Cúpula em Biarritz chega ao fim marcada por atritos entre França e Brasil, visita surpresa de ministro iraniano e novos capítulos na queda de braço entre China e EUA. Trump diz que pode convidar Putin para o G7 em 2020.
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Chegou ao fim nesta segunda-feira (26/08), em Biarritz, no sudoeste da França, a reunião de cúpula do G7, grupo que reúne Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Canadá, Itália e Reino Unido.
Os três dias de reuniões foram dominados pela crise envolvendo o programa nuclear iraniano, os protestos em Hong Kong, o Brexit, a guerra comercial entre os americanos e chineses, o conflito no leste da Ucrânia e o aumento das queimadas e do desmatamento na Amazônia brasileira – cuja abordagem pelo G7 provocou reclamações e insultos por parte do governo de Jair Bolsonaro.
Ao final do encontro, o governo francês, que organizou a cúpula, divulgou um documento em nome de todos os participantes. O texto deixou de fora alguns temas mais espinhosos do encontro, como as mudanças climáticas e as discussões sobre a Amazônia. Em vez disso, focou em questões como comércio internacional, o Irã, Hong Kong, a Ucrânia e a Líbia.
No documento, os participantes afirmam que estão comprometidos a alcançar dois objetivos em relação ao Irã: assegurar que o país nunca produza ou adquira armas nucleares, e promover a paz e a estabilidade na região.
O texto ainda diz que a França e a Alemanha vão ficar responsáveis por organizar um encontro nas próximas semanas para "alcançar resultados concretos" na questão do conflito separatista no leste da Ucrânia.
Os participantes também reafirmaram seu apoio à manutenção do status especial de autonomia de Hong Kong em relação à China e pediram para que a violência seja evitada no território, que há três meses é palco de intensos protestos contra o regime de Pequim. No caso da Líbia, os representantes do G7 pediram que seja negociada uma trégua no país que enfrenta uma guerra civil.
Em suas falas à imprensa no último dia, o presidente francês, Emmanuel Macron, saudou os resultados. "Nós conseguimos encontrar pontos reais de convergência", disse.
Amazônia
O início do encontro, na sexta-feira, foi dominado pela preocupação de vários membros do G7, especialmente a França, com as queimadas na Amazônia brasileira, um tema que vem dominando o noticiário internacional há quase uma semana.
O governo de Jair Bolsonaro se irritou com a repercussão e a iniciativa dos membros do G7 de discutir a situação da floresta. A irritação logo se traduziu em uma série de insultos contra Macron e acusações de que o Grupo dos Sete estava se comportando de forma colonialista.
Merkel e Macron sobre Amazônia: "Questão global"
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Na sexta-feira, Macron chegou a afirmar que Bolsonaro mentiu para ele em uma conversa em junho, durante o encontro do G20. Na ocasião, segundo o francês, Bolsonaro afirmou que estava comprometido com a preservação do meio ambiente, que foi uma das condições impostas pela União Europeia para garantir o acordo comercial com o Mercosul.
Ao longo da cúpula, membros do governo brasileiro e da família do presidente usaram as redes sociais para chamar Macron de "idiota", "cretino", "calhorda" e "Mícron". O próprio Bolsonaro endossou no Facebook uma piada sexista sobre a aparência da mulher de Macron, Brigitte. Nesta segunda-feira, o líder francês respondeu ao insulto e disse esperar que os brasileiros "tenham logo um presidente que esteja à altura" do cargo.
No entanto, apesar dos atritos iniciais, o tema da Amazônia logo perdeu força ao longo do G7, e os membros do grupo não apoiaram a política de enfrentamento de Macron. A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, por exemplo, não endossou os planos de Paris de engavetar o acordo Mercosul-UE por causa das iniciativas antiambientais de Bolsonaro.
Em um vídeo vazado durante a reunião, ela disse que entraria em contato com Bolsonaro para que não ficasse a impressão de que o G7 estava "trabalhando contra ele". O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também afirmou que não apoiaria rasgar o acordo com o Mercosul.
