Alemanha ultrapassa 20 mil casos diários pela primeira vez
6 de novembro de 2020
País registra segundo dia consecutivo de recorde de infecções. Laboratórios estão sobrecarregados com a quantidade de testes.
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A Alemanha ultrapassou a marca de 20 mil casos diários de covid-19 pela primeira vez desde o começo da pandemia. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (06/11) pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças, foram registradas 21.506 novas infecções pelo coronavírus e 166 mortes em decorrência da doença em 24 horas. É o segundo dia consecutivo de recorde de casos no país.
Com os novos registros, o total de casos de covid-19 na Alemanha subiu para 619.089. Desde o começo da pandemia, 11.096 pessoas morreram no país em razão da doença.
Segundo estimativas do RKI, o número de reprodução R, fator que indica a capacidade de propagação da doença, era de 0,79 nesta quinta-feira. Isso significa que 100 pessoas infectadas contaminam outras 79 pessoas, em média.
O aumento de casos e da testagem no país está levando muitos laboratórios a atingir seus limites de capacidade. Além disso, há dificuldades na entrega de reagentes e outros itens necessários para os exames. De acordo com o RKI, a alta demanda por testes se reflete no prazo mais longo para o recebimento dos resultados e, consequentemente, na demora para envio dos números aos departamentos de saúde.
Devido ao aumento da testagem, autoridades alemãs ressaltam que os altos números de infecções atuais são apenas parcialmente comparáveis aos da primavera europeia, auge da primeira onda da pandemia no continente. Agora, significantemente mais testes são realizados e, portanto, mais infecções são detectadas.
Nos últimos dois meses, o número de testes realizados semanalmente subiu para mais de 400 mil, em média. Diante da sobrecarga dos laboratórios, o RKI defende que, no momento, testes realmente necessários sejam priorizados.
O índice de exames com o resultado positivo também subiu e atingiu a marca de 7,3% na semana passada, o mais alto desde a primeira quinzena de abril. Para comparação, na última semana de agosto, este índice era de 0,7%.
Desde segunda-feira, a Alemanha está emlockdown parcial, com bares, cafés, museus, cinemas, teatros e outros estabelecimentos de entretenimento fechados. Escolas e lojas seguem abertas, desde que sigam as normas de distanciamento e higiene. Hotéis podem receber apenas hóspedes que viajam por motivos profissionais, e restaurantes estão autorizados a funcionar apenas com serviço de entregas.
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Outros países batem recordes
Além da Alemanha, outros países também registraram recordes nesta sexta-feira. A Rússia relatou 20.582 novas infecções em 24 horas – maior número desde o começo da pandemia. No total, o país contabiliza mais de 1,7 milhão de casos e quase 30 mil mortes – 378 delas registradas nas últimas 24 horas.
A Ucrânia teve o maior número de óbitos em um único dia desde o começo da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde ucraniano, 201 pessoas morreram em 24 horas, e 9.721 novas infecções foram registradas. No total, o país acumula mais de 440 mil casos e mais de 8 mil mortes.
A Hungria também bateu o recorde de casos diários, registrando 4.709 infecções e 103 mortes em 24 horas. É a primeira vez que o país supera a marca de 100 óbitos em um único dia. No total, o país de cerca de 10 milhões de habitantes contabiliza quase 100 mil casos e 2.250 mortes.
Para tentar conter a disseminação da doença vários países estão endurecendo as medidas de restrição. Na Itália, desde a meia-noite desta quinta-feira está em vigor um toque de recolher para todos os cerca de 60 milhões de habitantes do país.
Além disso, um bloqueio parcial entrou em vigor em regiões consideradas zonas vermelhas. Nestes locais, como na Lombardia, as pessoas devem permanecer em casa, podendo sair apenas para se deslocar para o trabalho ou fazer compras. Bares, restaurantes e lojas que não vendem itens essenciais estão fechados.
Na quinta-feira, a Itália registrou 34.505 novos casos de covid-19, maior número desde o começo da pandemia. No total o país acumula mais de 800 mil infecções e mais de 40 mil mortes.
Países como Irlanda e Reino Unido também estão em lockdown. A Grécia começará um confinamento neste sábado.
LE/rtr/efe/dpa/ots
Celebridades e políticos que testaram positivo para covid-19
Várias estrelas de cinema contraíram o coronavírus. A doença varreu a elite política global e afetou também os melhores atletas.
Foto: Joshua Roberts/Reuters
Emmanuel Macron
O presidente da França foi diagnosticado com o coronavírus dias depois de uma cúpula dos líderes da União Europeia, o que levou várias autoridades do bloco a adotarem o isolamento. Nos dias que antecederam o resultado, ele se reuniu também com lideranças políticas da França e membros de seu gabinete. Seus assessores disseram que ele mantém estilo de vida saudável e se exercita regularmente.
Foto: Lewis Joly/AP Photo/picture alliance
Donald Trump
Após menosprezar a doença durante meses, o presidente dos Estados Unidos confirmou que ele e a primeira-dama, Melania Trump, estavam infectados com o coronavírus em plena reta final de sua campanha à reeleição. Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde.
Foto: picture-alliance/CNP/A. Drago
Andrzej Duda
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, testou positivo para o coronavírus, anunciou um porta-voz no dia 24 de outubro. Dias antes, ele esteve em um fórum de investimento na Estônia, onde se encontrou com o presidente búlgaro, Rumen Radev, que entrou em isolamento profilático depois de ter contato com alguém infectado em seu país de origem. No entanto, não foi confirmado como Duda se contaminou.
