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Alemanha tem mais um recorde de infecções pelo coronavírus

17 de novembro de 2021

País relatou maior taxa de infecções pelo coronavírus desde o início da pandemia, com quase 53 mil novos casos. Incidência de novos contágios por cem mil habitantes em sete dias bate recorde pelo décimo dia seguido.

M[ascara jogada no chão em rua da Alemanha
Foto: Frank Rumpenhorst/dpa/picture alliance

A Alemanha registrou um novo recorde de infecções pelo novo coronavírus nesta quarta-feira (17/11). Em todo o país foram registrados 52.826 novos casos nas 24 horas anteriores. A incidência de novas infecções para cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos sete dias chegou a 319,5, o que também é recorde pelo décimo dia seguido. 

Em toda a Alemanha também foram registradas 294 óbitos relacionados à doença respiratória covid-19, causada pelo coronavírus Sars-CoV-2. O número demonstra que, apesar da alta taxa de infecções, a taxa de óbitos permanece abaixo da linha registrada no pico da pandemia no país, em dezembro de 2020 – um fator atribuído principalmente à vacinação de 67,7% da população alemã.

Os dados mostram que pessoas não vacinadas são, de longe, o principal grupo de contaminados. A Alemanha passa já há vários dias por uma forte alta nas infecções e está em meio a uma virulenta quarta onda da covid-19, que assola o país desde o final de outubro. 

Vacinação insuficiente para conter avanço da pandemia

Especialistas apontam que a imunização completa de cerca de dois terços dos alemães, porém, não é alta o suficiente para manter o vírus sob controle. Um dos virologistas mais conhecidos da Alemanha, Christian Drosten, previu na última semana que o país poderia presenciar mais de cem mil mortes relacionadas à covid-19 durante o inverno europeu se a taxa de vacinação não aumentar e outras medidas não forem tomadas para conter o avanço do vírus. 

Analistas também apontam que os números de infecção deverão aumentar neste inverno, também por causa de um aumento de reuniões no interior de casas com a aproximação das festas de fim de ano. 

Alemanha estuda liberar terceira dose para adultos acima de 18 anos

Os governadores dos 16 estados federados alemães deverão se encontrar na quinta-feira para discutir medidas de combate à quarta onda de covid-19. As decisões poderão incluir medidas mais severas de porte de máscaras e exigências de provas de imunização ou recuperação de covid-19 para poder visitar eventos ou locais como concertos, restaurantes e bares. 

Os políticos também querem conversar sobre como superar a hesitação de parte da população alemã sobre a vacina contra a covid-19. 

O ministro da Saúde, Jens Spahn, disse em entrevista nesta quarta que estuda-se a possibilidade de oferecer doses de reforço da vacina para todos os adultos acima de 18 anos de idade, até antes do fim dos seis meses decorridos após a segunda dose da vacina, período considerado de alta imunidade contra o coronavírus.

A proposta, no entanto, foi rebatida com críticas de associações médicas e grupos de defesa de pacientes. Um argumento é que a ampliação do público apto a tomar a terceira dose poderia prejudicar grupos de pessoas mais vulneráveis, que precisam da vacina com mais urgência. 

A Comissão de Vacinação da Alemanha, conhecida como Stiko, afirmou que vai discutir a questão nesta quarta e emitir regras que poderiam autorizar a dose de reforço para adultos maiores de 18 anos no país.

rk (dw, Reuters, dpa, AFP, ots)
 

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