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Americano é detido na Rússia por suspeita de espionagem

31 de dezembro de 2018

Caso ocorre pouco mais de duas semanas depois de cidadã russa presa nos EUA se declarar culpada de atuar como agente de Moscou.

Russland Lubljanka Platz Moskau
Sede do FSB em Moscou. Local já foi quartel-general da antiga KGBFoto: picture-alliance/dpa/L.S.Gustafsson

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB) anunciou nesta segunda-feira (31/12) a detenção em Moscou de um cidadão americano por suspeita de espionagem.

"Em 28 de dezembro agentes do FSB detiveram em Moscou um cidadão americano Paul Whelan enquanto realizava atividades de espionagem", afirma o comunicado oficial.

O FSB acrescentou que começou um processo penal contra Whelan em virtude do artigo 276 do código penal (espionagem).

Além disso, a nota oficial acrescenta que continuam as investigações sobre o caso de inteligência, crime que na Rússia é passível de pena de até 20 anos de prisão.

A prisão ocorre em meio a um contexto do envolvimento de Moscou em vários escândalos de espionagem com o Ocidente, e depois de o presidente Vladimir Putin acusar as nações ocidentais de usar casos de espionagem para tentar minar o crescente poder da Rússia.

Nos últimos meses o FSB, por sua ve, denunciou um aumento das atividades de espionagem de outros países em território russo em resposta a acusações similares das Chancelarias ocidentais.

Em meados de dezembro, o presidente Vladimir Putin negou que Moscou tomaria medidas de represália contra Washington pela detenção de cidadãos russos nos EUA acusados de espionagem.

Putin, que afirmou que em tal terreno é preciso ser "muito cuidadoso", negou também que a Rússia iria "capturar pessoas inocentes só para permutá-las por alguém".

Além disso, criticou o processo aberto nos EUA contra a cidadã russa Maria Butina por conspirar contra o Estado e desmentiu sua confissão de que trabalhou para o Kremlin. Presa nos Estados Unidos desde julho, Maria Butina, acusada pela Justiça americana de atuar como agente secreta da Rússia, confessou durante uma audiência realizada em Washington no dia 13 de dezembro ter cometido crimes no país.

Em Washington, o Departamento de Estado assinalou ter sido formalmente notificado pelo Ministério russo das Relações Exteriores e que está buscando acesso ao americano detido.

"As obrigações da Rússia sob a Convenção de Viena exigem que forneçam acesso consular. Solicitamos esse acesso e esperamos que as autoridades russas providenciem isto", afirmou um porta-voz do Departamento de Estado.

JPS/efe/afp/ots

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