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Alemanha quer facilitar emprego para estrangeiro qualificado

17 de agosto de 2018

Ministro apresenta pontos centrais de futuro projeto de lei de imigração que prevê atrair trabalhadores qualificados de fora da UE. Indústria e comércio elogiam proposta.

Trabalhador numa fábrica da Siemens na AlemanhaFoto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini

O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, apresentou nesta quinta-feira (16/08) os pontos centrais de uma nova lei de imigração que prevê facilitar o ingresso de mão de obra qualificada no país.

A legislação vai afetar sobretudo profissionais de fora da União Europeia (UE), já que os cidadãos europeus podem trabalhar em qualquer país do bloco.

A Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), que afirmou recentemente que há 1,6 milhão de postos de trabalho não ocupados, elogiou a iniciativa e disse que o governo envia um bom sinal à indústria do país e aos trabalhadores estrangeiros.

O envelhecimento da população já é há muito tempo uma preocupação dos empresários alemães, que temem que a situação afete a economia do país nos próximos anos.

O plano apresentado pelo governo não menciona um sistema de pontos semelhante ao do Canadá, como havia sido sugerido pelo Partido Social-Democrata (SPD) em 2016.

Segundo o documento, critérios para a imigração são qualificação, idade, conhecimentos linguísticos, existência de uma oferta concreta de emprego e garantia de que o imigrante poderá viver de seu trabalho, sem necessidade de ajuda social.

O foco não estará na formação universitária, mas na qualificação profissional. A chanceler federal Angela Merkel afirmou que a intenção é possibilitar a entrada no país de "padeiros a engenheiros".

O documento também propõe deixar de lado a polêmica preferência que as empresas alemãs devem dar aos cidadãos alemães na hora de preencher uma vaga.

O texto prevê ainda que profissionais qualificados poderão passar um tempo na Alemanha para procurar emprego, desde que preencham requisitos de qualificação e conhecimento da língua. Eles não poderão solicitar ajuda social, mas poderão trabalhar em empregos temporários para se sustentar enquanto estiverem no país.

A partir dos pontos centrais apresentados por Seehofer, o gabinete de governo deverá agora elaborar um projeto de lei, que deverá estar pronto até o final do ano e será depois enviado para a aprovação do Parlamento.

O Ministério do Interior ressalvou que os pontos centrais não são uma versão definitiva do projeto de lei, que ainda será debatido pela coalizão de governo.

AS/rtr/dpa

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