Plano do governo Angela Merkel é que cada morador do país tenha acesso a pelo menos um teste de covid-19 por semana. Passo é considerado fundamental para manter epidemia sob controle no país.
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O governo alemão planeja, a partir da próxima semana, implementar um enorme programa nacional de testagem rápida para covid-19, como medida fundamental para que o país possa, aos poucos, levantar as restrições de movimentação.
Segundo o plano, definido na quarta-feira pelo governo Angela Merkel e os governadores dos estados, cada pessoa na Alemanha terá direito a um teste por semana gratuitamente.
Os testes poderão ser feitos em centros de testagem, no consultório médico ou no local de trabalho, e serão administrados por pessoal treinado.
Escolas e creches são um foco particular, como um meio de colocar crianças e professores em segurança e regularmente de volta às salas de aula.
Nesta quinta-feira, o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, disse que o governo garantiu pelo menos 200 milhões de testes autoaplicáveis de covid-19 e 800 milhões de testes rápidos, dos quais 150 milhões estão em estoque com fornecedores.
As autoridades sanitárias defendem a realização de dois testes por pessoa, o que significaria 160 milhões de testes por semana. No entanto, mesmo metade dessa cifra poderia esgotar rapidamente os estoques. Críticos dizem que é importante garantir estoques de testes suficientes antes que as autoridades se comprometam a afrouxar o lockdown – e não o contrário.
"Abrir escolas sem testes rápidos aumentará a taxa de incidência", disse o deputado e epidemiologista Karl Lauterbach, do Partido Social-Democrata (SPD). "É bom que os testes gratuitos estejam chegando, mas a estratégia de testes para escolas e locais de trabalho não está clara porque não há testes rápidos suficientes. De modo geral, estou muito preocupado."
Apesar do acordo de quarta-feira entre os governos federal e estaduais, as autoridades locais estão céticas. Cidades menores e áreas rurais podem ter dificuldades para receber e realizar os testes necessários.
"Neste momento eu não posso dizer como funcionarão os testes em certos centros", disse Oliver Hermann, prefeito da pequena cidade de Wittenberge e presidente da associação de cidades e municípios do estado de Brandemburgo. "Seria bom se pudéssemos ter uma comunicação clara e uma estratégia desde cedo."
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Testes em farmácias e supermercados
Grandes redes de supermercados, drogarias e farmácias disseram que em breve começarão a vender kits de testes autoaplicáveis. São testes que qualquer pessoa pode usar, sem treinamento.
Os preços ainda não foram confirmados. Spahn disse que gostaria que eles custassem 1 euro. A rede de supermercados Aldi afirmou que um pacote de cinco testes caseiros pode custar 25 euros e que os clientes poderão levar um pacote por vez.
Até agora, os testes PCR, que são altamente precisos mas requerem processamento de laboratório e levam mais tempo para obter resultados, foram reservados em grande parte para quem apresentar sintoma.
Testes rápidos estão disponíveis para trabalhadores essenciais, como professores e pessoal médico. Todos os outros tiveram que organizar e pagar por seus próprios testes, em um consultório médico ou centro de testes improvisados.
Os testes rápidos podem fornecer um resultado razoavelmente preciso em menos de 30 minutos. Mas as autoridades de saúde pública advertem que eles exigem cuidado especial na avaliação do resultado e não podem conter a disseminação da infecção por si só.
Testes rápidos exigem cuidado
Embora um teste rápido seja tão preciso quanto um teste PCR, o que torna os falsos positivos improváveis, eles são menos sensíveis. Isso significa que os falsos negativos são possíveis, dando às pessoas a sensação de que podem viver sem medo de espalhar o vírus.
"Um teste rápido não é um passe livre de curto prazo para participar da vida pública", escreveu Tobias Kurth, diretor do Instituto de Saúde Pública do hospital Charité de Berlim, no Twitter, em fevereiro.
