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Alta participação nas eleições dos EUA

ds /cb (av)2 de novembro de 2004

Desde a manhã longas filas se formaram diante das seções eleitorais dos EUA. Uma chance para apagar da memória o fiasco de 2000 e recuperar a imagem da "maior democracia do mundo".

Bush ou Kerry?Foto: AP

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, parecia um tanto cansado ao entrar, na manhã de 2 de novembro, no Corpo de Bombeiros de Crawford para entregar seu voto, acompanhado pela primeira-dama Laura. Apenas na véspera ele enfrentara 19 horas de campanha eleitoral em seis Estados.

Após exercer seu direito cívico, expressou o desejo de inúmeros norte-americanos: "Espero que as eleições se encerrem esta noite. Isso é muito importante, pois todo o mundo observa como funciona nossa magnífica democracia". Um lembrete de que, há quatro anos, Bush só saiu vitorioso do pleito após semanas de cabo de guerra jurídico.

John Kerry vota com a família em BostonFoto: AP

Enquanto o atual presidente mostrou-se otimista de que vencerá mais esta vez, seu principal oponente, o democrata John Kerry, se recusou a especular sobre o resultado das votações, porém revelou-se profunda emoção: "Estou tocado pela beleza de nossa nação, pela coragem dos americanos e pelo enorme número de pessoas que acreditam poder melhorar este país". Assim como Bush, Kerry empenhou-se na campanha até o último minuto, antes depositar seu voto na prefeitura de Boston, Massachussets.

Certezas e incertezas

Nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o que decide não é o número de votos dos eleitores, mas sim a maioria – pelo menos 270 – dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Em certos Estados já está claro quem estará na frente.

Assim, tudo indica que Kerry vencerá na Califórnia e Nova York, enquanto o Texas e Virgínia pertencem a George W. Bush. Em outros Estados pode-se ao menos reconhecer uma tendência.

Entretanto no Novo México, Minnesota, Iowa, Winsconsin, Flórida e Ohio não há como prever quem encabeçará a corrida. Nestes, que são alguns dos chamados "Estados-chave", os candidatos se empenharam especialmente em conquistar os eleitores.

Guerra dos mundos

"Nesta eleição duas nações guerreiras se combatem na América", afirma o especialista norte-americano em pesquisa de opinião John Zogby, "os dois lados são mais ou menos equilibrados numericamente, mas tão polarizados como nunca se viu". Eles se distinguem fundamentalmente quanto ao background cultural, religioso, ideológico e demográfico, afirma o cientista.

A presença nas urnas será decisiva: um alto grau de participação poderá favorecer o opositor, o democrata Kerry. A experiência mostra que eleitores indecisos, que só dão seu voto no último instante, tendem a votar pela oposição.

Várias zonas eleitorais em todos os EUA já acusam uma participação especialmente elevada. Longas filas se formavam, desde cedo pela manhã, em Arlington, subúrbio da capital Washington, com os eleitores esperando pacientemente pela vez.

Em dúvida, a palavra da Justiça

E se, como em 2000, a diferença entre os candidatos for apertada, se houver problemas na apuração, se votantes forem mandados de volta para casa? Se não estiver claro onde e quando serão contadas as cédulas eleitorais provisórias, que estão sendo empregadas pela primeira vez?

As eleições de 2000

Tanto democratas como republicanos mobilizaram milhares de advogados para observar as eleições – e, em casos de dúvida, refutar judicialmente certos resultados isolados. Pouco antes da abertura das seções, o Tribunal Superior do Estado de Ohio – um dos Estados-chave – decidiu que observadores dos partidos poderão impugnar os votos de determinados eleitores. Esta foi uma exigência do Partido Republicano, supostamente com o fim de evitar fraude eleitoral.

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