Tumba de Tutancâmon pode conter câmara secreta com Nefertiti
28 de novembro de 2015
Especialistas estão cada vez mais convencidos de que túmulo em Luxor, no Egito, contém uma câmara secreta onde está a rainha Nefertiti. Caso seja comprovada, essa seria uma das maiores descobertas deste século.
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Novas análises realizadas com um escâner na tumba do faraó Tutancâmon em Luxor, no sul do Egito, reforçam as evidências de que existe uma câmara secreta no local, anunciou neste sábado (28/11) o ministro de Antiguidades egípcio, Mahmud al-Damati. Arqueólogos acreditam que nela poderá estar enterrada a rainha Nefertiti.
"Temos 90% de certeza" de que há "uma outra câmara, um outro túmulo atrás da câmara funerária de Tutancâmon", afirmou al-Damati, salientando que se trata de resultados preliminares que só serão confirmados em um mês, após a análise dos dados que foram enviados ao Japão.
Os testes efetuados na parede norte na tumba de Tutancâmon "parecem indicar que há uma distinção clara entre a rocha dura e outra coisa que deverá ser um espaço vazio", afirmou o egiptólogo britânico Nicholas Reeves.
A tumba de Tutancâmon, que morreu há mais de 3 mil anos e pode ser filho de Nefertiti, fica no Vale dos Reis e foi descoberta em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter.
Ao contrário de túmulos de outros faraós que foram quase totalmente pilhados ao longo de milênios, o mausoléu de Tutancâmon é mais preservado já descoberto no Egito. No mausoléo, onde mais de 5 mil objetos intactos foram encontrados.
Grande mistério
Em agosto, Reeves publicou o que classifica como evidência de que "portas fantasmas" da tumba de Tutancâmon levam a uma câmara mortuária mais ampla, possível local de descanso da rainha que é conhecida como uma das mulheres mais bonitas que já existiu.
Em seu artigo científico, Reeves afirmou que, acoplado ao norte da tumba de Tutancâmon, está "o túmulo intocado do proprietário original da tumba – Nefertiti".
"Se eu estiver errado, estarei errado. Mas se estiver certo, essa potencialmente é a maior descoberta arqueológica de todos os tempos", afirmou o arqueólogo à revista The Economist.
Ao lado de Cleópatra, Nefertiti continua sendo uma das figuras femininas mais notórias e reverenciadas do Antigo Egito. O seu impressionante busto de 3,3 mil anos, esculpido em pedra calcária, foi descoberto numa escavação em Armana, no Egito, em 1912, pelo arqueólogo alemão Ludwig Borchardt.
Nefertiti, cujo nome significa "a bela chegou", também era conhecida como a "Senhora de Duas Terras", pois muitos pesquisadores especulam que ela tenha origem estrangeira e que teria sido uma princesa de um império que existiu no que hoje é a região oriental da Turquia.
O busto de Nefertiti está em exposição no Neues Museum, em Berlim, e é uma das atrações mais populares da capital alemã.
CN/lusa/rtr/afp
Stonehenge ‘oculto’ é revelado
Descobriu-se que a formação pré-histórica no sul da Inglaterra é só a ponta do iceberg. Pesquisadores usaram tecnologia de mapeamento digital para revelar descobertas significativas por baixo do monumento.
Foto: SAUL LOEB/AFP/Getty Images
Uma nova luz sobre Stonehenge
“Ainda não se trata de uma nova descoberta sobre o Stonehenge, mas de um passo fundamental na forma como o entendemos”, disse Vincent Gaffney, professor da Universidade de Birmingham, que liderou o estudo de quatro anos sobre a formação rochosa. O resultado é um mapa digital delineando as antigas formações recém-descobertas – todas enterradas debaixo do sítio arqueológico de Stonehenge.
Foto: picture-alliance/dpa
"Terra incognita"
Por muitos anos, Stonehenge tem intrigado os cientistas e a maior parte da área ao seu redor permanece “terra incognita”, como apontou o professor Gaffney. Durante o estudo, o time da Universidade de Birmingham, em parceria com o Instituto Ludwig Boltzmann de Viena, descobriu 17 outros monumentos previamente desconhecidos que poderiam ser tão antigos quanto o próprio Stonehenge.
Foto: University of Birmingham
Enxergando o invisível
O que se parece com células vistas sob um microscópio são na verdade mapas digitais de monumentos rituais recentemente descobertos ao redor da área do Stonehenge. Os pesquisadores utilizaram magnetômetros, matrizes de radares de penetração no solo e sensores de indução eletromagnética, além de pesquisas de resistência da terra e varreduras terrestres com laser 3D para mapear a localização.
Foto: University of Birmingham
Tecnologia a serviço da História
Este projeto de quatro anos é o maior do gênero já feito até então. Na foto, um pesquisador utiliza um magnetômetro, instrumento que possibilitou uma representação espacial sem precedentes do mundo subterrâneo.
Foto: University of Birmingham
Super henge
Entre as descobertas em Durrington Walls, local habitado há cerca de 4,5 mil anos, está o chamado “super henge”. Trata-se de um enorme monumento ritual com mais de 1,5 quilômetro de circunferência. Especialistas acreditam que ele pode ter sido alinhado com até 60 pedras de três metros de altura, semelhantes ao Stonehenge. Algumas delas ainda podem estar intactas sob a terra.
Foto: University of Birmingham
Restos de madeira
Uma imensa construção antiga de madeira foi descoberta e mapeada em detalhes. Acredita-se que tenha sido utilizada para cerimônias fúnebres no passado, inclusive para o sepultamento dos mortos, e que provavelmente era recoberta por terra.
Foto: University of Birmingham
Cultos fúneberes antigos
A construção fúnebre de madeira, cujo esboço visto de cima é representado nesta imagem, é provavelmente mais antiga que Stonehenge, que os especialistas estimam ter sido erguido entre 3000 e 2000 a.C.
Foto: University of Birmingham
Pesquisa não-invasiva
"Desenvolver métodos não-invasivos para documentar nossa herança cultural é um dos grandes desafios do nosso tempo”, disse Wolfgang Neubauer, diretor do Instituto Ludwig Boltzmann, acrescentando que apenas a mais moderna tecnologia permite isso. Na foto, um pesquisador usa um radar de penetração no solo.
Foto: University of Birmingham
11 milênios em um único lugar
As imagens também revelam poços subterrâneos pré-históricos, centenas de sepulturas e assentamentos da Idade do Bronze, Idade do Ferro e época romana. Os dados fornecem aos pesquisadores novas interpretações sobre a área circundante, que abrange um período de mais de 11 mil anos. O trabalho de campo durou 120 dias, distribuídos ao longo de quatro anos.
Foto: Matt Cardy/Getty Images
Mistério antigo
O presidente Barack Obama visitou Stonehenge em 5 de setembro de 2014. Acredita-se que o monumento tenha sido erguido durante o período Neolítico e a Idade do Bronze, provavelmente com funções fúnebres ou religiosas. Mais do que isso, é difícil dizer, devido à ausência de documentos escritos. O que levou a uma série de teorias relacionadas as misteriosas pedras – algumas de caráter sobrenatural.