Para analistas, agenda de curto prazo determinou estratégia do aguardado leilão, afugentando investidores e gerando arrecadação menor que a prevista. Mas blocos que sobraram podem voltar a ser leiloados no futuro.
Anúncio
O presidente Jair Bolsonaro tentou evitar qualquer sinal de frustração ao comentar o resultado do aguardado megaleilão do pré-sal, na tarde desta quarta-feira (06/11). "Foi menor que o previsto, lógico que o dinheiro será menor", reconheceu, para logo em seguida dizer: "O campo mais importante foi vendido. No meu entender, foi um sucesso. O dinheiro é bem-vindo."
Depois de semanas de negociações sobre a distribuição do dinheiro esperado, a arrecadação foi de 69,9 bilhões de reais, abaixo da previsão inicial de 106,5 bilhões. Ainda assim foi um valor recorde em termos de bônus de assinatura fixa (o valor que as empresas se comprometem a pagar à União pela exploração dos campos).
O resultado do leilão, no entanto, foi uma decepção principalmente para os governadores, prefeitos e cofres do governo federal. Para os estados e municípios sobram, em vez dos esperados 10,8 bilhões de reais para cada grupo, agora apenas 5,3 bilhões.
O governo federal ficará com 23,69 bilhões de reais, em vez de 49 bilhões, enquanto o Rio de janeiro leva apenas 1,06 bilhão, em vez dos mais de 2 bilhões previstos.
A maior fatia, 34,6 bilhões de reais, ficará com a própria Petrobras, como parte de um ressarcimento no âmbito de uma revisão do contrato de exploração da área. Originalmente, os blocos haviam sido cedidos pela União à Petrobras em 2010, em um regime chamado como cessão onerosa.
À época, a Petrobras recebeu o direito de explorar 5 bilhões de barris nas áreas, mas ao longo do tempo, ao explorar a região, a estatal percebeu que o reservatório de petróleo era maior do que o previsto inicialmente. Foi esse volume excedente, que pode chegar a 15 bilhões de barris, que foi a leilão nesta quarta-feira.
Apesar da arrecadação menor que a esperada, José Eduardo Vinhaes Gerk, presidente da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), faz um balanço positivo.
"Apesar de nem todos os blocos terem sido arrematados, o que é normal em diversos leilões de petróleo em todo o mundo, considero que o resultado do leilão foi um sucesso, garantindo quase 70% da expectativa de arrecadação em bônus e viabilizando a continuidade dos investimentos em Búzios e Itapu", diz em entrevista à DW.
O bloco de Búzios, com bônus de assinatura de 68,194 bilhões de reais,recebeu um lance único do consórcio formado pela Petrobras, com 90% de participação, e das chinesas CNODC Brasil e CNOOC Petroleum, com 5% cada uma. No bloco de Itapu, a Petrobras fez a única proposta, de 1,766 bilhão de reais, e sem formar um consórcio. Os blocos de Atapu e Sépia não receberam nenhum lance.
Empresas internacionais de fora
As grandes empresas internacionais habilitadas para o leilão não apareceram. A britânica BP e a francesa Total já tinham se retirado antes do leilão, enquanto as americanas Chevron e ExxonMobil, a alemã Wintershall Dea, a portuguesa Petrogal, a colombiana Ecopetrol, a norueguesa Equinor, a malaia Petronas, a QPI, do Catar, e a anglo-holandesa Shell não deram nenhum lance.
"As empresas internacionais não entraram porque acharam que não era um bom negócio", avalia Edmar Luiz Fagundes de Almeida, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em entrevista à DW. "O problema foi o valor do bônus que o governo colocou. Foi considerado muito alto, tornando os ativos pouco atraentes do ponto de vista econômico. A estratégia do governo não deu certo, ele errou na fixação dos bônus."
