Amazon supera 1 trilhão de dólares em valor de mercado
4 de setembro de 2018
Gigante do comércio online é a segunda companhia a alcançar a marca em Wall Street, um mês depois da Apple. Ações chegam a 2.050 dólares, refletindo influência das empresas de tecnologia nos mercados.
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A Amazon atingiu nesta terça-feira (04/09) 1 trilhão de dólares em valor de mercado, tornando-se a segunda companhia a alcançar a marca em Wall Street, depois da Apple.
A gigante do comércio eletrônico chegou à avaliação recorde às 12h40 (horário de Brasília), quando o preço de suas ações atingiu 2.050,50 dólares. O valor recuou ligeiramente após atingir a marca e, perto das 13h, estava em 2.035,97 dólares.
A valorização da Amazon foi especialmente alta neste ano, com as ações saltando 75% e adicionando um montante de 435 bilhões de dólares ao valor de mercado da empresa.
O feito da Amazon e da Apple – que atingiu a marca de 1 trilhão de dólares de valor de mercado em 2 de agosto, embora seja 18 anos mais velha que a primeira – mostra a crescente influência das empresas de tecnologia nos mercados e na economia.
"A indústria está acumulando riqueza e poder, criando uma nova ordem nos negócios, em que o recurso mais valioso não é mais o petróleo, mas dados", escreveu o Wall Street Journal.
Logo atrás das duas empresas estão a Alphabet, proprietária da Google, e a Microsoft, ambas se aproximando de um valor de mercado de 900 bilhões de dólares. Já o Facebook cruzou os 500 bilhões de dólares em julho de 2017, um dia depois da Amazon, mas assim se mantém em razão de recentes escândalos de vazamento de dados de usuários.
A Amazon foi fundada em 1994 pelo americano Jeff Bezos, em Seattle, e cresceu exponencialmente desde seus primórdios, quando funcionava apenas como uma livraria online, até os dias de hoje, tendo se consagrado uma gigante que abrange vários setores.
A empresa, que concorre diretamente com as lojas Walmart, está na linha de frente das últimas tendências em inteligência artificial com seu programa de assistência pessoal Alexa.
Outros empreendimentos incluem a compra, em 2017, da cadeia de mercados Whole Foods e uma presença crescente na produção original de filmes e séries, que são disponibilizados aos assinantes de seu serviço de streaming Amazon Prime – que também dá acesso a outras vantagens, como frete grátis em compras online.
O número de funcionários da Amazon chegou a 575 mil, e seus lucros têm mostrado ganhos impressionantes. No trimestre mais recente, a companhia registrou 2,5 bilhões de dólares em lucros, um aumento de 12 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior.
O sucesso da empresa tornou neste ano Bezos, seu fundador e presidente, a pessoa mais rica do mundo segundo a revista Forbes, com uma fortuna avaliada em 112 bilhões de dólares – destronando o fundador da Microsoft, Bill Gates, que liderou o ranking 18 vezes nos últimos 24 anos.
Da Arábia Saudita à Coreia do Sul, novas cidades são projetadas para diminuir a pressão sobre metrópoles já existentes. Sustentáveis e inteligentes, elas devem abrigar milhares de pessoas.
Foto: picture-alliance
Neom, Arábia Saudita
Se depender do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, Neom deve ser a cidade mais segura, mais eficiente e mais moderna do mundo. Um total de 500 bilhões de dólares deve ser investido na nova zona economia especial no Mar Vermelho. A cidade hi-tech e sustentável deve criar empregos para jovens e ter uma legislação própria. A primeira etapa da construção deve ser concluída até 2025.
Foto: NEOM
Masdar City, Abu Dhabi
A cidade hi-tech e ecológica Masdar City, nos Emirados Árabes Unidos, deveria ter ficado pronta em 2016. Nesse meio tempo, deixou-se de lado a meta de uma cidade completamente livre de emissões, e a conclusão da obra foi postergada para 2030. A Agência Internacional para Energias Renováveis (Irena) e empresas como a Siemens já se mudaram para o local, mas ainda faltam moradores.
Foto: DW/I. Quaile
Maidar City, Mongólia
A capital da Mongólia, Ulan Bator, está sufocada pelo trânsito e smog. Para aliviar a situação, uma nova cidade deve ser construída ao sul da capital. Até 2030, 90 mil pessoas devem se mudar para a ecológica Maidar City, projetada pelo arquiteto alemão Stefan Schmitz. Posteriormente, o número de habitantes deve chegar a 300 mil. A maior estátua de Buda do mundo deve ser símbolo de Maidar City.
Foto: RSAA
Lingang New City, China
Um novo centro econômico deve nascer próximo à metrópole chinesa Xangai. Projetada por um escritório de arquitetura de Hamburgo, Lingang New City deve abrigar 800 mil pessoas. A cidade oferecerá postos de trabalho na pesquisa de alta tecnologia, no porto de Yangshan e na área de livre comércio adjacente.
Foto: Imago/Xinhua
Songdo, Coreia do Sul
Seis quilômetros quadrados de terra foram despejados no mar para a cidade sul-coreana de Songdo, que deve ser a cidade mais inteligente do mundo. Ela já abriga 100 mil habitantes, a maioria com alto poder aquisitivo. Do trânsito à polícia e às residências, tudo na cidade é conectado digitalmente e equipado com câmeras e sensores.
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
Eko Atlantic City, Nigéria
Diante de Lagos, na Nigéria, embarcações despejaram terra para construir um luxuoso centro financeiro, que deve abrigar cerca de 250 mil pessoas. Na chamada Eko Atlantic City, serão erguidos centros comerciais, marinas e arranha-céus. Mais da metade da população da Nigéria vive na pobreza, e críticos veem a Eko Atlantic City como uma área protegida para os ricos.
Foto: Getty Images/AFP/P. Utomi Ekpei
Belmont Smart City, Estados Unidos
De acordo com a página do projeto na internet, o fundador da Microsoft, Bill Gates, está por trás dos planos para a Belmont Smart City, no Arizona. Situada a 70 quilômetros da capital do estado, Phoenix, a nova cidade deve abrigar cerca de 200 mil habitantes. Nela, deve ser testada a conexão entre residências, ambientes de trabalho e cidades inteligentes. O projeto ainda está na fase inicial.
Foto: Getty Images/A. Schmidt
Quayside, Toronto, Canadá
A Alphabet, holding que controla a Google, está criando um novo bairro em Toronto, no Canadá. Na foto, vê-se o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no lançamento do projeto. Dez mil pessoas devem morar na área. Por meio de uma rede digital sofisticada, o bairro de Quayside deve ser capaz de fornecer uma quantidade sem precedentes de dados sobre os moradores.