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Almagro condena paralisação de referendo na Venezuela

21 de outubro de 2016

Secretário-geral da OEA compara governo venezuelano com ditadura e acusa "rompimento democrático" no país. Em mensagem, presidente Nicolás Maduro pede a venezuelanos paz, respeito às leis e diálogo.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro
O secretário-geral da OEA, Luis AlmagroFoto: Imago/Agencia EFE

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, comparou nesta sexta-feira (21/10) o governo venezuelano com uma ditadura depois da paralisação do processo para a realização de um referendo que pode revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro e afirmou que chegou a hora de ações concretas contra o país.

"Somente as ditaduras privam seus cidadãos de direitos, desconhecem o Legislativo e têm presos políticos", escreveu Almagro, em sua conta no Twitter. Em outra publicação, disse que a decisão de suspender o referendo deixa Maduro sem legitimidade.

"Estamos mais convencidos do que nunca do rompimento democrático na Venezuela. É hora de tomar ações concretas", acrescentou. "Condenamos a negação do CNE [Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela] ao povo venezuelano de seu direito constitucional de revogar em 2016. São atrasos antidemocráticos", ressaltou.

Antes dos desabafos no Twitter, Almagro convocou a comunidade interamericana para buscar novos mecanismos para o restabelecimento da democracia no país por meio de uma oposição homogênea.

O CNE anunciou nesta quinta-feira que acataria a decisão de quatro tribunais regionais que anularam a primeira etapa do processo para ativar o referendo revogatório e adiou a próxima fase, prevista para a semana que vem.

Maduro pede paz

Após a suspensão do processo, Maduro pediu nesta sexta-feira a paz e o diálogo aos venezuelanos, especialmente àqueles que são da oposição.

"Quero aproveitar para fazer um chamado para a tranquilidade, o diálogo, a paz, a justiça, o respeito às leis e o cumprimento das leis, sem que ninguém fique louco", disse o presidente, numa conversa telefônica, transmitida pela emissora estatal VTV. Maduro se dirigiu também à oposição e pediu sanidade e responsabilidade.

CN/efe/dpa

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