Fernanda Delgado, do Departamento de Energia da Fundação Getúlio Vargas, avalia o resultado como mais positivo. "Foi um bom resultado, 70 bilhões de reais é um valor substancial. São áreas com muito potencial exploratório e uma geologia muito favorável", diz. "Mas é lógico que havia uma expectativa um pouco mais positiva, a gente esperava um pouco de ágio, esperava um apetite maior das empresas chinesas."
Para Delgado, o risco de um ressarcimento alto a ser pago à Petrobras afugentou os investidores. A Petrobras tinha deixado em aberto o valor exato de indenizações pelos investimentos já realizados nos blocos e que iriam ser requisitados aos vencedores do leilão, mas o número mencionado na mídia era de reembolsos entre 35 bilhões e 120 bilhões de reais. "As empresas internacionais se intimidaram com os valores dos bônus e desses reembolsos", comenta a economista.
Agenda de curto prazo
Fagundes também avalia que o governo escolheu a estratégia errada. "Se você colocar um bônus mais baixo, isso atrai mais empresas, e elas vão disputando estes blocos, aumentando, assim, o lucro para o governo. Você deixa de arrecadar hoje, mas arrecada muito mais no futuro."
Mas o governo, e principalmente o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem ter olhado mais para a situação dos cofres públicos do que para possíveis ganhos de longo prazo, avalia o economista. "Ficou evidente que a agenda de curto prazo acabou estabelecendo a estratégia do leilão. E isso não deu certo."
No entanto, isso não implica uma perda geral de confiança no mercado brasileiro de petróleo ou no governo, diz Fagundes. "Foi uma má avaliação em relação a esses blocos especificamente. Pois o leilão do mês passado foi muito exitoso em termos de arrecadação e com muita participação e disputa", comenta.
Ele também não diz não ver risco para as metas de longo prazo do setor brasileiro de petróleo. Até 2030, a produção atual deverá aumentar de 3 milhões de barris por dia para 7,5 milhões. Então, em vez das atuais 106 plataformas, é provável que até 170 estejam em atividade. Assim, o Brasil passaria do atual décimo lugar entre os maiores produtores mundiais de petróleo para o top 5.
E mesmo que o mundo aposte cada vez mais na energia renovável, Fagundes acredita que o petróleo brasileiro continuará sendo, globalmente, bastante requisitado nas próximas décadas. Os 1,2 milhão de barris que o Brasil exporta atualmente por dia podem chegar a 4 ou 5 milhões de barris até 2030, de acordo com estimativas da indústria petrolífera brasileira.
"Essa previsão de dobrar a produção se mantém, pois ela não depende mais do governo. Ela depende agora do investimento das empresas que estão no Brasil. Pois o óleo já foi concedido, e muito dele já está descoberto", avalia Fagundes. Espera-se a criação de 400 mil empregos e um investimentos total de mais de um trilhão de reais até 2030.
Para Delgado, o fato de não terem sido leiloados dois blocos nesta quarta-feira não significa um fracasso. "Essas áreas que sobraram vão voltar para serem leiloadas numa outra vez. Agora cabe ao governo decidir se diminui esses reembolsos para a Petrobras, para tornar essas áreas mais atrativas. Vamos ver o que o governo vai fazer quando essas áreas voltarem a leilão."
