O histórico desastroso das tentativas de "mudança de regime"
Thomas Latschan
21 de junho de 2025
Em meio à ofensiva contra Irã, Israel alimenta ideia de forçar derrubada do regime fundamentalista. Mas histórico de intervenção externa no Afeganistão, Iraque e Líbia serve de advertência para risco dessa estratégia.
Estátua do ditador Saddam Hussein sendo derrubada em 2003. Invasão americana foi prelúdio para nova era de instabilidade no IraqueFoto: picture-alliance/AP Photo
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Três dias após o início da guerra contra o Irã, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou em entrevista à emissora americana Fox News que uma "mudança de regime" em Teerã "certamente pode ser um desdobramento" da ação das forças de Tel Aviv ali, já que o governo estava "muito fraco".
Já o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou sinais contraditórios, indicando em alguns momentos que poderia agir para eliminar o "líder supremo do Irã", o aiatolá Ali Khamenei. "Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá – não vamos tirá-lo de lá (matá-lo!), pelo menos por enquanto", disse.
Ainda não está claro quanto tempo esse "por enquanto" durará. Quanto mais tempo durar o conflito entre Israel e o Irã, maior poderá ser a tentação de Israel e dos EUA de eliminar não apenas o programa nuclear iraniano, mas também o regime teocrático que controla o Irã há mais de quatro décadas.
Os riscos das tentativas de "mudança de regime"
"É altamente duvidoso que uma mudança de regime possa ser implementada de fora, com o apertar de um botão", adverte Eckart Woertz, diretor do departamento de estudos do Oriente Médio no Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (GIGA), sediado em Hamburgo. "E se ela [a mudança de regime] seguirá a direção desejada é outra questão completamente diferente", acrescenta,
Ele adverte, por exemplo, para o risco de a Guarda Revolucionária do Irã tomar o poder, levando o regime a se tornar ainda mais agressivo. Ou que o regime entre em colapso completo, de maneira semelhante ao que aconteceu no Iraque após a invasão dos EUA em 2003 ou na Líbia após a campanha da Otan em 2011, gerando consequências imprevisíveis para a região.
Em geral, a "mudança de regime" promovida por um ator externo é um conceito altamente controverso. De acordo com a lei internacional, isso é uma clara violação da soberania do Estado em questão. Além disso, muitas vezes essa medida não é legitimada democraticamente, e geralmente leva a um vácuo de poder ou a uma fase de violência e instabilidade. Muitas vezes os governos recém-instalados não conseguem resolver os problemas do país, o que leva a mais crises e conflitos.
Na história recente, ocorreram várias tentativas de mudança de regime por via militar externa – e as consequências dessas intervenções ainda podem ser sentidas hoje.
Combatentes do Talibã no aeroporto de Cabul após partida de tropas americanas. Grupo fundamentalista retomou rapidamente o controle do paísFoto: REUTERS
Afeganistão (2001)
Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, os aliados do país na Otan se juntaram a Washington para derrubar o regime fundamentalista do Talibã no Afeganistão, que abrigava a organização terrorista Al-Qaeda, responsável pelo ataque em Nova York.
Os primeiros sucessos foram alcançados rapidamente e o grupo Talibã foi expulso de Cabul no final de 2001. Posteriormente, a aliança tentou estabelecer estruturas democráticas no Afeganistão. Ocorreram melhorias, por exemplo, nos direitos das mulheres e das minorias, bem como na educação e na saúde. No entanto, os aliados da Otan discordaram em muitas questões, como, por exemplo, a forma como a ajuda militar, política e de desenvolvimento deveria ser combinada. Também não havia um plano de como as estruturas tradicionais do país poderiam ser adequadamente levadas em consideração durante a reconstrução.
Policiais afegãos e um general alemão em Cabul em 2002. Em mais de 20 anos, aliados ocidentais não conseguiram garantir construção de um Estado viável e seguro no AfeganistãoFoto: picture-alliance/dpa/Anja Niedringhaus
Dessa forma, a segurança no país permaneceu extremamente precária por 20 anos. Nessas duas décadas, o Afeganistão foi repetidamente palco de conflitos, com o Talibã lançando regularmente contraofensivas. Cerca de 3,6 mil soldados ocidentais e quase 50 mil civis afegãos foram mortos entre 2001 e 2021. O custo total da missão no Afeganistão alcançou mais de um bilhão de dólares.
Em meio à caótica retirada dos EUA no verão de 2021, o Talibã rapidamente voltou ao poder, e quase todos os avanços dos últimos 20 anos foram revertidos. Violações de direitos humanos, tortura, assassinatos extrajudiciais e execuções públicas continuam ocorrendo. O país permanece isolado e extremamente pobre, com cerca de 23 milhões de pessoas dependentes de ajuda humanitária.
Em fevereiro de 2024, a Comissão de Investigação do Parlamento Alemão (Bundestag) sobre a participação militar do país europeu no Afeganistão fez um balanço desastroso: durante 20 anos, a coalizão ocidental não teve uma estratégia realista para construir um estado estável que pudesse garantir sua própria segurança.
