Ano de 2017 deve ser um dos três mais quentes da história
6 de novembro de 2017
Na abertura da COP23, Organização Meteorológica Mundial afirma que, sem considerar os anos em que o clima foi afetado pelo El Niño, este deve ser o ano mais quente de todos os tempos.
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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou nesta segunda-feira (06/11) que o ano de 2017 deverá ser um dos três mais quentes da história. Não levando em conta aqueles em que as temperaturas foram afetadas pelo fenômeno meteorológico El Niño, este deverá ser o ano mais quente de que se tem registro.
A OMM afirma que 2017 já se encaminha para ser um dos três anos mais quentes de todos os tempos, após 2015 e 2016, quando El Niño pode ter contribuído para o aumento da temperatura global. O ano passado foi o mais quente já registrado.
O alerta da OMM foi dado na abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de Bonn (COP23), onde 25 mil cientistas e representantes de governos e de organizações ambientais se reúnem nas próximas duas semanas para tentar encontrar meios para que as metas do Acordo de Paris de 2015 se tornem realidade.
A OMM afirma que os indicadores das mudanças climáticas – como o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos – permanecem "inabalados" em 2017.
Entre janeiro e setembro deste ano, a temperatura global ficou em torno de 0,5 ºC acima da média de 1981 a 2010, que era de 14,31 ºC. A temperatura média entre 2013 e 2017 é mais de 1 ºC mais alta do que as registradas no período pré-industrial.
A OMM afirma que em 2017 foram registradas ocorrências acima do normal de chuvas em lugares como China e América do Sul Meridional. Além disso, a cobertura de gelo do mar do Ártico está abaixo da média.
RC/rtr/ap
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Como crianças veem o mundo daqui a 50 anos
As mudanças climáticas preocupam não só os adultos. A DW pediu a crianças com entre seis e 12 anos de idade que desenhassem como acham que será o planeta do futuro.
Foto: DW/I. Banos
Um mundo afundando
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Foto: DW/I. Banos
O último pôr do sol?
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Foto: DW/I. Banos
Carros voadores
Num futuro próximo, os carros poderão voar, mas continuarão tão poluentes quanto hoje em dia. O céu será mais cinza que azul por causa da poluição. A humanidade terá esquecido completamente a importância da natureza. Mesmo as últimas árvores terão sido derrubadas. E, na opinião de Paloma, de dez anos, isso não vai demorar 50 anos, mas apenas 15.
Foto: DW/I. Banos
Fuga do calor
Emma, de sete anos, recentemente viajou com a mãe pelo Sudeste Asiático. Ela estava maravilhada com a região, mas só não gostou do calor. A mãe dela explicou que a cada ano a Terra está um pouco mais quente. Por isso, não é de admirar que Emma imagine assim o futuro do planeta: o sol vai queimar quase tudo e os humanos terão de deixar a Terra. Em foguetes, claro.
Foto: DW/I. Banos
Morar em Marte
Linus, de 12 anos, acha que assim será a vida em Marte. Em 50 anos, a Terra terá virado um caos tão grande que os seres humanos terão que procurar outro lugar para viver. Mas também em Marte as pessoas vão destruir tudo. "Não há muita esperança para o nosso futuro próximo, não é, Linus?" "Bem, ainda podemos impedir!"
Foto: DW/I. Banos
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"A natureza terá pouca importância no futuro", diz Yann, de 12 anos. Mas ele não acha isso ruim, pois nossa tecnologia será muito avançada e teremos muitas "coisas voadoras". Assim ele vê o nosso planeta em 50 anos: cheio de infraestrutura moderna e máquinas revolucionárias.
Foto: DW/I. Banos
O perigo do carbono
Astrid, de seis anos, tem uma ideia muito abstrata da Terra: os rios correm, pessoas se movimentam e o ar flui. Todos se movem na mesma direção e enfrentam a mesma ameaça: uma gigantesca pegada de carbono. Só que, em vez de um pé, a pequena Astrid se confundiu e desenhou uma mão coberta de riscos coloridos, com pontos pretos.
Foto: DW/I. Banos
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Nem todos os jovens artistas nos forneceram uma interpretação clara do que queriam dizer em seus desenhos. Aqui, Miguel, de dez anos, ofereceu duas opções: o robô pode representar as mudanças climáticas que nos ameaçam. Ou também a inteligência artificial, que pode ficar fora de controle e se tornar mais forte que nós. Em qualquer um dos casos, é preciso começar a tomar providências já.
Foto: DW/I. Banos
Invasão da Terra
Judith, de sete anos, fica bem séria quando fala sobre o futuro do planeta. Ela está convencida de que todos poderemos estar mortos até 2067, inclusive nossos animais de estimação. Os extraterrestres então teriam oportunidade de invadir a Terra. No caso de isso não acontecer, é preciso economizar recursos. Começando pelo papel, desenhando no verso de folhas usadas.