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Nadine Angerer, estrela do futebol feminino alemão

Olivia Gerstenberger (rc)14 de janeiro de 2014

Pentacampeã europeia e bi mundial, goleira que pegou pênalti de Marta na final de Copa de 2007 é um dos grandes nomes do esporte em seu país. Aos 35 anos, ela foi agraciada com a Bola de Ouro.

Foto: picture-alliance/dpa

Ela é conhecida pelos "nervos de aço", força física e espírito de equipe. Nadine Angerer, de 35 anos, atingiu o ápice de sua carreira. Na cerimônia de entrega da Bola de Ouro, em Zurique, a simpática goleira da seleção alemã desbancou suas rivais Amy Wambach, dos Estados Unidos, e a brasileira Marta, que havia conquistado o mesmo troféu em cinco ocasiões.

Angerer é a primeira goleira a ser escolhida como melhor jogadora do mundo, e a segunda atleta alemã a receber o prêmio. Sua compatriota, a jogadora Birgit Prinz, já tinha sido agraciada três vezes com a Bola de Ouro, entre 2003 e 2005.

A pegadora de pênaltis

"Natze", como é chamada na Alemanha, ganhou atenção internacional durante o último Europeu de futebol feminino, na Suécia, em 2013. Além de seu excelente desempenho durante o torneio, ela defendeu dois pênaltis na final contra a Noruega e garantiu a vitória por 1 a 0 que deu o título à seleção alemã. Antes da conquista da Bola de Ouro, a goleira já havia sido eleita a melhor jogadora da Europa.

A tendência agora é que, aos poucos, Angerer comece a deixar a carreira. Após vários meses jogando na Austrália pela equipe do Brisbane Roar, em abril ela se transferiu para o Portland Thorns FC, o atual campeão do país. Na Alemanha, a jogadora pentacampeã europeia e bicampeã mundial teve seus maiores êxitos quando defendia a equipe alemã 1. FFC Turbine Potsdam, onde, entre outros títulos, conquistou a Copa da Uefa.

Ela chegou por acaso ao futebol. A alternativa para "Natze" seria o handebol. Aos cinco anos de idade, ela começou como jogadora de linha em um time de meninos, e acabou indo parar no gol por acidente. Desde o começo, ela demonstrou aptidão para a posição.

Após defender diferentes equipes como o 1. FC Nurembergue e o Wacker München, ela recusou uma proposta do Bayern de Munique. A razão, segundo ela, é que na equipe mais famosa da Alemanha só se dava atenção aos homens.

Nadine Angerer se consagrou ao defender dois pênaltis na final da Copa do MundoFoto: Getty Images

Mais tarde, no entanto, ela acabou se transferindo para o Bayern, e após seu primeiro acesso à divisão principal do futebol alemão ela se transferiu para o 1.FFC Potsdam. Angerer teve uma breve passagem pela equipe Djurgarden Damfotboll da Dinamarca, até finalmente chegar ao FCC Frankfurt.

Angerer defendeu as categorias de base da seleção alemã desde a sub-16. O talento da jogadora, que por muito tempo foi a segunda goleira da seleção, atrás da titular Silke Rottenberg, apareceu na Copa do Mundo de 2007, quando conseguiu o fato inédito de terminar a competição sem sofrer gols. Na final do torneio ela ainda defendeu um pênalti cobrado por Marta.

Extravagante e "cool"

A goleira também chama atenção fora dos gramados. Sua ex-colega na seleção alemã Nia Künzer a descreveu como "uma mulher com projeto de vida diferente". Angerer tem atitudes que representam diretamente sua opinião. Ela participa de manifestações e usa roupas de segunda mão. Sua marca registrada é um chapéu, que o presidente da Federação Alemã de Futebol, Wolfgang Niersbach, fez questão de vestir após a conquista do título da Copa da Europa.

Fora do futebol, ela aprendeu a trabalhar na parte técnica de eventos e também iniciou o aprendizado de operadora de câmera. Além disso, ela se formou em fisioterapia. Entusiasta do mergulho e da fotografia, ela gosta também de viajar ao exterior. Angerer tem uma atração particular pela África do Sul, onde pretende abrir um hotel para mochileiros após encerrar sua carreira.

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