Ao final, os líderes do G7 acertaram o envio de um pacotede mais de 80 milhões de reais para ajudar a conter as queimadas na Amazônia. No entanto, Bolsonaro mais uma vez reagiu com desdém. "Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?", indagou o presidente, questionando as intenções por trás da ajuda internacional.
Irã
O encontro foi marcado por uma surpresa: a visita inesperada do ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javaf Zarif, que voou a Biarritz para discutir o acordo nuclear que seu país fechou em 2015 com EUA, França, Reino Unido, China e Alemanha, e que foi abandonado pelos americanos. Há meses os países europeus signatários vêm tentando encontrar uma solução para salvar o acordo.
Trump declarou ter aprovado a visita surpresa do chefe da diplomacia iraniana, à margem da cúpula, mesmo sem querer encontrá-lo. A iniciativa de convidar Zarif partiu do presidente francês. "Eu disse a ele [Macron]: se é isso o que você quer, faça! Estava ciente de tudo o que ele estava fazendo e aprovei", disse o presidente americano.
A presença surpresa parece ter aliviado um pouco a tensão sobre a questão nuclear iraniana. Ao final do encontro, Trump disse que pode encontrar o presidente iraniano, Hassan Rohani, se as "circunstâncias forem propícias".
Merkel elogiou os esforços de líderes do G7 para encontrar uma solução diplomática em relação ao programa nuclear iraniano. "O que nos une – e isso é um grande passo à frente – é que não apenas não desejamos que o Irã tenha armas nucleares, mas também [queremos] encontrar uma solução para isso por meios políticos", disse ela.
Guerra comercial
Ao final do encontro, Trump indicou que pode ocorrer uma diminuição na escalada de tensões na guerra comercial entre a China e os EUA. O americano declarou que as delegações dos dois países retomarão "muito em breve" as negociações.
"A China entrou em contato com nossos responsáveis comerciais e pediu para voltar à mesa de negociações... É um acontecimento muito positivo para todo o mundo", disse Trump nesta segunda-feira.
Foi um contraste em relação à abertura do encontro, marcada pela imposição por parte dos Estados Unidos de uma nova leva de tarifas sobre produtos chineses e pelo pedido de Trump de que empresas americanas deixem o país asiático.
Rússia
Nesta segunda-feira, Trump afirmou que está inclinado a convidar a Rússia para a cúpula do G7 no próximo ano, que será realizada nos Estados Unidos, fazendo com que o grupo volte a se chamar G8, como era antes de 2014 – até a suspensão dos russos por causa da anexação da Crimeia ucraniana.
Segundo o americano, é melhor ter a Rússia integrada ao grupo do que fora. Mas a ideia não é bem vista por outros membros do G7.
Macron, que se reuniu com Putin uma semana antes da cúpula, disse que não houve avanços sobre o retorno da Rússia ao grupo. "Enquanto a situação na Ucrânia não for solucionada, não é o momento de oficializar o retorno. Mas todos constatamos que é importante falar com a Rússia", disse o francês.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/Bildfunk/K. Nietfeld
Britânicos protestam contra suspensão do Parlamento
Milhares de pessoas foram às ruas de várias cidades do Reino Unido para protestar contra a decisão do primeiro-ministro, Boris Johnson, de fechar o Parlamento por cerca de um mês antes do prazo final para o divórcio com a União Europeia (UE). Manifestantes acusam o primeiro-ministro de dar um golpe para forçar um Brexit sem acordo. (31/08)
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Lideranças pró-democracia são presas em Hong Kong