Nesta quinta-feira, em um segundo leilão, o governo vendeu apenas uma das cinco áreas do pré-sal oferecidas, arrecadando 5,05 bilhões de reais. Novamente, a única oferta veio da Petrobras, em consórcio com a chinesa CNODC, que arrematou o bloco de Aram, na Bacia de Santos.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eisele
Protestos em minas de carvão na Alemanha
Várias minas de carvão no leste da Alemanha foram palco de protestos, enquanto ativistas ambientais criticam os planos do governo sobre mudanças climáticas e exigem o fim imediato do carvão. Autoridades afirmaram que mais de mil pessoas participaram das manifestações em duas minas no estado de Brandemburgo e uma na Saxônia. O grupo ambientalista Ende Gelände falou em 4 mil manifestantes. (30/11)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt
Ataque terrorista em Londres deixa dois mortos
Um homem atacou vários pedestres com uma faca na Ponte de Londres. Duas pessoas - um homem e uma mulher - morreram e três ficaram feridas. O agressor foi morto a tiros pela polícia. Segundo o jornal The Times, o agressor era um radical islâmico que já havia sido condenado no passado por “atividades terroristas” em 2012. Ele deixou a prisão em dezembro de 2018 sob condicional. (29/11)
Foto: picture-alliance/empics/D. Lipinski
Luis Lacalle Pou é eleito presidente do Uruguai
O ex-senador de centro-direita Luis Lacalle Pou será o próximo presidente do Uruguai. A vitória do candidato e do Partido Nacional (PN) foi indicada pela recontagem dos votos do segundo turno das eleições presidenciais. O governista Daniel Martínez reconheceu a derrota. O resultado marca o fim de um período de 15 anos de hegemonia da esquerda no país. (28/11)
Foto: picture-alliance/ZumaPress/SOPA/M. Zina
Tribunal mantém condenação de Lula e aumenta pena
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que analisaram recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do sítio de Atibaia mantiveram a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão foi unânime. Eles ainda decidiram aumentar a pena total do petista no caso, de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos, um mês e dez dias. (27/11)
Foto: Reuters/A. Machado
Treze franceses morrem em operação contra jihadistas no Mali
Treze soldados franceses morreram após a colisão entre dois helicópteros militares durante uma operação contra jihadistas na região central do Mali. Foi a maior perda de combatentes franceses de uma só vez desde a intervenção da França no país africano, em 2013. Até agora, 28 combatentes franceses morreram na região do Sahel. (26/11)
Foto: Reuters/B. Tessier
Recorde de concentração de gases do efeito estufa
A concentração na atmosfera de gases que provocam o efeito estufa e causam o aquecimento global bateu recorde em 2018, aumentando mais rápido do que a média registrada na última década, segundo um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). (25/11)
Foto: picture-alliance/S. Ziese
Passeio sobre águas russas
Por si, a venerável cidade russa Rostov já vale a visita. No fim deste novembro, porém, vale ainda mais a pena viajar até o Lago Nero, ao norte de Moscou. Suas águas se congelaram como se tivessem parado no tempo, permitindo tomar um atalho até a cidade pitoresca. O passeio só não serve para os friorentos, pois a temperatura local é de seis graus negativos. (24/11)
Foto: picture-alliance/AP/D. Kozlow
Recepção pelada
Um guerreiro maori recebe príncipe Charles, com a tradicional dança haka em Takahanga Marae, Nova Zelândia. O nobre do Reino Unido não parece se intimidar com o ritual de guerra. E até dá a impressão de querer ajudar o musculoso jovem contra a nudez, com uma folha de figueira. (23/11)
Foto: Reutes/T. Nearmy
Governo interino da Bolívia denuncia Morales por "sedição e terrorismo"
Autoridades interinas da Bolívia apresentam vídeo no qual se ouve supostamente o ex-presidente convocando apoiadores para realizar bloqueios no país. Morales rechaça acusações e afirma que material é uma "montagem". (22/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Verdugo
Netanyahu é denunciado por fraude e propina em Israel
Procurador-geral acusa premiê de favorecer empresários em troca de presentes luxuosos e cobertura favorável na mídia. Caso aumenta a incerteza sobre quem irá liderar o país, que segue mergulhado num impasse político. (21/11)
Foto: AFP/G. Tibbon
Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua em novo depoimento
Funcionário alega que "lançou errado" em planilha o número da casa de Bolsonaro e que se sentiu "pressionado" quando contou que "seu Jair" havia autorizado entrada de suspeito pela morte da vereadora Marielle Franco. (20/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Ikegami
Bolsonaro oficializa saída do PSL
O presidente Jair Bolsonaro assinou a desfiliação do PSL durante uma reunião com seus advogados no Palácio do Planalto. A saída ocorreu em meio a uma disputa pelo poder da legenda pela qual ele foi eleito. Além do presidente, seu filho Flávio Bolsonaro, que é senador pelo Rio de Janeiro, também apresentou um pedido de desfiliação do PSL. (19/11)
Foto: Reuters/A. Machado
Desmatamento recorde
Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29,5% em comparação com os 12 meses anteriores. Ao todo, a floresta perdeu uma área de 9.762 km² (equivalente a sete vezes a cidade do Rio de Janeiro). É a maior taxa de desmatamento registrada desde 2008. Os dados são do Prodes, sistema de monitoramento por satélites operado pelo Inpe. (18/11)
Foto: Reuters/B. Kelly
Ponte para o nada?
