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Alemanha pleiteia assento no Conselho de Segurança da ONU

25 de setembro de 2010

Ministro alemão do Exterior mostra otimismo frente à candidatura do país a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU e defende reforma do grêmio, com assentos permanentes para América Latina e África.

Guido Westerwelle: otimismo declaradoFoto: AP

O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, defendeu em Nova York, perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, um assento temporário para o país no Conselho de Segurança da ONU nos próximos dois anos.

"A Alemanha está disposta a assumir responsabilidades globais", afirmou o ministro neste sábado (25/09), em sua primeira aparição como representante da Alemanha frente a uma Assembleia Geral relativamente desfalcada, com apenas 25% de presentes.

Westerwelle esforçou-se abertamente para angariar apoio das nações menores. A decisão a respeito dos países que deverão ocupar os assentos temporários no Conselho de Segurança da ONU deverá ser tomada em meados de outubro próximo. No fim de 2010, cinco assentos no Conselho ficarão vagos, dois deles a serem ocupados por nações ocidentais. Além da Alemanha, Portugal e Canadá também se candidatam, sendo que um dos três países sairá da disputa de mãos vazias.

"Em prol do desenvolvimento"

A Alemanha já ocupou por quatro vezes uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, a última delas em 2003-2004. Westerwelle declarou que, em caso de vitória na escolha, "a Alemanha irá trabalhar de maneira muito especial em prol da paz e do desenvolvimento". O ministro lembrou ainda que seu país é um dos que mais disponibilizam recursos para a ajuda ao desenvolvimento.

O Conselho de Segurança da ONU tem um total de 15 membros, sendo que dez deles em sistema rotativo, ou seja, assentos temporários, que vão sendo reocupados a cada dois anos. Somente cinco nações têm poder de veto e ocupam permanentemente uma cadeira no Conselho desde a fundação do órgão: EUA, China, Rússia, França e Reino Unido.

"Política de paz"

Fora do plenário da ONU, Westerwelle ressaltou sua certeza em relação ao assento alemão no grêmio. "Não se deve comemorar antes da hora, nem festejar candidaturas antes dos resultados nas urnas, mas estou otimista. Nossa influência e confiabilidade no mundo é estimada", disse o ministro.

Guido Westerwelle e Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações UnidasFoto: AP

Em seu discurso, Westerwelle acentuou o empenho do governo alemão em vários setores, entre eles a proteção ambiental, a tolerância no mundo e os conflitos no Oriente Médio. "A política externa alemã é uma política de paz", concluiu o ministro, que aproveitou também a oportunidade para falar em seu discurso sobre o fim do uso da energia nuclear e mencionar uma solução de "dois Estados" para o conflito entre israelenses e palestinos.

Assentos permanentes para América Latina

Westerwelle, presidente do Partido Liberal alemão, defendeu uma reforma do Conselho de Segurança da ONU. "As Nações Unidas também precisam acompanhar as mudanças no mundo", afirmou o ministro. Segundo ele, a atual formação do grêmio, "sem uma representação permanente da África e da América Latina, não correponde mais à arquitetura do mundo hoje".

SV/dpa/afp/rtr
Revisão: Simone Lopes

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