Foto: Photoshot/picture-alliance
Andrea Bocelli
O tenor italiano Andrea Bocelli testou positivo para o novo coronavírus em março. Ele relatou que teve apenas febre leve, e no mês seguinte, já fez uma apresentação na Catedral de Milão, vazia devido às regras de restrição.
Foto: Getty Images/S.Legato
Robert Pattinson
O ator, de 34 anos, mais conhecido por estrelar como o vampiro Edward Cullen na saga cinematográfica "Twilight", testou positivo para covid-19, obrigando a produção de "The Batman" a uma pausa apenas três dias depois de ter retomado trabalhos. Pattinson, que também foi Cedric Diggory na adaptação cinematográfica de "Harry Potter e o cálice de fogo", sucede Ben Affleck como o Homem Morcego.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/E. Chesnokova
Dwayne 'The Rock' Johnson
O lutador que virou estrela de cinema se tornou uma das mais recentes celebridades a contraírem covid-19. Em um vídeo no Instagram, Johnson revelou que ele, sua esposa e duas filhas testaram positivo — acrescentando que ele teve "uma experiência difícil" com os sintomas. Ele também pediu às pessoas que parem de "politizar" a pandemia e "usem máscara".
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Shotwell
Neymar
O craque brasileiro é um dos três jogadores do PSG a contraírem o vírus, informou a agência de notícias AFP em 2 de setembro. Acredita-se que o surto no clube esteja relacionado a uma viagem de férias que o time fez à ilha espanhola de Ibiza. Posteriormente, Neymar postou uma foto no Instagram com seu filho, que também supostamente testou positivo: "Obrigado pelas mensagens. Estamos todos bem".
Foto: Getty Images/AFP/D. Ramos
Silvio Berlusconi
O ex-premiê italiano de 83 anos testou positivo para o vírus e estaria assintomático, segundo anúncio de seu médico em 2 de setembro. Dois dos filhos de Berlusconi e sua namorada de 30 anos também testaram positivo. O ex-premiê testou positivo depois de passar férias na costa da Sardenha, onde os ricos e famosos da Itália costumam desdenhar das políticas de restrição.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Vojinovic
Usain Bolt
A lenda do atletismo Usain Bolt testou positivo poucos dias depois de realizar uma festa para comemorar seu 34º aniversário no final de agosto. O detentor do recorde para os 100 e 200 metros rasos disse que entrou em quarentena, mas que não estava exibindo sintomas. Vídeos da festa de aniversário ao ar livre de Bolt mostraram convidados sem máscaras durante a celebração.
Foto: Reuters/M. Childs
Antonio Banderas
O ator espanhol teve uma surpresa indesejável em seu 60º aniversário em meados de agosto, depois de um teste positivo para o coronavírus. Banderas disse que passou seu aniversário isolado e que estava "mais cansado do que de costume", mas "esperando se recuperar o mais rápido possível".
Foto: picture-alliance/Captital Pictures
Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro, que repetidamente minimizou a gravidade da pandemia, contraiu o vírus em julho. Ele foi criticado por ignorar as medidas de segurança recomendadas por especialistas em saúde antes e depois de seu diagnóstico, incluindo apertar as mãos e abraçar apoiadores na multidão. Sua mulher, Michelle, e os filhos Jair Renan e Flávio também testaram positivo.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Tom Hanks
O ator Tom Hanks e sua mulher, a atriz e cantora Rita Wilson, foram algumas das primeiras celebridades a anunciar que contraíram o vírus. O casal testou positivo para a covid-19 em meados de março, quando estava na Austrália. Depois de se recuperar e retornar aos Estados Unidos, Hanks defendeu que as pessoas façam sua parte para retardar a propagação da doença.
Foto: picture-alliance/AP/Invision/J. Strauss
Sophie Gregoire Trudeau
Sophie Gregoire Trudeau, mulher do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, testou positivo para coronavírus depois de retornar do Reino Unido em meados de março. O marido dela anunciou ter se isolado na residência oficial, mesmo sem apresentar sintomas da enfermidade.
Foto: Reuters/P. Doyle
Boris Johnson
No final de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contraiu o coronavírus que o levou ao hospital por vários dias. Johnson passou uma semana em um hospital em Londres e três noites na UTI, onde recebeu oxigênio e foi observado 24 horas por dia. Ele teve alta em meados de abril, e os funcionários do hospital receberam o crédito de ter salvado sua vida.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Dawson
Ambrose Dlamini
O primeiro-ministro de Essuatíni (antiga Suazilândia), Ambrose Dlamini, contraiu o coronavírus e morreu em decorrência da covid-19, em dezembro de 2020. Ele tinha 52 anos e chegou a ser internado em um hospital da África do Sul, mas não resistiu.
Foto: RODGER BOSCH/AFP
Hamilton Mourão
O vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciou no final de dezembro de 2020 que havia testado positivo para a covid-19. Ele ficou 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu, em Brasília. Antes de receber o diagnóstico, o vice-presidente teve dor no corpo, dor de cabeça e febre que não passou de 38 graus. Em março de 2021, ele recebeu a primeira dose da Coronavac.
Foto: Sergio Lima/AFP
Larry King
O lendário apresentador de TV americano Larry King morreu em janeiro de 2021, em decorrência da covid-19. Ele tinha 87 anos e comandava um tradicional programa de entrevistas na CNN há mais de duas décadas.
Foto: Radovan Stoklasa/REUTERS
Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 62 anos, anunciou no começo de abril de 2021 que contraiu o coronavírus. Segundo a Unidade Médica Presidencial, ele não teve sintomas, graças à imunização pela vacina russa Sputnik V, recebida dois meses antes.