Figuras centrais do movimento pró-democracia de Hong Kong foram presas sob suspeita de organizar ou participar de manifestações ilegais no território semiautônomo da China. Entre os detidos estavam Joshua Wong e Agnes Chow, considerados mentores das manifestações. Mais tarde, Wong e Chow foram libertados sob fiança, mas continuam sob investigação por sua participação nos protestos. (30/08)
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Brigitte Macron agradece brasileiros que publicaram mensagens de apoio
A primeira-dama da França, Brigitte Macron, agradeceu internautas brasileiros que manifestaram apoio na sequência de um comentário ofensivo de Jair Bolsonaro. Em português, ela disse "muito obrigada”. Após Bolsonaro endossar uma publicação sexista contra Brigitte, usuários brasileiros, incluindo celebridades, começaram a publicar mensagens com a hashtag #DesculpeBrigitte no Twitter. (29/08)
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Greta Thunberg chega a Nova York após cruzar o Atlântico
A jovem ativista ambiental Greta Thunberg chegou a Nova York após cruzar o Atlântico em um veleiro. A viagem durou duas semanas e teve como ponto de partida Plymouth, no Reino Unido. Greta, de 16 anos, ganhou notoriedade ao iniciar o movimento Greve pelo Futuro em 2018. Ela se recusou a viajar de avião por causa das emissões de carbono e decidiu fazer a travessia num veleiro sustentável. (28/08)
Foto: Reuters/M. Segar
Brasil indica "A vida invisível" para disputar vaga no Oscar
O longa "A vida invisível", de Karim Aïnouz, foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar de melhor filme internacional. O filme desbancou outros 11 longas. A escolha foi feita por uma comissão indicada pela Academia Brasileira de Cinema. Ambientado nos anos 1950, o filme conta a história de duas irmãs cariocas que vivem sob um rígido sistema patriarcal. (27/08)
Foto: DR
Macron rebate Bolsonaro por comentário sexista
Ao final da cúpula do G7, o presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu a comentários desrespeitosos sobre a aparência de sua mulher, Brigitte, que foram endossados em uma rede social por Jair Bolsonaro. O francês disse esperar que os brasileiros "tenham logo um presidente à altura do cargo". "É triste, é triste para ele, primeiramente, e para os brasileiros", disse Macron. (26/08).
Foto: picture-alliance/dpa/F. Mori
Dois anos do massacre dos rohingya
Dezenas de milhares de muçulmanos rohingya realizaram manifestações em seus campos de refugiados em Bangladesh para marcar os dois anos do início do êxodo. Quase 750 mil rohingya fugiram para a nação vizinha a partir de Rakhine, seu estado natal em Myanmar, após repressões violentas contra o grupo étnico. (25/08)
Foto: Reuters/R. Rahman
Visibilidade para a igualdade de gêneros
"Virem a maré na igualdade de gêneros": ativistas aproveitam cúpula do G7 para dar visibilidade ao tema, com um manifesto gigante nas areias de Biarritz. Além dos chefes de governo e Estado do clube das sete potências, representados no desenho, estão presentes dirigentes de cinco outras nações. Com acesso ao palco do encontro interditado, manifestantes se concentram em cidades vizinhas. (24/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Dejong
Macron se opõe a acordo com Mercosul
Diante da crise gerada pelas queimadas na Amazônia, o governo do presidente francês, Emannuel Macron, disse que Jair Bolsonaro mentiu ao assumir compromissos em defesa do meio ambiente durante a cúpula do G20 no Japão, algo que, segundo a França, deve inviabilizar a ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O governo da Irlanda também adotou uma posição similar. (23/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Planet Labs Inc.