Sete anos de construção, e aí... isso. A inauguração da Ponte do Alto Mosela foi frustrada pelo tempo nebuloso. Com tempo bom, é espetacular a vista da segunda mais alta ponte da Alemanha (160 metros), que atravessa o rio Mosela, no oeste. Seus apoiadores torcem por menos tráfego nos lugarejos locais; os adversários criticam a interferência na paisagem e os custos de 175 milhões de euros. (17/11)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Tittel
Milhares de tchecos pedem renúncia de premiê
Cerca de 250 mil tchecos protestaram em Praga contra o primeiro-ministro Andrej Babis. A manifestação ocorreu na véspera do 30º aniversário da Revolução de Veludo, que marca a queda do comunismo na antiga Tchecoslováquia. O populista Babis enfrenta uma série de acusações de corrupção. Entre os que discursaram na manifestação estavam ex-dissidentes que falaram nos comícios de 1989. (16/11)
Foto: Reuters/D. W. Cerny
Mais de 200 pessoas perderam visão em atos no Chile
A principal associação médica do Chile anunciou que pelo menos 230 pessoas perderam a visão, parcial ou completamente do olho afetado, devido a tiros com espingarda de pressão disparadas por agentes de segurança do Estado durante protestos no país sul-americano. Estatísticas adicionais da instituição mostraram que a idade média das vítimas é de 30 anos. (15/11)
Foto: Getty Images/AFP/C. Reyes
Alemanha aprova obrigatoriedade de vacina
A câmara baixa do Parlamento alemão (Bundestag) aprovou uma lei que tornará obrigatória a vacinação contra sarampo em creches e escolas a partir de março próximo. Imunização se tornará pré-requisito para matrícula de crianças em creches e escolas. Funcionários de locais de ensino, de saúde e de abrigos de solicitantes de refúgio também terão que se vacinar. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Sven Simon
Veneza enfrenta pior cheia em 50 anos
Veneza registra sua maior cheia em mais de 50 anos. A prefeitura da cidade decretou estado de emergência. Pouco antes da meia-noite, o nível da água atingiu 1,87 metro acima do nível do mar. O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, culpou as mudanças climáticas pela "situação dramática" na cidade. (13/11)
Foto: Reuters/M. Silvestri
Evo Morales recebe asilo no México
Dois dias após renunciar à presidência da Bolívia, Evo Morales desembarcou na Cidade do México, no país onde recebeu asilo político. Ao deixar a aeronave, afirmou que só haverá paz na Bolívia quando houver "justiça social". Em um breve discurso, Morales agradeceu ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pela decisão de recebê-lo e disse que asilo político "salvou sua vida". (12/11)
Foto: Reuters/L. Cortes
Abertura do Carnaval alemão
Às 11 horas e 11 minutos, foi aberta a chamada "quinta estação do ano" nas cidades da Renânia, uma das poucas regiões da Alemanha onde o carnaval é festejado. Com fantasias coloridas, música, alegria e cerveja, as pessoas vão às praças centrais das cidades para o início da temporada da folia. Em Düsseldorf, centenas de foliões participaram da festa. (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gambarini
Bolívia entre protestos e novas eleições
Participantes de protestos antigoverno bloqueiam ruas em torno do palácio presidencial de La Paz. O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a realização de novas eleições presidenciais, após um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontar suspeitas de fraude no pleito de outubro, que reelegeu o líder esquerdista já no primeiro turno. (10/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Karita
Berlim iluminada para queda do Muro
