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Alemanha tem 90 mesquitas sob vigilância

2 de maio de 2016

Presidente da principal agência de segurança interna do país afirma que dezenas de centros muçulmanos estão sendo vigiados, mas ressalta a importância de separar os extremistas dos religiosos moderados.

Deutschland Muslime Freitagsgebet Moschee Berlin
Mesquita em Berlim: cerca de 90 centros estão sendo vigiados pelas autoridadesFoto: Getty Images/AFP/T. Schwarz

O presidente do Departamento Federal de Proteção da Constituição (BfV) – a principal agência de segurança interna da Alemanha – afirmou nesta segunda-feira (02/05) que dezenas de mesquitas e centros similares em todo o país estão sob vigilância.

Segundo Hans-Georg Maassen, cerca de 90 centros comunitários e mesquitas no país, muitas dessas "predominantemente de língua árabe", estão sendo vigiadas.

"Nós nos preocupamos que existam ainda muitas outras na Alemanha que precisamos examinar", disse Maassen à emissora pública ARD. Segundo ele, muitas destas são as chamadas "mesquitas de fundo de quintal", onde "imãs e emires autoproclamados" se dirigem aos fiéis promovendo o "discurso do ódio" e a incitação ao jihad.

O diretor da BfV, porém, ressaltou que é preciso separar os muçulmanos dos extremistas religiosos. "O que precisamos aqui na Alemanha é uma coalizão contra o extremismo", disse. "Para tal, precisamos que os muçulmanos na Alemanha – os moderados – queiram se juntar a nós na luta contra o extremismo, com base na ordem constitucional."

Maassen admitiu que uma das razões para a vigilância nas mesquitas do país seria investigar possíveis ligações com a organização terrorista "Estado Islâmico" (EI).

"O extremismo islâmico e o jihadismo na Alemanha não são viáveis sem o EI e a Al Qaeda", disse Maassen. No mês passado ele chegou a afirmar que as autoridades alemãs subestimam as estratégias do EI para se infiltrar no país.

O BfV começou nesta segunda-feira um simpósio sobre inteligência em Berlim, para tratar da ameaça que o EI pode representar para a Alemanha. O evento conta também com representantes da polícia e demais agências de inteligência que irão discutir iniciativas de combate ao terrorismo.

RC/afp/dpa/kna

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