Os testes rápidos, seja para uso doméstico ou por pessoal especializado, também sofrem com a falta de padrões. O Instituto Paul Ehrlich, da Alemanha, desenvolveu critérios mínimos a serem seguidos pelos fabricantes de testes, mas eles são diretrizes, e não exigências. Dezenas de tais testes estão no mercado na Alemanha, e poucos foram avaliados de forma independente.
Isso está mudando lentamente. Na semana passada, o Instituto Alemão de Medicamentos e Dispositivos Médicos (BfArM) publicou uma lista de testes domiciliares que receberam aprovação especial. Os testes rápidos precisarão cumprir certos padrões antes que o governo pague por eles.
Apesar do risco de falsos negativos, as autoridades esperam que testes mais rápidos identifiquem mais casos, levando a um isolamento mais rápido dos infectados e permitindo que as pessoas não infectadas continuem com suas vidas.
Celebridades e políticos que testaram positivo para covid-19
Várias estrelas de cinema contraíram o coronavírus. A doença varreu a elite política global e afetou também os melhores atletas.
Foto: Joshua Roberts/Reuters
Emmanuel Macron
O presidente da França foi diagnosticado com o coronavírus dias depois de uma cúpula dos líderes da União Europeia, o que levou várias autoridades do bloco a adotarem o isolamento. Nos dias que antecederam o resultado, ele se reuniu também com lideranças políticas da França e membros de seu gabinete. Seus assessores disseram que ele mantém estilo de vida saudável e se exercita regularmente.
Foto: Lewis Joly/AP Photo/picture alliance
Donald Trump
Após menosprezar a doença durante meses, o presidente dos Estados Unidos confirmou que ele e a primeira-dama, Melania Trump, estavam infectados com o coronavírus em plena reta final de sua campanha à reeleição. Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde.
Foto: picture-alliance/CNP/A. Drago
Andrzej Duda
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, testou positivo para o coronavírus, anunciou um porta-voz no dia 24 de outubro. Dias antes, ele esteve em um fórum de investimento na Estônia, onde se encontrou com o presidente búlgaro, Rumen Radev, que entrou em isolamento profilático depois de ter contato com alguém infectado em seu país de origem. No entanto, não foi confirmado como Duda se contaminou.
Foto: Photoshot/picture-alliance
Andrea Bocelli
O tenor italiano Andrea Bocelli testou positivo para o novo coronavírus em março. Ele relatou que teve apenas febre leve, e no mês seguinte, já fez uma apresentação na Catedral de Milão, vazia devido às regras de restrição.
Foto: Getty Images/S.Legato
Robert Pattinson
O ator, de 34 anos, mais conhecido por estrelar como o vampiro Edward Cullen na saga cinematográfica "Twilight", testou positivo para covid-19, obrigando a produção de "The Batman" a uma pausa apenas três dias depois de ter retomado trabalhos. Pattinson, que também foi Cedric Diggory na adaptação cinematográfica de "Harry Potter e o cálice de fogo", sucede Ben Affleck como o Homem Morcego.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/E. Chesnokova
Dwayne 'The Rock' Johnson
O lutador que virou estrela de cinema se tornou uma das mais recentes celebridades a contraírem covid-19. Em um vídeo no Instagram, Johnson revelou que ele, sua esposa e duas filhas testaram positivo — acrescentando que ele teve "uma experiência difícil" com os sintomas. Ele também pediu às pessoas que parem de "politizar" a pandemia e "usem máscara".
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Shotwell
Neymar
O craque brasileiro é um dos três jogadores do PSG a contraírem o vírus, informou a agência de notícias AFP em 2 de setembro. Acredita-se que o surto no clube esteja relacionado a uma viagem de férias que o time fez à ilha espanhola de Ibiza. Posteriormente, Neymar postou uma foto no Instagram com seu filho, que também supostamente testou positivo: "Obrigado pelas mensagens. Estamos todos bem".
