Ministro lança campanha de sensibilização para garantir qualidade e proteção aos amantes da arte, assim como assegurar direitos aos profissionais. Tatuador não tem profissão reconhecida no país.
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O ministro alemão da Alimentação e Agricultura, Christian Schmidt, lançou uma campanha nesta quarta-feira (29/06) pedindo leis mais rígidas para a indústria da tatuagem, a fim de diminuir os riscos aos consumidores. Estima-se que de 8 a 10 milhões de alemães tenham desenhos pelo corpo.
Segundo Schmidt, fazer uma tatuagem na Alemanha e na Europa deveria ser uma prática mais segura e mais bem regulamentada, para assegurar que o "sonho de se tatuar não se torne um pesadelo".
A campanha, chamada "Safer Tattoo" (tatuagem segura) e realizada em conjunto com a Associação Federal de Tatuagem da Alemanha (BVT), defende a garantia de qualidade das substâncias químicas utilizadas na tatuagem, bem como melhoria na higiene e proteção dos estúdios alemães.
"Um vendedor de salsicha que trabalha num mercado de Natal precisa cumprir mais regras do que um artista de tatuagem", alerta Daniel Krause, dono de um estúdio em Berlim e membro da BVT.
Na campanha, Schmidt também pede que os profissionais forneçam aos clientes informações confiáveis que expliquem os possíveis riscos de se fazer um desenho no corpo. "As tatuagens são souvenires que duram para sempre e, infelizmente, trazem seus riscos", disse o ministro.
Segundo especialistas, o processo de realização da tatuagem, bem como as tintas que são usadas no desenho, podem provocar infecções e reações alérgicas nos consumidores.
Profissão: tatuador
Tanto Schmidt quanto a BVT fazem pressão pela introdução de uma certificação profissional aos tatuadores na Alemanha. Atualmente, a arte de fazer tatuagem não é reconhecida pelo Estado como uma profissão, o que significa que seus praticantes não são obrigados a passar por um treinamento.
Ou seja, qualquer cidadão alemão pode abrir um estúdio de tatuagem sem precisar provar suas habilidades. Muitos são autodidatas ou aprendem as técnicas com tatuadores experientes.
O certificado profissional é "a peça mais importante para que sejamos levados a sério como artistas de tatuagem e para que os fãs estejam protegidos de tatuadores amadores", afirma a BVT em seu site. "Qualquer um que chegue sob a pele de outra pessoa deve saber o que está fazendo", reforça Schmidt.
EK/afp/dpa/dw
Dez falsos clichês sobre os alemães
Você também acha que todo alemão usa calça de couro e bebe cerveja o dia todo? Veja as verdades sobre alguns clichês.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gebert
Alemão só come salsicha e chucrute
O alemão na realidade come muita batata e pão. E os pratos tradicionais contêm muita gordura e carne de porco. Mas, nos últimos anos, a cozinha alemã se reinventou e ficou mais leve, atendendo a um gosto mais internacional.
Foto: imago
Alemão bebe cerveja o dia todo
Os alemães estão entre os principais consumidores per capita de cerveja no mundo, mas não se trata apenas de uma questão de quantidade. É porque eles prezam a qualidade de sua cerveja. Aliás, o país também tem excelentes vinhos e destilados. E, diga-se de passagem, a bebida mais consumida é o café.
Foto: Deutscher Brauer-Bund e.V.
Não há limite de velocidade
Há, sim! Seja em locais perigosos, por questões de barulho ou climáticas, cerca de 30% dos trechos de Autobahnen têm velocidade limitada, segundo o Automóvel Clube Alemão (ADAC).
Foto: DW/M. Nelioubin
Todos usam calça de couro
Apenas na Baviera são usados o Dirndl (vestido típico) e a calça de couro. E não por todos os quase 13 milhões de habitantes do estado. Seria o mesmo que dizer que no Brasil todos andam com saia de baiana ou de bombacha, ou que todos sabem sambar.
Foto: Getty Images
O idioma alemão é rude
Muitos vídeos nas redes sociais e filmes da 2ª Guerra ajudam a propagar o clichê de que o idioma alemão soa de forma ríspida. Tudo bem, não é como o francês, mas é tudo uma questão de entonação.
Foto: Fotolia/lassedesignen
Alemães não são educados
Os alemães são francos, mas não mal-educados. Eles vão direto ao assunto e dizem a verdade porque simplesmente não gostam de ficar falando só por falar. É preciso ver isso como uma forma de eficiência. E que o alemão é eficiente, esse sim é um dos poucos clichês que conferem.
Foto: picture alliance / dpa
Alemanha é o país dos cachorros
Na realidade, a maioria das pessoas na Alemanha possui gato (28%, enquanto 23% tem cachorro). Segundo um estudo da Universidade de Göttingen, entre os animais domésticos na Alemanha há 11,5 milhões de gatos e 6,9 milhões de cachorros. Mas quando questionados sobre o animal que lhes é mais simpático, a maioria diz preferir o cão.
Foto: Fotolia/Carola Schubbel
Alemão não tem senso de humor
O alemão não acha graça nisso. Afinal, rir é universal, mas há diferenças sobre do que rimos. Achar graça de alguma coisa é uma questão cultural, e, se os bons humoristas alemães não são conhecidos no exterior, talvez seja porque só os alemães os entendem.
Foto: Colourbox
O alemão é severo
Talvez este clichê tenha surgido por causa da eficiência alemã. O alemão gosta de problemas resolvidos. Ele gosta das coisas previsíveis, por isso sabe exatamente quando chega o metrô. Mas isso não quer dizer que ele seja severo.
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Schwarzenegger é alemão
O ex-governador da Califórnia Arnol Schwarzenegger é austríaco, o que, para os que entendem alemão, pode ser facilmente notado no seu jeito de falar.