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Ano de 2016 deve ser o mais quente já registrado

14 de novembro de 2016

Agência da ONU afirma que temperaturas médias deste ano ficarão 1,2 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. Se previsão se confirmar, 16 dos 17 anos mais quentes desde que se tem registro estarão neste século.

incêndio florestal na província de Alberta, no Canadá
Relatório da OMM destaca incêndio florestal na província de Alberta, no Canadá, como fenômeno extremo de 2016Foto: picture-alliance/dpa/Nasa/Earth Observatory

O ano de 2016 será "muito provavelmente" o mais quente de que se tem registro, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta segunda-feira (14/11), durante a conferência da ONU sobre o clima (COP 22), em Marrakesh.

Segundo relatório da OMM, agência de ONU, as temperaturas médias deste ano ficarão 1,2 grau Celsius acima dos níveis pré-Revolução Industrial e 0,88 grau acima do período 1961-1990.

"Se isso se confirmar, o século 21 vai ter 16 dos 17 anos mais quentes desde o início dos registros, no final do século 19", diz o texto. "Mais um ano, mais um recorde. As altas temperaturas que vimos em 2015 vão ser ultrapassadas em 2016", afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

Entre os picos de calor nunca alcançados até essa data, o relatório cita os de Pretória, África do Sul (42,7 °C); Phalodi, Índia (51°C); Basra, Iraque (53,9 °C); e Mitribah, Kuwait (54 °C).

Em partes da Rússia ártica, as temperaturas registradas foram de 6 graus Celsius a 7 graus Celsius mais altas que a média, segundo o texto. Em outras regiões árticas e subárticas da Rússia, Alasca e noroeste do Canadá, elas ficaram pelo menos 3ºC acima da média. 

O aumento de temperaturas foi associado a registros recordes em outros fenômenos, como a diminuição do gelo ártico e incêndios florestais, e ao aumento de fenômenos extremos, como ciclones, maremotos e secas de grau severo.

Do furacão Matthew ao El Niño

O relatório cita fenômenos concretos registrados em 2016, como o furacão Matthew, que atingiu o Haiti e foi o evento climático mais devastador deste ano, deixando mais de 500 mortos.

Também são mencionadas as inundações do Yangtzé na China, o incêndio que assolou em maio Fort McMurray em Alberta, no Canadá, e o El Niño, particularmente intenso em 2015-2016.

"Por causa das alterações climáticas, a ocorrência e o impacto de acontecimentos extremos aumentaram", sublinhou a OMM. Segundo a organização, ondas de calor e cheias, que antes ocorriam raramente, são hoje muito mais regulares.

Em seu relatório, a OMM propõe que o registro de temperaturas seja feito semanalmente, para medir com maior precisão o impacto das mudanças climáticas.

Quase 200 países estão reunidos na COP 22 para debater a sequência do Acordo do Clima de Paris, alcançado no ano passado e que prevê a limitação do aquecimento global em menos de 2 graus Celcius acima dos níveis pré-industriais. a conferência em Marrakesh vai até 18 de novembro.

LPF/efe/lusa/rtr

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