou, ao protestar contra a proibição de candidatos independentes participarem das eleições legislativas locais de 9 de setembro próximo. Segundo um monitor independente, as autoridades russas prenderam mais de 800 manifestantes, em repressão violenta às passeatas não autorizadas.

"As detenções não estão em proporção com a agenda pacífica dos protestos, que foram dirigidos contra a exclusão de candidatos", escreveu o ministério em Berlim. "A repetida interferência ao direito garantido de assembleia pacífica e liberdade de expressão infringe as obrigações internacionais da Rússia e coloca fortemente em questão o direito a eleições livres e justas."

Há uma semana, ativistas vêm protestando contra a decisão da Comissão Eleitoral de desqualificar diversos candidatos independentes, argumentando tratar-se de uma tentativa de remover a oposição do pleito. Embora ainda não haja divulgado a lista de candidatos para a Assembleia Legislativa de Moscou, o órgão antecipou que a grande maioria dos candidatos não teria reunido o número necessário de assinaturas para poder participar do processo eleitoral.

Paralelamente aos protestos na capital, a Justiça russa divulgou no sábado a abertura de um inquérito por lavagem de dinheiro contra a Fundação Anticorrupção (FBK). Colaboradores da ONG, criada em 2011 pelo opositor do Kremlin Alexei Navalny, teriam recebido "de terceiros" quase 1 bilhão de rublos (13,8 milhões de euros), adquiridos "ilegalmente", depositados primeiro em contas bancárias, e depois na da fundação.

Em seu Índice de Democracia para 2018, a consultora britânica Economist Intelligence Unit classificou a Rússia como país "autoritário", ocupando o 144º lugar entre 168 Estados, abaixo, por exemplo, de Cuba e Afeganistão.

AV/afp/ap

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