Após relatório indicar que cidade está virando uma selva à noite, prefeitura adota medidas para controlar turistas, como fechamento de ruas e cobrança imediata de multas por distúrbios públicos.
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A prefeitura de Amsterdã decidiu tomar medidas de emergência para lidar com o turismo em massa. Com cerca de 850 mil habitantes, a cidade holandesa espera receber neste ano quase 20 milhões de visitantes, um número que ultrapassa a população total da Holanda.
Para combater os incômodos causados por essa invasão, a cidade anunciou nesta terça-feira (07/08) que pretende monitorar aglomerações, fechar sem aviso prévio ruas que estiverem lotadas, impor pausas para limpeza na região do Distrito da Luz Vermelha e adotar o pagamento imediato de multas.
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As autoridades receberão máquinas de cartão para emitir multas e cobrá-las no momento da emissão. No ano passado, para afastar comportamentos indesejados de turistas, a cidade criminalizou alguns tipos de distúrbios públicos e estabeleceu penalidades rígidas para quem violasse essas leis.
A legislação local determinou multas de 95 euros para o consumo de álcool em locais públicos e 140 euros nos casos de desordem pública, urinar na rua ou jogar lixo no chão.
A adoção das medidas para combater os males do turismo de massa foi anunciada pela prefeita Femke Halsema dias depois da apresentação de relatório detalhado sobre o tema.
O documento alertou que a cidade está se tornando uma "selva urbana", especialmente à noite, quando a polícia e autoridades se sentem impotentes para combater o crime e a violência.
A invasão turística na cidade, impulsionada por viagens baratas que atraem grupos, principalmente de jovens, está reduzindo a qualidade de vida da população. Os moradores são obrigados a conviver com turistas, muitas vezes barulhentos e que não respeitam as normas locais.
A cidade holandesa não é a única da Europa que cansou do turismo. Veneza, Lisboa, Berlim, Madri, Barcelona e Dubrovnik também sentem os impactos da "turistificação", ou o processo de transformação espacial e socioeconômica de regiões em detrimento do interesse turístico. A explosão dos preços dos alugueis é um dos resultados dessa mudança.
Em outubro de 2017, para controlar o fenômeno, Amsterdã proibiu a abertura de novos estabelecimentos comerciais voltados para turistas no centro da cidade, como lojas de suvenires e restaurantes fast-food. Além disso, já havia banido a circulação de ônibus turísticos e cruzeiros na região central, além de proibir a construção de novos hotéis.
No passado ano, o descontentamento de moradores com o turismo levou milhares às ruas em Barcelona e em Palma de Mallorca. Os manifestantes levavam cartazes com os dizeres "o turismo mata" e chegaram a comparar a atividade com o terrorismo.
CN/dpa/afp
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Além de fazer bem ao meio ambiente e à saúde, percorrer as rotas espalhadas pelo continente europeu é uma bela maneira de fazer turismo. Listamos os caminhos favoritos dos alemães, que são mesmo de tirar o fôlego.
Foto: picture alliance/Arco Images/K. Kreder
10º lugar: Ciclovia do Drava
Do Tirol do Sul, no norte da Itália, à Eslovênia, a rota de 366 quilômetros vai da nascente do rio Drava, nas Dolomitas, a Maribor, a segunda maior cidade eslovena. A maior parte do caminho corre paralelamente ao rio. Nos próximos anos, a ciclovia deve ser ampliada até a Croácia, chegando à foz do Drava, no rio Danúbio.
Das Montanhas dos Gigantes, nos Sudetos, a Cuxhaven, no norte da Alemanha, a rota tem 1.220 quilômetros. Às margens do rio Elba, a ciclovia passa pelas montanhas de arenito do Elba, pelas cidades alemãs de Dresden (foto) e Hamburgo, antes de terminar no Mar do Norte.
Foto: picture-alliance/ZB/P. Zimmermann
8º lugar: Via Claudia Augusta
O trajeto de 700 quilômetros vai de Donauwörth, na Baviera, até perto de Veneza. A Via Claudia Augusta é a mais antiga rota comercial romana através do Alpes. Ela passa pela beira do Lago di Resia, no Tirol do Sul. Quando o lago artificial foi criado, Alt-Graun foi inundada, e a torre da igreja da pequena cidade ainda desponta da água.
São 530 quilômetros, de Maloggia, na Suíça, a Passau, na Alemanha. Enquanto nas altas montanhas alpinas são necessárias fortes panturrilhas, no sopé dos Alpes na Baviera, a pedalada é mais leve. A cidade de Mühldorf (foto), às margens do rio Inn, é um dos pontos de passagem da rota.
Foto: picture alliance/A. Weigel
6º lugar: Atlântico – Mar Negro
Poucos encaram a rota completa, de 4,5 mil quilômetros, que vai do repleto de castelos Vale do Loire, na França, ao Mar Negro, na Romênia. A ciclovia liga cidades como Nantes, Orleans, Basileia, Linz, Budapeste, Belgrado e Bucareste. Na foto, o Castelo de Chenonceau, também conhecido como Castelo das Sete Damas, na região do rio Loire.
Foto: picture-alliance/ZB/W. Thieme
5º lugar: Ciclovia do Ádige
A rota de 300 quilômetros às margens do rio Ádige vai do Lago di Resia a Verona. O rio é mais longo na região italiana do Tirol do Sul e desemboca no Adriático. Grande parte da ciclovia corre paralela à Via Claudia Augusta.
Foto: picture-alliance/U. Bernhart
4º lugar: Ciclovia do Mar do Norte
Quase 600 quilômetros ligam o arquipélago britânico de Shetland a Bergen, na Noruega. Na rede de rotas cadastradas pela Federação Europeia de Ciclistas, o trajeto é chamado de Eurovelo 12. O trecho alemão passa por diques.
Foto: picture-alliance/Bildagentur-online/Klein
3º lugar: Ciclovia do Lago de Constança
A ciclovia é uma das três mais percorridas na Europa. São 260 quilômetros ao redor do Lago de Constança, localizado entre a Alemanha, a Áustria e a Suíça. Atrações urbanas como o centro antigo de Constança, no sul da Alemanha, complementam as belezas naturais do trajeto.
Foto: picture alliance/P. Seeger
2º lugar: Ciclovia do Reno
Da nascente do rio Reno, na Suíça, à foz no Mar do Norte, em Roterdã, a Eurovelo 15 tem 1.230 quilômetros de extensão. A rota corre paralela a umas das vias fluviais do mundo. Na foto, vê-se a antiga área portuária de Rheinauhafen, em Colônia.
Foto: picture alliance/H. Ossinger
1º lugar: Ciclovia do Danúbio
Esta é a ciclovia de longa distância preferida dos alemães. O trajeto tem 2.850 quilômetros de extensão e vai da nascente do rio Danúbio, na alemã Donaueschingen, ao delta, em Tulcea, na Romênia. A capital da Áustria, Viena, também faz parte da rota, que passa por oito países.