Macron recebe Johnson
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, viajou a Paris para se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, e tentar convencê-lo a aceitar a reabertura das negociações entre Reino Unido e União Europeia sobre o Brexit. Macron afirmou, porém, que, até o divórcio, não há tempo suficiente para que Reino Unido e UE cheguem a um um acordo amplamente diferente do já negociado. (22/08)
Foto: Reuters/G. Fuentes
Merkel recebe Johnson em Berlim
Em sua primeira visita oficial à Alemanha, o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou a afirmar estar confiante que poderá renegociar o acordo do Brexit com a União Europeia. A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, sinalizou estar aberta a debater a questão e disse que uma possível solução para o impasse sobre o mecanismo pode ser encontrada nos próximos 30 dias. (21/08)
Foto: AFP/O. Andersen
Fim de governo populista na Itália
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou sua renúncia e atribuiu a culpa pelo fim do governo populista, que durou 14 meses, ao ministro do Interior e vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini. O premiê criticou severamente as recentes demandas de Salvini por um eleição antecipada, para que, segundo ele, pudesse ganhar "plenos poderes" e conquistar o posto de primeiro-ministro. (20/08)
Foto: Reuters/Y. Nardi
El Salvador absolve acusada por suspeita de aborto
Um tribunal de El Salvador absolveu uma jovem de 21 anos acusada de homicídio após o bebê ter nascido morto. O caso de Evelyn Hernandez atraiu atenção internacional ao país que possui uma das leis mais rigorosas do mundo sobre o aborto. Em 2016, depois de fortes dores, Hernandez deu a luz num banheiro a um bebê morto. Acusada de homicídio, promotores pediam uma pena de 40 anos de prisão. (19/08)
Foto: AFP/Getty Images/M. Recinos
Protesto, chuva e paz no território chinês
Sem se impressionar com as pesadas chuvas, no 11º fim de semana seguido de protestos, dezenas de milhares exigiram mais democracia no centro de Hong Kong. "Hoje é um dia de paz", explicou uma organizadora. "Podemos mostrar ao mundo que o povo de Hong Kong pode ser totalmente pacífico." Se qualquer tipo de distúrbio irrompesse, seria culpa da polícia, assegurou. (18/08)
Foto: Reuters/T. Siu
Menores podem desembarcar em Lampedusa
Dos 134 migrantes resgatados pelo navio humanitário espanhol Open Arms, 27 menores de idade desacompanhados tiveram permissão de descer na ilha do Mediterrâneo, após 16 dias de espera. ONG responsável afirmou não poder mais garantir a segurança a bordo e temer um motim. Ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, aquiesceu a contragosto ao pedido de premiê Giuseppe Conte. (17/08)
Foto: Reuters/G. Mangiapane
Morre Peter Fonda, estrela de “Easy rider”
O ator Peter Fonda, que ficou famoso por interpretar um dos motoqueiros de "Easy rider – Sem destino", filme símbolo da contracultura americana, morreu aos 79 anos, pouco mais de um mês após o aniversário de 50 anos do lançamento da obra. Além de atuar, Peter coescreveu e produziu o filme. De um clã de atores, ele era filho de Henry Fonda e irmão de Jane Fonda. (16/08)
Foto: Imago//EntertainmentPictures
Noruega suspende repasses para o Fundo Amazônia
O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, disse que seu país vai suspender o repasse de 133 milhões de reais que seriam destinados ao Fundo Amazônia. Ao anunciar o bloqueio, ele disse que o governo Bolsonaro descumpriu acordo de gestão do fundo ao promover mudanças unilaterais. Em resposta, presidente disse: "a Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima?”. (15/08)
Foto: Getty Images/M. Tama
Ativistas jogam tinta na embaixada do Brasil em Londres
Ativistas protestaram contra a política ambiental e indigenista do governo de Jair Bolsonaro em Londres, jogando tinta vermelha na fachada da embaixada brasileira. Membros do grupo Extinction Rebellion subiram sobre uma cobertura de vidro na entrada do edifício, enquanto outros colaram cartazes com frases de protesto. Marcas de mãos e rajadas de tinta vermelha cobriram a fachada. (13/08)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Protesto pró-democracia fecha aeroporto de Hong Kong
As autoridades aeroportuárias de Hong Kong cancelaram voos depois que ao menos cinco mil manifestantes ocuparam o terminal do aeroporto internacional da cidade pelo quarto dia consecutivo. O fechamento de um dos aeroportos mais movimentados do mundo foi anunciado num momento em que o governo chinês diz ver "sinais de terrorismo" no movimento de protesto. (12/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
Confronto em Jerusalém
Forças de segurança israelenses e manifestantes palestinos entraram em confronto no Monte do Templo, em Jerusalém, no primeiro dia do Eid al-Adha (A Festa do Sacrifício, um festival muçulmano). Ao menos 14 palestinos e quatro policiais israelenses ficaram feridos. (11/08).
