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Tecnologia de Informação

Agências (ca)20 de novembro de 2008

Na terceira cúpula do setor de tecnologia de informação (TI) alemão, em Darmstadt, representantes da política e da economia anunciaram investimentos em pesquisa e redes de banda larga para superar a crise financeira.

TI é responsável por um quarto do crescimento econômico europeu, disse presidente da BitkomFoto: AP

Uma boa infra-estrutura é a base de um pólo econômico forte, afirmou o ministro alemão da Economia, Michael Glos, por ocasião da terceira cúpula alemã do setor de tecnologia de informação e comunicação, que se realizou nesta quinta-feira (20/11) em Darmstadt.

Glos anunciou a expansão das redes de banda larga do país também para a zona rural. "Eu quero uma igualdade de oportunidades entre cidade e campo", afirmou. O ministro anunciou que, a partir de 2009, irá negociar com os estados a liberação das freqüências necessárias para a ampliação das redes de fibra ótica de alta velocidade.

No encontro, que se realiza anualmente desde 2006, cerca de 800 líderes de política, economia e ciência discutiram sobre a contribuição da TI para a proteção climática e a eficiência energética, e também sobre a internet segura e de uso fácil, a aplicação da TI no serviço público e na área da saúde.

Internet de banda larga

Também presente no encontro, a chanceler federal Angela Merkel disse que pretende possibilitar, em três ou quatro anos, o acesso à internet rápida a todos os cidadãos do país. Merkel explicou que a atual estagnação econômica deve ser aproveitada para investimentos em infra-estrutura de modo que toda a Alemanha seja servida de uma rede de internet de banda larga.

Segundo dados da Confederação da Indústria Alemã (BDI), tal expansão poderá gerar até 250 mil empregos. Com investimentos em pesquisa e na expansão das redes de acesso rápido à internet, o setor de tecnologia de informação alemão quer superar a crise financeira e estabelecer-se entre os líderes mundiais do setor.

Segundo o ministro Glos, o setor já oferece 800 mil empregos diretos na Alemanha e, indiretamente, proporciona outras 650 mil vagas para operadores em outros ramos da indústria.

Projetos públicos de alta tecnologia

Glos quer implantar redes de fibra ótica em toda AlemanhaFoto: AP

O setor se vê como uma locomotiva para escapar da crise. "Somos responsáveis por 40% do crescimento da produtividade e um quarto de todo o crescimento europeu" afirmou em Darmstadt o presidente da Bitkom (Associação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novas Mídias), August-Wilhelm Scheer. Segundo ele, a TI impulsiona também a competitividade dos setores mecânico e automotivo, bem como da tecnologia aplicada à indústria eletrônica e à medicina.

Ele declarou ainda que, apesar de 72% das empresas do setor afirmarem não sofrer os efeitos da crise financeira, a insegurança quanto aos próximos meses cresce. Segundo Scheer, 49% das empresas esperam ser atingidas pela crise. "Não há razões, no entanto, para pedir proteção estatal, como o fazem outros setores". Em vez disso, o Estado deveria iniciar um programa de investimento da ordem de oito bilhões de euros, afirmou.

Devido à situação econômica delicada, Scheer sugeriu que o governo acelerasse projetos públicos de alta tecnologia. Como exemplo, mencionou a introdução dos cartões eletrônicos para os planos de saúde ou das carteiras de identidade eletrônicas com assinatura anexada.

Plano de Ação TI-Verde

Com vistas ao Plano de Ação TI-Verde, divulgado no encontro de Darmstadt por governo e empresas, o presidente da Bitkom exigiu que a Alemanha desempenhasse um papel de liderança internacional no mercado de tecnologia ambiental.

Esta posição também foi defendida pelo ministro alemão da Economia, Michael Glos. "As condições para tal são excelentes: na tecnologia ambiental e energética, os engenheiros alemães estão entre os melhores do mundo", afirmou.

No entanto, Merkel alerta que a questão da eficiência energética no ramo é da maior importância: "Poucos sabem que o setor é um grande consumidor de energia. Tem-se quase a necessidade de construir pequenas usinas elétricas nas proximidades de grandes empresas de TI". Ainda durante o evento, a premiê anunciou que o governo federal pretende baixar em 40% o consumo energético no serviço público até 2013.

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