Alemanha quer proibir exportação de pesticidas banidos na UE
11 de setembro de 2022
Em 2021, empresas alemãs produziram e exportaram 8.525 toneladas de pesticidas proibidos na União Europeia. Proibição deve atingir o Brasil, um dos principais compradores de substâncias banidas no bloco.
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O ministro alemão da Agricultura, Cem Özdemir, confirmou neste domingo (11/09) os planos do governo da Alemanha para proibir no país a exportação de agrotóxicos nocivos à saúde que foram banidos na União Europeia (UE). A proibição deve entrar em vigor já no próximo ano e deve atingir produtos importados pelo Brasil.
"Não é aceitável que continuemos a produzir e exportar pesticidas que proibimos no nosso próprio país para proteger a saúde da população", afirmou o político do Partido Verde numa entrevista ao grupo de mídia alemão Funke.
Özdemir ressaltou que o direito à saúde é universal e se aplica também a agricultores de outros países. Segundo a reportagem, a proposta para a mudança na legislação alemã com a proibição de exportação de alguns pesticidas deve ser apresentada até o final deste ano.
A proibição de exportação de pesticidas que foram banidos na UE está prevista no acordo de coalizão do governo da Alemanha, formado por verdes, social-democratas e liberais. Özdemir também afirmou que o país vai apoiar a França para estender essa proibição em toda a União Europeia.
O ministro ressaltou ainda que essa mudança também terá um efeito secundário positivo para os agricultores alemães ao criar um pouco mais de equidade na concorrência com o fim do uso no exterior de produtos banidos no país.
Segundo o Ministério da Agricultura da Alemanha, mais de 53 mil toneladas de ingredientes ativos de pesticidas foram exportadas pelo país no ano passado. Destas, 8.525 toneladas eram de substâncias proibidas na União Europeia.
Proibição deve atingir o Brasil
Muitos dos agrotóxicos proibidos na União Europeia continuam sendo produzidos por empresas sediadas nos países do bloco para a exportação, como as alemãs BASF e Bayer. As empresas defendem a venda destes produtos alegando que as substâncias são liberadas por autoridades de saúde nos países compradores.
A proibição na Alemanha deve atingir o Brasil. Um levantamento de 2019 realizado pela ONG suíça Public Eye revelou que o país era o segundo maior comprador de agrotóxicos fabricado em solo europeu, mas banidos no bloco. Em 2020, o Greenpeace mostrou que a BASF e Bayer detinham a produção de 12% dos pesticidas aprovados no Brasil. As empresas alemãs produzem, por exemplo, os inseticidas Imidacloprid e Chlorfenapyr, que são proibidos na Europa.
cn (dpa, AFP, ots)
O mês de setembro em imagens
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Foto: Jane Barlow/PA/AP Photo/picture alliance
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Foto: Nikolay Doychinov/AFP/Getty Images
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Foto: Michael Probst/AP Photo/picture alliance
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Foto: Gleb Garanich/REUTERS
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Foto: Andre Penner/AP/picture alliance
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Foto: ALKIS KONSTANTINIDIS/AFP
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Foto: Igor Kralj/PIXSELL/picture alliance
Caixão com corpo de Elizabeth 2ª chega a Edimburgo
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Foto: Alkis Konstantindis/REUTERS
Charles 3° é formalmente proclamado rei do Reino Unido
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Foto: Victoria Jones/dpa/picture alliance
Charles 3° faz primeiro discurso como rei
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Foto: Yui Mok/Pool Photo via AP/picture alliance
Rainha Elizabeth 2ª morre aos 96 anos
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Foto: Markus Schreiber/AP/dpa/picture alliance
Bolsonaro transforma bicentenário da Independência em palanque
O presidente Jair Bolsonaro usou a data que marca os 200 anos de Independência do Brasil para fazer campanha política, ameaçar o STF e o sistema democrático, em discurso marcado por declarações machistas. Seus apoiadores traziam cartazes com mensagens anticonstitucionais pedindo um golpe militar e a dissolução do Supremo. (07/09)
Foto: Evaristo Sa/AFP/Getty Images
ONU alerta para ameaça de catástrofe em Zaporíjia
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Foto: Leonhard Foeger/REUTERS
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Foto: Geoff Caddick/AFP
Premiê ucraniano visita Berlim
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Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
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Foto: Alexander Zemlianichenko/AP/picture alliance
Missão da ONU visita maior usina nuclear da Europa, ocupada pelos russos
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Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
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