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Apoio a talentos

Sandra Pfister (rsr)10 de novembro de 2008

Graças a incentivo federal, bolsas de estudo não são mais um privilégio. A possibilidade de fomento a universitários especialmente capacitados existe. E sobram vagas.

O país conta com 11 instituições que apóiam estudantes capacitadosFoto: dpa

Entre as principais aspirações de estudantes universitários e profissionais em início de carreira está a experiência no exterior. Para muitos, o sonho esbarra no obstáculo da língua ou na difícil disputa por poucas bolsas de estudo. Na Alemanha, a história é diferente. A possibilidade de aprimoramento existe. E sobram vagas.

Graças à excelente nota no Abitur (conclusão do ensino médio), Simone Schmidt, de Bonn, foi indicada para receber uma bolsa de estudo da Studienstiftung des Deutschen Volkes – única instituição alemã que incentiva jovens talentos que não tem orientação política ou religiosa. "Outras instituições de fomento a estudantes altamente talentosos invejam nosso sistema de sugestão de candidatos, feita pelas escolas, porque eles têm de fazer a seleção entre muitos candidatos inscritos", conta Gerhard Teufel, secretário-geral da Studienstiftung.

Entre os candidatos que disputaram a vaga ao lado de Simone, não valia "o clichê nerd do cabelo repartido ao meio e óculos grossos. Todos eram bastante simpáticos e interessantes," explica a estudante de Ciências Políticas de 23 anos. Durante uma semana, ela precisou mostrar seu espírito de equipe, apresentar palestras inteligentes e participar de debates.

O que buscam as instituições

A Fundação Konrad Adenauer, de orientação conservadora e ligada à União Democrata Cristã (CDU), enviou recentemente correspondência a centenas de escolas do país: a entidade busca talentos ainda não descobertos para que recebam incentivo para o ensino superior.

Da mesma forma, milhares de estudantes receberam carta da Fundação Friedrich Ebert, ligada ao Partido Social Democrata (SPD). Mas a entidade foi além: anúncios em jornal incentivaram jovens a se inscreverem nos programas da fundação.

"Nunca houve tanta chance como hoje para conseguir uma bolsa de estudos em uma instituição que busca novos talentos", diz Martin Graefe, que acompanha, em Bonn, bolsistas da Friedrich Ebert da Baviera e de Hessen. "Também para estrangeiros as chances são boas", complementa.

Além da dedicação é esperado que os bolsistas mostrem engajamento socialFoto: dpa+

A maioria das bolsas é direcionada a cidadãos da União Européia. Porém, algumas, como as das Fundações Friedrich Ebert ou Friedrich Naumann, beneficiam estudantes universitários de fora do bloco europeu que desejam estudar na Alemanha. Este é o reflexo dos mais de 30% a mais de bolsas de estudos que as instituições colocaram à disposição.

Incentivo federal

Tudo isso devido à política da ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, que estipulou que 1% de todos os estudantes universitários tenham acesso a este benefício. Atualmente 0,7% do total de quem estuda em uma universidade do país recebe bolsa.

A busca por talentos significa que pessoas que agora candidatos nem tão extraordinariamente brilhantes também têm chance? O secretário-geral da fundação Studienstiftung des Deutschen Volkes, Gerhard Teufel, nega.

"Sempre percebemos que há muita gente capacitada, capaz de atingir ótimos resultados durante o ensino superior. Triste era, no fim, ter que escolher apenas um grupo reduzido de estudantes", confessa. Diante de um número maior de candidatos jovens, as fundações começaram, contudo, a distribuir bolsas de estudo em caráter de teste.

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