Foto: Getty Images/AFP/D. Ramos
Silvio Berlusconi
O ex-premiê italiano de 83 anos testou positivo para o vírus e estaria assintomático, segundo anúncio de seu médico em 2 de setembro. Dois dos filhos de Berlusconi e sua namorada de 30 anos também testaram positivo. O ex-premiê testou positivo depois de passar férias na costa da Sardenha, onde os ricos e famosos da Itália costumam desdenhar das políticas de restrição.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Vojinovic
Usain Bolt
A lenda do atletismo Usain Bolt testou positivo poucos dias depois de realizar uma festa para comemorar seu 34º aniversário no final de agosto. O detentor do recorde para os 100 e 200 metros rasos disse que entrou em quarentena, mas que não estava exibindo sintomas. Vídeos da festa de aniversário ao ar livre de Bolt mostraram convidados sem máscaras durante a celebração.
Foto: Reuters/M. Childs
Antonio Banderas
O ator espanhol teve uma surpresa indesejável em seu 60º aniversário em meados de agosto, depois de um teste positivo para o coronavírus. Banderas disse que passou seu aniversário isolado e que estava "mais cansado do que de costume", mas "esperando se recuperar o mais rápido possível".
Foto: picture-alliance/Captital Pictures
Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro, que repetidamente minimizou a gravidade da pandemia, contraiu o vírus em julho. Ele foi criticado por ignorar as medidas de segurança recomendadas por especialistas em saúde antes e depois de seu diagnóstico, incluindo apertar as mãos e abraçar apoiadores na multidão. Sua mulher, Michelle, e os filhos Jair Renan e Flávio também testaram positivo.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Tom Hanks
O ator Tom Hanks e sua mulher, a atriz e cantora Rita Wilson, foram algumas das primeiras celebridades a anunciar que contraíram o vírus. O casal testou positivo para a covid-19 em meados de março, quando estava na Austrália. Depois de se recuperar e retornar aos Estados Unidos, Hanks defendeu que as pessoas façam sua parte para retardar a propagação da doença.
Foto: picture-alliance/AP/Invision/J. Strauss
Sophie Gregoire Trudeau
Sophie Gregoire Trudeau, mulher do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, testou positivo para coronavírus depois de retornar do Reino Unido em meados de março. O marido dela anunciou ter se isolado na residência oficial, mesmo sem apresentar sintomas da enfermidade.
Foto: Reuters/P. Doyle
Boris Johnson
No final de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contraiu o coronavírus que o levou ao hospital por vários dias. Johnson passou uma semana em um hospital em Londres e três noites na UTI, onde recebeu oxigênio e foi observado 24 horas por dia. Ele teve alta em meados de abril, e os funcionários do hospital receberam o crédito de ter salvado sua vida.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Dawson
Ambrose Dlamini
O primeiro-ministro de Essuatíni (antiga Suazilândia), Ambrose Dlamini, contraiu o coronavírus e morreu em decorrência da covid-19, em dezembro de 2020. Ele tinha 52 anos e chegou a ser internado em um hospital da África do Sul, mas não resistiu.
Foto: RODGER BOSCH/AFP
Hamilton Mourão
O vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciou no final de dezembro de 2020 que havia testado positivo para a covid-19. Ele ficou 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu, em Brasília. Antes de receber o diagnóstico, o vice-presidente teve dor no corpo, dor de cabeça e febre que não passou de 38 graus. Em março de 2021, ele recebeu a primeira dose da Coronavac.
Foto: Sergio Lima/AFP
Larry King
O lendário apresentador de TV americano Larry King morreu em janeiro de 2021, em decorrência da covid-19. Ele tinha 87 anos e comandava um tradicional programa de entrevistas na CNN há mais de duas décadas.
Foto: Radovan Stoklasa/REUTERS
Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 62 anos, anunciou no começo de abril de 2021 que contraiu o coronavírus. Segundo a Unidade Médica Presidencial, ele não teve sintomas, graças à imunização pela vacina russa Sputnik V, recebida dois meses antes.