Foto: Getty Images/AFP/A. Gharabli
Mais um dia de protestos em Moscou
Policiais revistam ativistas dispostos a participar das manifestações contra bloqueio, pela Comissão Eleitoral, de candidatos oposicionistas ou independentes no pleito legislativo da cidade. Como nos sábados anteriores, dezenas de milhares foram às ruas, centenas foram presos. (10/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/R. Sitdikov
PIB britânico encolhe
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu de 1,8%, no primeiro trimestre, para 1,2%, anunciou o Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS). Esta foi a primeira retração da economia britânica desde 2012. Primeira queda desde 2012 é atribuída tanto à desaceleração global quanto ao aumento do temor de recessão gerado pela saída do Reino Unido da UE. (09/08)
Foto: picture-alliance/empics/Y. Mok
Alerta da ONU
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) fez uma alerta sobre as mudanças climáticas e seus impactos na agricultura. Ao mesmo tempo que contribui para alterações climáticas, sistema alimentar atual é fortemente afetado por suas consequências, aponta IPCC. Relatório ressalta necessidade de conter desmatamento e monoculturas. (08/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Pera
Desenhos inéditos de Kafka
Após anos de disputa na Justiça, a Biblioteca Nacional de Israel apresentou desenhos inéditos do escritor tcheco Franz Kafka. Os desenhos fazem parte do acervo deixado por Kafka a seu amigo Max Brod. O material estava no cofre de um banco em Zurique. Depois de uma batalha de oito anos, a Suprema Corte israelense determinou que o material fosse para a Biblioteca Nacional. (07/08)
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Morre Toni Morrison
A escritora americana Toni Morrison, primeira mulher negra a ganhar o Nobel de Literatura, morreu aos 88 anos, em Nova York. Em comunicado, a família de Morrison informou que a escritora "morreu após uma breve doença". A escritora deixa um legado de obras premiadas que deram voz a personagens negras e evocaram questões como racismo e escravidão. (06/08)
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O julho mais quente da história
Julho de 2019 foi o mais mês mais quente já registrado no mundo, segundo dados divulgados pelo serviço europeu Copernicus sobre mudança climática. O mês foi 0,04ºC mais quente do que o recorde anterior: julho de 2016. O mês foi marcado por ondas de calor que atingiram a Europa, com quebra de recordes de temperaturas em vários países. (05/08)
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Tutancâmon volta à juventude
Estima-se que o trabalho de restauração do sarcófago do faraó Tutancâmon, morto aos 18 anos, mais de 33 séculos atrás, levará cerca de oito meses para se completar. O que exigirá mais tempo é o esquife exterior, de madeira dourada, em estado de conservação muito frágil. O tesouro arqueológico será exibido no futuro Grande Museu Egípcio do Cairo, a inaugurar-se no fim de 2020. (04/08)
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Manifestantes desafiam polícia em Hong Kong
Mais de cem mil manifestantes pró-democracia se reuniram neste sábado em Mongkok, um movimentado bairro comercial de Hong Kong, no nono fim de semana consecutivo de protestos na região semiautônoma chinesa. Houve choques com a polícia, que usou gás lacrimogêneo para dispersar ativistas que ocuparam uma delegacia. (03/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
EUA deixam acordo de desarmamento com a Rússia
Os Estados Unidos desligaram-se oficialmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF). Assim se extingue o acordo binacional de 1987 que exigia que americanos e soviéticos eliminassem inteiramente os mísseis de cruzeiro lançados do solo com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros. (02/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/G. Sysoev
75 anos do Levante de Varsóvia
A Polônia celebrou os 75 anos do Levante de Varsóvia, com um pedido de desculpas oficial da Alemanha e um minuto silêncio cumprido em toda a cidade. Em 01 de agosto de 1944, insurgentes se rebelaram-se contra a ocupação nazista. Nos 63 dias de combate, 200 mil civis foram mortos e a cidade transformada em ruínas. (01/08)