Berlim espera possibilitar venda ao público ainda neste ano. Acesso a dispositivo só é permitido no país através de hospitais e clínicas. Especialistas afirmam que medida encorajaria pessoas a fazer exame.
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Testes caseiros para detectar o vírus HIV devem começar a ser vendidos ainda neste ano na Alemanha. O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, está preparando uma mudança na lei alemã de controle de produtos medicinais.
"O teste caseiro de HIV é um marco na luta contra a aids", disse Spahn em entrevista publicada nesta sexta-feira (08/06) pelos jornais do grupo de mídia Funke. "Ele também pode alcançar aqueles que, de outra forma, não fariam o teste", acrescentou. Especialistas e organizações saudaram a ideia.
De acordo com Spahn, cerca de 13 mil pessoas na Alemanha não sabem que são infectadas pelo HIV. Ele afirmou que quanto mais cedo os afetados souberem de seu estado, quanto antes eles podem ser tratados.
"E outros que estão com dúvidas têm a chance de ter rapidamente a certeza de não estarem infectados", frisou o ministro.
Até agora só médicos, clínicas, hospitais, postos de doação de sangue e outras instituições, como órgãos de aconselhamento e apoio, tinham acesso a testes caseiros. Para que cidadãos também tenham acesso a tais produtos, é necessária uma mudança na legislação sobre controle de produtos sanitários. Spahn afirmou que isso deve ocorrer até o terceiro trimestre do ano.
Segundo a instituição alemã Deutsche Aids-Hilfe, os testes domésticos têm resultados confiáveis somente 12 semanas após o último incidente de risco, como, por exemplo, uma relação sexual sem proteção. Além disso, o resultado pode ser positivo mesmo sem uma infecção. Por isso, a entidade afirma ser necessário que o paciente vá ao médico, de qualquer forma, em caso de resultado positivo.
De acordo com o especialista em HIV Josef Eberle os testes domésticos têm a vantagem de fazer com que o paciente vença sua inibição para realizar o exame. Além disso, ele frisa que os exames caseiros também são quase tão confiáveis quanto os de laboratório.
De acordo com o Instituto Robert Koch, cerca de 3 mil pessoas se infectam anualmente com o HIV na Alemanha. Ao todo, vivem no país cerca de 88 mil portadores do vírus.
Na Áustria, os testes caseiros podem ser comprados nas farmácias a partir deste mês. Na França e no Reino Unido os exames também podem ser comprados livremente. No Brasil, o primeiro teste de farmácia aprovado pela Anvisa pode ser comprado desde o ano passado.
MD/epd/afp
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Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.