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Alemanha quer mais cooperação no G20

1 de dezembro de 2016

País europeu assume presidência do grupo das 20 economias mais importantes do planeta disposto a incentivar intercâmbio internacional como contraponto a tendências nacionalistas.

Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble
Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, na cerimônia para celebrar início da presidência alemã do G20Foto: picture alliance/dpa/B. von Jutrczenka

"O desejo de paz e de um mundo melhor é o desejo do G20 e é a expectativa de todos no G20", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, em cerimônia realizada na noite desta quarta-feira (30/11) em Berlim, para marcar o início da presidência alemã do grupo, que começa nesta quinta-feira.

Esta é uma ambição nobre em uma época em que a crise se faz presente em todos os lugares. E são exatamente os grandes atores do G20 que cooperam cada vez menos entre si e têm uma participação significativa nas crises globais. Além do G7, ou seja, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão, Canadá e Estados Unidos, também a Rússia e as economias emergentes China, Índia, Brasil, México e África do Sul pertencem ao G20. Além deles, fazem parte Argentina, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Turquia e União Europeia (UE).

Retorno ao nacionalismo

Em muitos desses países, existe uma tendência de distanciamento da globalização e de retorno ao nacionalismo. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, é a favor de medidas protecionistas e pretende dar prioridade aos interesses americanos em suas políticas de comércio e econômica. Também a aprovação do Brexit e o que vem ocorrendo na Turquia apontam uma tendência de fechamento dos Estados nacionais.

O governo alemão pretende fazer um contraponto a isso durante a presidência alemã do G20. "Moldando um mundo interconectado" é o lema para o próximo ano. "Não podemos reverter a globalização e também não queremos isso", frisou Schäuble, observando que a globalização melhorou a vida de centenas de milhões de pessoas de forma significativa. "Mas ainda precisamos moldar melhor a globalização."

Abismo entre ricos e pobres

Ele afirmou que muitas pessoas se queixam de haver um abismo crescente entre os muito pobres e muito ricos, entre as elites e o resto. "Devemos, por isso, nos perguntar como podemos manter as sociedades unidas, como criamos moderação diante do exagero", disse Schäuble, afirmando que isso seria um ponto forte do G20. "Ele oferece aos seus membros, especialmente em tempos de crise, a oportunidade do intercâmbio franco e de encontrar soluções conjuntamente."

Merkel na cúpula do G20 em 2016 na China: chanceler é anfitriã da próxima reunião do grupoFoto: Reuters/N. Asfonri

Em termos de conteúdo, a presidência alemã do G20 tem como meta três pilares, "assegurar a estabilidade, aumentar a viabilidade para o futuro, assumir responsabilidades". Estabilidade se refere, em primeira linha, às economias dos membros do grupo. Cooperações internacionais em questões financeiras e fiscais, sobre criação de emprego, assim como comércio e investimento devem ser continuadas. A digitalização da economia global, assim como a Agenda 2030 para desenvolvimento sustentável, além do Acordo de Paris sobre o clima, são incluídos como metas para um futuro sustentável.

Cúpula do G20 em Hamburgo

A Alemanha também quer fortalecer o papel do G20 como uma comunidade de responsabilidade compartilhada, tendo o desenvolvimento econômico sustentável na África como uma das principais preocupações. "Investimentos privados são a chave para o crescimento econômico sustentável e para o combate ao desemprego na África", disse Schäuble. Em junho do ano que vem, será realizada em Berlim uma conferência especial sobre o tema "parceria com África".

No início de julho, líderes do G20 se encontrarão em Hamburgo para uma cúpula de dois dias. No encontro na cidade hanseática, provavelmente a chanceler federal, Angela Merkel, se encontrará pela primeira vez com Trump. Poucos meses antes da próxima eleição parlamentar alemã, agendada para setembro, Merkel poderá posar em Hamburgo como uma personagem política internacional de grande calibre.

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