Em 9 de novembro de 1989, caiu o Muro de Berlim, que dividia as duas Alemanhas. Para a comemoração, a capital preparou numerosos eventos, tendo como ponto alto o show de luzes no Portão de Brandemburgo. Defronte, instalação que lembra uma anêmona gigante traz 30 mil fitas multicoloridas com desejos, sonhos e ideias para o futuro, em diferentes idiomas. (09/11)
Foto: AFP/T. Schwarz
Lula é solto depois de 19 meses na prisão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi solto depois de passar um ano e sete meses na sede da Polícia Federal em Curitiba. A soltura ocorreu após o Supremo derrubar uma decisão que autorizava a prisão em segunda instância, beneficiando diretamente o petista, que agora passa a recorrer em liberdade. Após deixar a prisão, Lula discursou para apoiadores e lançou críticas à Lava Jato. (08/11)
Foto: Reuters/R. Buhrer
STF derruba prisão em segunda instância
Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a decisão de 2016 que permitia o cumprimento de pena após condenação em segunda instância. Pelo novo entendimento do Supremo, um condenado só passará a cumprir pena após trânsito em julgado, ou seja, quando a possibilidade de recursos for esgotada. A decisão abre caminho para que o ex-presidente Lula seja solto. (07/11)
Foto: Agência Brasil
Lufthansa cancela 1.300 voos devido a greve
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou o cancelamento de cerca de 1.300 voos programados para os próximos dois dias, devido a uma greve convocada pelo sindicato alemão que representa os funcionários de cabine. O sindicato Ufo convocou seus membros para uma greve de 48 horas. A medida é parte de uma disputa dos funcionários com a maior empresa aérea da Alemanha sobre remuneração. (06/11)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Kneffel/
Atiradores matam nove membros de família mórmon no México
Ao menos três mulheres e seis crianças, todas cidadãs dos EUA, foram mortas numa emboscada no norte do México, aparentemente conduzida por pistoleiros de um cartel de drogas. Seis crianças foram encontradas vivas. O massacre ocorreu numa estrada perto da divisa dos estados de Sonora e Chihuahua, próximo à fronteira com os EUA. (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Alex leBaron
Berlim proíbe "soldados" no antigo Checkpoint Charlie
As autoridades de Berlim anunciaram que vão vetar as atividades de atores que se vestem como militares americanos para posar em fotografias ao lado de turistas no antigo Checkpoint Charlie, local que abrigou um posto de controle durante a Guerra Fria. As autoridades afirmaram que os atores costumavam pressionar turistas a pagar pelas fotos, muitas vezes de forma "agressiva". (04/11)
Foto: picture-alliance/J. Arriens
Ataque com faca durante protesto em Hong Kong
Um homem armado com uma faca feriu ao menos cinco pessoas durante protestos contra o governo em frente a um shopping center. Um político local pró-democracia, Andrew Chiu (foto), teve parte de sua orelha arrancada a mordidas pelo agressor, ao tentar contê-lo. Os protestos do fim de semana foram alguns dos mais violentos desde que as manifestações começaram há 22 semanas. (03/11)
Foto: Reuters/Stringer
Visões em Movimento
Para comemorar os 30 anos da queda do Muro de Berlim, o artista Patrick Shearn e seu estúdio Poetic Kinetics, prepararam a instalação "Visions in Motion" diante do icônico Portão de Brandemburgo: fitas coloridas portam pelos ares os desejos, esperanças e lembranças de 30 mil pessoas. (02/11)
Foto: AFP/T. Schwarz
"Fake news" no Dia das Bruxas
Lado a lado com vampiros, lobisomens, bruxas e zumbis, este homem desfilou na Village Halloween Parade de Nova York fantasiado como o moderno horror das "fake news". Com os outros monstros, o mundo já está tão acostumado que eles nem assustam mais. Mas seria realmente um filme de terror se o mesmo acontecer com as notícias falsas. (01/11)