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Iraque (2003)
Após uma década de sanções e de ações "policiais" pontuais contra o Iraque de Saddam Hussein, os EUA decidiram em 2003 derrubar por completo o regime de Bagdá por meio de uma invasão militar. A ação, que contou com alguns poucos países aliados, ocorreu sem autorização do Conselho de Segurança da ONU.
Ao tentar justificar a invasão, o presidente George W. Bush argumentou que a ação era necessária porque Saddam Hussein teria ligações com a Al-Qaeda, além de possuir armas de destruição em massa – alegações que depois se provaram falsas.
"Saddam Hussein foi derrubado não porque possuía armas de destruição em massa, mas justamente porque não as possuía", aponta duas décadas depois o especialista em Oriente Médio Eckart Woertz. E o Irã pareceu ter notado isso à época.
Inicialmente, tudo pareceu correr bem. Após derrotar as tropas de Saddam, os americanos criaram um governo de transição, sem a participação de membros do antigo regime. Mas logo os novos regentes passaram a ser acusados de má administração e falta de conhecimento sobre as complexidades do país.
As hostilidades pré-existentes entre os diferentes grupos étnicos e religiosos do Iraque logo se transmutaram em quadro de guerra civil. Muçulmanos sunitas passaram a matar muçulmanos xiitas e vice-versa. Ataques sangrentos passaram a ocorrer diariamente. Paralelamente, após a dissolução do Exército iraquiano, soldados desempregados passaram a atacar as tropas de ocupação dos EUA
Uma década mais tarde, em 2014, em meio ao vácuo de poder, a organização terrorista Estado Islâmico (EI) conquistou vastas áreas do Iraque, impondo um regime de terror, na qual a tortura, violações sistemáticas dos direitos humanos e o assassinato em massa de grupos étnicos inteiros, como os yazidis, se tornaram a norma.
Um membro do grupo terrorista Estado Islâmico no IraqueFoto: ZED
Vinte anos após a invasão dos EUA e a tentativa de mudança de regime, a situação no Iraque finalmente parece mais calma. A violência diminuiu e eleições parlamentares estão previstas para ocorrer em novembro. Ainda assim, o Iraque continua sendo um país em transição.
Líbia (2011)
A Líbia também continua sofrendo as consequências de uma tentativa de mudança forçada de regime que contou com a participação de atores externos. Uma guerra civil eclodiu no país em 2011, na esteira da Primavera Árabe, com protestos contra o governo do ditador Muammar al-Gaddafi.
Rebeldes durante operação militar na Líbia em 2011. Queda de ditadura não significou fim da guerra civil no paísFoto: picture-alliance/dpa/EPA/M. Messara
No poder desde 1969, Gaddafi tentou reprimir a revolta popular com extrema violência. Diante da repressão, a Otan interveio militarmente, estabelecendo uma zona de exclusão aérea para proteger a população civil que havia se insurgido contra o regime. A medida enfraqueceu Gaddafi de maneira decisiva. Ele acabaria sendo assassinado por insurgentes em 20 de outubro de 2011, marcando o fim da sua ditadura de mais de quatro décadas.
No entanto, as diferentes facções da Líbia nunca estabeleceram um governo que fosse aceito em todo o país. Em vez disso, o país foi tomado por novos conflitos entre milícias rivais, que continuam até hoje. O Estado praticamente se desintegrou, com dois governos diferentes lutando pelo controle do território desde março de 2022. Além disso, várias organizações terroristas seguem ativas no país atualmente. Combates ocorrem constantemente, com o envolvimento de mercenários estrangeiros. A situação dos direitos humanos no país é extremamente precária: sem um Estado funcional, há abuso maciço de refugiados, tomada de reféns, tortura e violência contra mulheres.
O "líder supremo" do Irã, Ali Khamenei, está no poder desde 1989Foto: Office of the Iranian Supreme Leader/WANA/REUTERS
E as chances de uma mudança de regime no Irã?
Diante do histórico do Afeganistão, Iraque e Líbia, seria de se esperar mais cautela diante uma iniciativa semelhante no Irã. O especialista Eckart Woertz vê um problema adicional: no final das contas, algum grupo interno ainda teria que agir para forçar uma mudança de governo.
"Não vejo um movimento rebelde muito forte dentro do Irã que possa derrubar o regime atual", diz.
E se essa força vir de fora do Irã? "Houve uma mudança de regime bem-sucedida na Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial, mas isso exigiu uma invasão terrestre", diz Woertz. "E você ainda precisaria de uma transição na qual a população local se agrupe para apoiá-lo. Isso pode ser facilitado se houver um inimigo externo comum, como a União Soviética depois de 1945, que encubra as diferenças. E uma mudança de regime [bem-sucedida] nunca aconteceu apenas com bombardeios aéreos, e não acho que o Irã será uma exceção agora."
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
Foto: Stringer/Anadolu/picture alliance
EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP/dpa/picture alliance
Ucrânia destrói aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones
Na véspera de uma nova rodada de negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram sua ofensiva militar e protagonizaram ataques sem precedentes. Enquanto, Kiev destruiu 41 aviões militares na Sibéria, ofensiva de maior alcance no território russo em três anos de guerra, Moscou lançou número recorde de drones contra território ucraniano. (1º/06)